Sunday, August 28, 2005

Comentários sobre as duas notícias anteriormente publicadas

Fiz questão de apor estas duas notícias (logo abaixo) porque ambas envolveram sexo e provocaram a renúncia ou a demissão de pessoas que integravam o alto escalão das respectivas instituições a que serviam.
Alguns na Argentina criticaram a “velocidade” da aceitação da renúncia do Bispo Juan Carlos Maccarone. Ocorre que não se tratava de uma acusação infundada pois há um vídeo para comprová-la - e o próprio Bispo admitiu a acusação.
Nestas circunstâncias, o que mais o Papa poderia fazer? Esperar alguns séculos para comprovar se era verdade ou não? Milagres são difícieis de serem comprovados, mas pecados não - principalmente com provas e a admissão de culpa por parte do acusado. Assim sendo, não restou outra alternativa ao Pontífice, senão aceitar incontinenti o pedido de renúncia do Prelado.
É claro que seus amigos tentam desqualificar as acusações: o jornal argentino “Clarín” a elas se refere como baseadas num vídeo que “supostamente” mostra uma relação íntima do bispo com um jovem de 23anos.
Mas se as imagens fossem de alguma forma falsas, forjadas o hoje ex-bispo não teria apresentado imediatamente sua carta de renúncia assim que autoridades eclesiásticas mencionaram a existência da fita.
O jornal “Clarín” também aventa a possibilidade de que a entrega do vídeo é uma espécie de "vingança política", e que ainda não há informações sobre quem teria entregue a fita.
Amigos do bispo alegam que o rapaz foi pago para provocar uma “situação de intimidade” com o religioso.
Mas será que seria possível mesmo enredar o Bispo, de 64 anos, numa insidiosa trama? Os membros da alta hierarquia da Igreja não costumam responder nem a cumprimentos, mensagens de boa sorte, sempre temerosos que seus remetentes sejam pessoas que estejam tentando desvirtuá-los, desencaminhá-los, construir uma falsa intimidade etc. Será que o Bispo Maccarone aceitaria tirar uma foto ao lado de um desconhecido? Menos: será que ele responderia laconicamente a um e-mail que lhe enviássemos desejando-lhe a proteção de Deus? Definitivamente - não! Se se resguardam da companhia da maioria das pessoas, se desconfiam das intenções daqueles que estão há centenas de milhares de quilômetros, pessoas que só por telepatia poderiam levá-los a sair de modo impróprio no filme (e na mídia), “entonces” como ele pode ser levado a essa “situação de intimidade” ao vivo e em cores?!
E ainda de acordo com o jornal “Clarín”, a relação do Bispo com o jovem já teria dois anos.
A verdade é que se ele não tivesse costume dessa prática teria sido muito difícil enredá-lo. Será que seria fácil conseguir filmá-lo cometendo um furto ou um roubo? Ou cometendo qualquer tipo de assassinato? Ou seqüestrando alguém?
Errar é humano, sim, mas certos erros são indesculpáveis, imperdoáveis, em razão mesmo de toda a inconfidência, de todo o desrespeito à confiança na pessoa depositada.
Os que seguiram a vida religiosa sempre afirmam que segue-se esse caminho em atendimento a um chamado divino. Infelizmente, a verdade é que este não é o caso da maioria. A grande maioria está ali porque de outra forma não teria emprego, moradia, comida, roupa lavada e passada, segurança e um respeitável status na vida social. O atual papa está ciente desse problema. Em discurso recente afirmou ele:

“Nas últimas semanas, tive as Visitas "ad Limina" dos Bispos do Sri Lanka e da parte Sul da África. Ali as vocações aumentam, aliás, são tão numerosas que não podem construir Seminários suficientes para acolher estes jovens que desejam ser sacerdotes. Naturalmente também esta alegria traz consigo uma certa amargura porque uma parte vem na esperança de uma promoção social. Fazendo-se sacerdotes tornam-se quase chefes da tribo, naturalmente são privilegiados, têm outra forma de vida, etc. Por conseguinte, erva daninha e grão caminham juntos neste bonito crescimento das vocações e os Bispos devem estar muito atentos no discernimento e não sentir-se simplesmente contentes por ter muitos sacerdotes futuros, mas ver quais são realmente as verdadeiras vocações, discernir entre erva daninha e grão bom.”

O grave problema é que não se pode esperar que uma “erva daninha” que foi escolhida no passado venha a dar bons frutos e escolher hoje o “grão bom” . Inúmeras escolhas erradas já foram feitas no passado, de forma que a Igreja se transformou quase que numa grande estufa de joio. E o “joio” reconhece como bom o “joio” que lhe é semelhante. Na verdade repete-se a tática do cuco, que põe os seus ovos no ninho alheio para serem chocados. E ao nascerem todos os filhotes, os do cuco, sendo maiores, expulsam os outros de seu próprio ninho. Estes, empurrados, caem e encontram a morte ou em virtude da queda, ou em virtude da fome e do frio. Enquanto isso, os filhotes impostores são sustentados e protegidos pela mãe que não é sua.
O erro do Bispo é indesculpável, imperdoável porquanto se é assim considerado quando o personagem é uma pessoa pobre, analfabeta, sem proteção, destituída de qualquer tipo de regalia e posição social, porque deveria ser visto com tolerância quando se trata de uma pessoa com preparo intelectual, que desfruta de muitos confortos e cuja posição social exige que todos o tratem não só com respeito - mas com reverência!
É público e notório que freiras e padres assumem o compromisso do celibato e da castidade. Eles poderiam não tê-lo feito, como a maioria das pessoas na sociedade, mas o fazem de livre e espontânea vontade. Por conseguinte, eles ingressam na vida religiosa dando o seu assentimento informado, ou seja, eles foram informados sobre o que importava os votos de celibato e castidade - e concordaram com a idéia, aceitando, portanto, o desafio, ou o achando perfeitamente aceitável.
Mas, depois de estar desfrutando do respeito da sociedade e de toda segurança que a Igreja lhes dá, padres e freiras começam a se abrasar, a se tornarem escravos de um desejo sexual incontrolável em suas celas nos mosteiros e conventos. De modo que olhando-se para as figuras da maioria esmagadora dos religiosos percebe-se claramente que mui distante estão da santidade - muito mais do que a maioria das pessoas comuns.
Essa distância havida entre o que os religiosos se propuseram e o comportamento que efetivamente adotam é que causa o arrefecimento da fé e o afastamento dos fiéis. Porque um devasso pode-se encontrar em muitos lugares, nem é preciso procurar; mas nas Igrejas muitos esperavam encontrar pelo menos UM santo. Porque se o problema dos que estão sendo protegidos e sustentados pela Igreja é satisfazer seus desejos sexuais, todo o resto da sociedade convive com inúmeros outros problemas que só podem ser resolvidos por milagre. E como milagres são tradicionalmente realizados por santos é a estes que procuram quando recorrem à Igreja.
Sinceramente, não creio que essa concupiscência exacerbada de padres e freiras se resolva com o fim do celibato. Pois, por exemplo, no caso do Bispo Maccarone, teria de ser admitida ou tolerada a sodomia - que é proibida na Bíblia. E se a Igreja contraria o Livro Sagrado ela decreta a sua própria extinção.
Uma vez que a devassidão é encontrada em tantos outros lugares, por que os que dela necessitam tão avidamente não vão ao seu encontro nesses tantos outros lugares e se afastam - obsequiosamente - da Igreja?
O grave problema dos religiosos que não se mantêm castos é que não capazes de respeitar um compromisso assumido. Assim como violam os votos de celibato e castidade, também violariam os votos de fidelidade se lhes fosse permitido casar: o caso de Klaus Volkert (o representante dos trabalhadores no Conselho Executivo da Volkswagen), que, como tantas outras pessoas, não se sentiu impedido de ter um relacionamento extra-conjugal, ilustra bem isso. O seu caso torna-se mais dramático e ganha as manchetes porque além de não ser fiel à mulher, ele também não foi fiel à empresa, e tratou com total desapreço a confiança que seus colegas nele depositavam.
O remédio para os escravos do sexo não será o fim do celibato obrigatório clerical. O que ajudaria bastante é que fosse ensinado a todos, indistintamente, o respeito aos compromissos assumidos, e só assumir o que efetivamente possa cumprir. E que, no caso da Igreja, a seleção dos candidatos a padres e freiras não ficasse a cargo do “joio” - mas sim do “trigo”. Porque se o número de santos já é reduzidíssimo - acabamos por encontrá-los muito mais fora da Igreja do que dentro dela. E se a Igreja é mesmo de Cristo não pode sustentar e proteger a hipocrisia - que foi tão fortemente combatida por Jesus.

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Nos dias atuais vemos situações, no mínimo, estranhas... Quem faria uma doação a qualquer um de nós de R$ 200.000,00? Nem de R$ 0,02, não é mesmo? Mas ficamos sabendo durante certas inquirições nas CPMIs que a filha de um ex-político conseguiu encontrar uma pessoa “generosa” que assim lhe beneficiou, para que ela pudesse construir sua vida depois de seu malogrado caso com o marido de outrem... E aqui vemos como algumas pessoas tem de ser salvas, e com urgência, de situações que afetam a uma esmagadora maioria! Há ainda quem consiga empréstimos de dezenas de milhões de reais sem necessitar apresentar qualquer garantia de que poderá pagá-los! E eu aqui duvidando que pudesse haver tanta bondade no mundo!... Poderíamos dizer: a sorte aquinhoa a quem lhe apraz! Mas sabemos que não é bem assim. Ou melhor: não é nada assim. Essa “sorte” tem muita história e “estórias” que lhe deram origem, nada tem de verdadeira generosidade.
Também no caso da Volkswagen, vejam como o dinheiro aparece e se multiplica para subsidiar certas situações e determinadas pessoas!
Errar é humano, argumentarão muitos. Sim, claro que é - mas acertar também é humano. Creio que os empresários deviam dar muito mais atenção aos seus empregos, às suas empresas, pois eles só conquistam as suas amantes porque são funcionários dessas empresas. Ao levar as suas empresas à falência eles estão matando a suas “galinhas dos ovos de ouro”. Sem empresa, na pobreza quem se sentirá “irresistivelmente atraído(a), perdidamente apaixonado(a)” por eles? A falta de dinheiro costuma sempre arrefecer essas “paixões” que pareciam tão “avassaladoras”.
E enquanto alguns têm tanta disponibilidade para subsidiar a concupiscência, a luxúria, a incompetência, a tola vaidade de umas poucas pessoas, a miséria se alastra em progressão geométrica, atingindo bilhões de pessoas em todo mundo. Quantas pessoas honestas chegam a morrer na mais profunda miséria porque ninguém lhe estende a mão e todos lhe voltam as costas? O honesto é, assim, punido por sua honestidade: insiste em ser honesto? Então que morra com sua virtude!
É bem verdade que muitos - muitos - escolhem o caminho da devassidão, da intemperança, da indignidade pensando que assim assegurarão para si todos os prazeres e bens da vida, mas terminam igualmente esquecidos e na total miséria. Portanto, optar pelo caminho do mal também não é certeza de segurança e abundância de bens e favores, pois aqui a porta do sucesso é igualmente estreita e não encontrada pela quase totalidade dos que a buscam.

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Voltando às denúncias - e às renúncias; aos escândalos e à demissões forçadas; aos atos perdulários e aos vultosos prejuízos - qual a origem de todo esse verdadeiro oceano de lama?
Primeiramente, cumpre observar como as instituições têm escolhido “bem” os seus quadros! Será que essas pessoas de um momento para o outro se transformaram? Será que em questão de minutos - talvez segundos - houve uma transmutação do vinho (ou do champagne, como queiram) em água, uma transubstancialização do trigo em joio?
É claro que não: essas pessoas sempre foram o que agora todos sabem que elas são. Mas porque os “experts” em psicologia, em psicotécnica não identificaram esses desvios de conduta incompatíveis com a função para a qual cada um foi designado?
O problema é que hodiernamente até os que não professam nenhuma religião, nela encontram subsídios para fundamentar seus erros. Por exemplo, hoje há uma proposital distorção do ensinamento de Jesus, quando afirmou: “eu não vim chamar justos, mas pecadores” .
Mais uma vez seria de bom alvitre ler TODA a passagem bíblica:

“Deu-lhe então Levi um lauto banquete em sua casa; havia ali grande número de publicanos e outros que estavam com eles à mesa.
Murmuravam, pois, os fariseus e seus escribas contra os discípulos, perguntando: Por que comeis e bebeis com publicanos e pecadores?
Respondeu-lhes Jesus: Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos;
eu não vim chamar justos, mas pecadores, ao arrependimento.” (Lucas, 5,29-32)
“... eu não vim chamar justos, mas pecadores, ao arrependimento”

Ou seja, Jesus era o médico que vinha para curar os doentes - porquanto se estivesse ali para curar os “sãos” seria tão-somente mais um charlatão dentre milhares de outros. Jesus veio chamar os pecadores “ao arrependimento”, pois se quisesse que os justos se arrependessem seria mais um entre os milhares de videntes que não vêem senão impurezas nos verdadeiramente santos, determinando-lhes infindáveis penitências e mortificações, enquanto os despudorados são indicados e nomeados para ocuparem os altares. E enquanto não vêem senão fraude, falsidade, dissimulação nos honestos, acabam por nomear ladrões para cuidar das tesourarias das organizações; incompetentes, desqualificados para ocupar cargos de chefia etc.
Destarte, ao distorcer aquele ensinamento de Jesus, tem-se se escolhido a dedo, isto é, com cuidado, calculadamente todos os que vão causar a destruição das empresas e das instituições. Sim, ninguém está ali para chamar os justos, mas sim os pecadores. E vamos recolhê-los onde? Dentre os dependentes irreversíveis de drogas e sexo ; dentre traficantes e “empresários de prostíbulos”; dentre ladrões e assassinos etc. - todas pessoas que já demonstraram saber “trabalhar em grupo”. E assim não se compõe um grupo de trabalho, mas um grupo mafioso! E, depois, quando explodem os escândalos, quando descobertas são as malversações e até assasssinatos todos ficam supresos e sem saber - como, onde, quando tudo começou?!!!
O que acontece é que, ao contrário do ensinamento de Jesus, os “pecadores” aqui não são chamados ao arrependimento: os pecadores são chamados precisamente porque são pecadores, transgressores das leis (“Todo aquele que pratica o pecado, também transgride a lei; porque o pecado é a transgressão da lei.” 1 João. 3-4) - e ninguém tem qualquer interesse em que eles se regenerem; ninguém quer que se tornem íntegros, mas que se entreguem cada vez mais à toda sorte de desregramentos, porque é desses desregramentos que a sociedade globalizada pretende de modo contínuo sobreviver. Pois o que se quer, precípuamente, é perpetuar o mal, construir uma sociedade vitoriosa com fundamentos no Mal, onde o Bem - a virtude, a probidade, a honra - estejam banidos em definitivo.
Isso ciclicamente tem sido tentado. No século passado, os homens inferiores começaram a sua mais recente tentativa para implantar o Mal, desta vez de forma globalizada. No início, trabalharam de modo sorrateiro, e foram se infiltrando em todas as organizações. Depois, através de intrigas e calúnias, dedicaram-se a destruir e impedir que o Bem chegasse à liderança.
Todo líder que estivesse verdadeiramente voltado para o Bem foi sendo identificado e de uma forma ou de outra neutralizado ou eliminado. Se já tivesse seguidores, a estes o mesmo destino seria reservado. O Bem fica, assim, anulado. Agiganta-se o poder dos homens inferiores. E é precisamente aí que sempre o Mal conhece a sua derrota. Porque quando todo o poder fica concentrado nas mãos dos maus, estes não podem mais culpar os bons por todo o erro que haja na sociedade - pois nada mais está sob o controle dos virtuosos. Conseqüentemente, se todo poder está nas mãos dos maus e nada funciona, se por toda parte só se vê injustiça, aflição, desventura, dor, sofrimento, tortura, deslealdade, falsidade, injustiça, infelicidade - e o que todo homem quer, ao final, é ser feliz - o Mal é, enfim, desmascarado - por suas próprias obras. A maldade dos homens inferiores volta-se, então, contra eles mesmos. O Mal mostra-se nefasto não apenas para o Bem, mas termina por causar a destruição de si mesmo. (Pode para muitos não parecer, mas essa destruição já está em andamento.)
Pois se o mal vive somente da negação, como pode subsistir em si mesmo? Vejam que há uma enorme contradição em, perseguindo o mal, querer ser bem-sucedido, através do mal querer atingir o bem-estar.
O Bem só se conquista através do Bem, assim como só o Mal nos advirá se optamos pelo Mal.
Parece óbvio, não é mesmo? Porém, há milênios o homem vem tentando de diversas formas conquistar todas as conseqüências do Bem através do Mal. Mas se o mal é a negação do bem como queremos conquistar as conseqüências deste através daquele? Na atual tentativa, o homem já gastou trilhões (vamos atualizar) de euros; e até agora quais foram os resultados? O mundo está mais seguro? A humanidade está mais feliz? Pelo menos os privilegiados estão mais seguros e mais felizes? Mesmo sendo obrigados a viver atrás das grades dos condomínios se sentem livres? Se estão mais felizes, por que o consumo de drogas é crescente?
Mas todos que apostaram no Mal esperam que tudo venha a acabar bem. O será que esperam que acabe mal? Não, não, esperam que acabe ...
Pelo menos os que apostam no Bem são bem mais coerentes!

Alguns outros escândalos do momento...

Renúncia de bispo argentino é aceita após divulgação de vídeo

Roma, 22 ago (EFE).- O papa Bento XVI aceitou a renúncia do bispo argentino Juan Carlos Maccarone depois que o Vaticano soube da existência de um vídeo que mostra a relação íntima do religioso com um jovem, em um caso que gerou polêmica na Argentina.
A Santa Sé informou na sexta-feira que aceitava a renúncia de Maccarone, conforme o artigo 401/2 do Código de Direito Canônico, pelo qual "se roga encarecidamente ao Bispo diocesano que apresente a renúncia de seu ofício se por doença ou outra causa grave ficar reduzida sua capacidade para desempenhar seu cargo".
Segundo a edição desta segunda-feira do jornal Corriere della Sera, o papa foi informado sobre o caso durante sua viagem à Alemanha por ocasião da Jornada Mundial da Juventude "e imediatamente aceitou a renúncia" do bispo, responsável pela diocese de Santiago del Estero.
A imprensa argentina repercutiu o escândalo ontem, domingo, ao revelar que a renúncia de Maccarone, de 64 anos, foi apresentada devido à divulgação de uma gravação em que o prelado aparece numa relação íntima com um jovem de 23 anos.
O jornal Página/12 afirmou que o bispo admitiu o fato antes de apresentar sua renúncia, e que várias cópias do vídeo foram distribuídas em meios de comunicação de Santiago del Estero, âmbitos políticos e judiciais da província e autoridades da Igreja argentina.
O Corriere della Sera destaca nesta segunda-feira que Maccarone era "muito respeitado e estimado na Argentina", mas afirma que durante seus anos de episcopado "colecionou poucos, mas potentes inimigos no mundo político e econômico de sua cidade".
Conhecido por suas denúncias contra a corrupção, "não era nenhum segredo que pertencia à ala progressista da Igreja argentina, a mais atenta às causas dos pobres e às injustiças sociais", acrescenta o jornal. EFE jac dgr/ta
http://br.news.yahoo.com/050822/40/w sih.html

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ABKnet News - 28/07/2005 - Exclusivo

O segredo de Adryanna Barros

O maior escândalo empresarial na Alemanha tem uma brasileira como um dos personagens principais.
A paixão de um executivo da Volkswagen financiou ilegalmente durante pelo menos oito anos a carreira de uma apresentadora da Rede TV!.
Viagens com vôos na primeira classe, hotéis cinco estrelas, contratos fantasmas, apartamento de luxo, fazenda e ONG duvidosa, presentes de amor, contribuiram para a queda de Klaus Volkert, um torneiro-mecânico que chegou ao ápice da empresa.
O caso foi desvendado por um auditoria interna da companhia, ocupa as manchetes dos diários do país e agora está ocupando a polícia e a promotoria pública. A Volkswagen, sangrada em milhões de Euros por quem deveria dirigi-la com lucros, além de caso de policia, é também agora mais uma empresa a ser saneada e com futuro incerto.
Um dos nomes mais citados pela imprensa alemã, Adriana B., que já enriquece o acervo de lorotas e piadas no país, é desvendado pelo ABKnet como sendo Adryanna Barros, de Garça, interior paulista, com queda para homens mais velhos e endinheirados.
Nem somente o samba nasceu lá na Bahia. Nas noites quentes da ilha de Itaparica iniciou-se em meados dos anos 90 um romance que hoje ocupa a indignação de milhares de funcionários de um dos maiores fabricantes de automóveis do mundo, as páginas de jornais, uma auditoria interna, policia e promotoria pública da Alemanha.
Um dos nomes mais insistentemente citados pela imprensa teutônica no caso, Adriana B., logo entrou para o rol de piadas comuns a casos escabrosos como o escândalo que a Volkswagen vem enfrentando há semanas e praticamente arruinou imagem e finanças do maior fabricante de automóveis da Europa: Executivos da companhia armaram em dez anos, a partir de 1996, segundo a auditoria interna, um esquema de financiamento de orgias internacionais em beneficio próprio, que ultrapassou os limites da imaginação mesmo de peritos familiarizados com essa espécie de crime.

O destino de Adriana e o torneiro-mecânico
O que ninguém sabe, e desvendamos agora, é que a tal brasileira Adriana B. é a apresentadora Adryanna Barros, que na Rede TV! possui programa dominical homônimo voltado ao turismo.
Exigente passageira de vôos de primeira classe e provavelmente possuidora de poderes indecifráveis, ela encantou Klaus Volkert, hoje com 62 anos, casado e pai de uma filha, um torneiro-mecânico que através do sindicato dos metalúrgicos local chegou ao conselho de funcionários da Volkswagen alemã e ocupou, até há pouco, uma cadeira no conselho executivo da empresa, onde representava os seus colegas no modelo de decisões patrão-empregado tão elogiado da Alemanha. Seu engajamento chegou a lhe render um título de doutor Honoris Causa de uma faculdade da cidade de Braunschweig. A ascensão do sindicalista tem um fim doloroso e ainda sem defecho.
Klaus Volkert adiantou-se às consequências, renunciou ao cargo duas semanas atrás e enfrenta agora a empresa e a justiça pela nababesca vida dos últimos dez anos, onde pulverizou centenas de milhares de euros alheios em vez de defender os interesses de quem representava. Tudo isso por causa da Adriana B., aliás, Adryanna Barros.
A história de Adryanna não é diferente, a princípio, de muitas outras pelo mundo. Mas nos detalhes com certeza é única.
Adriana Maravalhas Barros, natural de Garça, interior paulista, primogênita de uma familia de cinco filhos, sofreu um duro golpe quando, no início dos anos 90, os negócios com café de seu pai deram para trás. A falência e perda de todos os bens causaram a prematura morte do genitor. Adriana, mimada garota, que ia a escola em carro com motorista, começou aos pouco mais de trinta anos de idade, hoje tem 44, a conhecer a vida pelo lado mais duro.
Ela já havia tentado a sorte como modelo na adolescência, sem sucesso. Formou-se em Educação Física pela Universidade de Marilia e, ainda gozando do fôlego financeiro do pai, abriu uma academia de ginástica em Garça, Oficina do Corpo, igualmente sem os esperados resultados. Vendo que fitness e aeróbica não eram seu futuro, ela resolveu investir estudando Jornalismo, também na Universidade de Marilia.
A morte inesperada do pai fez da filha mais velha a responsável pela familia. Os credores cuidaram de levar os bens restantes e Adriana foi morar de aluguel em um pequeno apartamento com mãe, irmãos e irmãs.
Teve uma rápida passagem por uma tevê local de Marilia, pertencente a um primo, onde apresentava um tipo de colunismo social televisivo caipira. Ela deixou de ser garota mas queria continuar sendo mimada. Foi demitida.
As circunstâncias da vida a fizeram procurar um emprego sério. Adriana candidatou-se à uma vaga de animadora no Club Med de Itaparica, na Bahia. Conseguiu a vaga. Sua sorte começaria então a mudar.

A Classe operária vai ao paraíso
A convivência com gente de todas as partes do mundo começou a exercer fascinação em Adriana. Os hóspedes masculinos mais velhos e bem de vida eram para ela ainda mais fascinantes. Diz-se que sua queda por senhores endinheirados também a fez ter um romance com o locutor esportivo Galvão Bueno. Mas o pão-durismo global parece ser diferente do da Volkswagen alemã.
Os executivos da empresa germânica também têm suas fascinações e foi nas areias brancas de Itaparica que Klaus Volkert descobriu o que é que a baiana tem. Mesmo sendo a baiana uma paulista. Qual gringo já nota a diferença?
As dificuldades financeiras persistiam, aluguéis em S. Paulo atrasados, a familia com dificuldades. O romance, contudo, evoluiu. Adriana, que já não precisava mais do trabalho no hotel, voltou para S. Paulo e Volkert, após alguns telefonemas da amante, injetou os primeiros 150 mil de dólares, por transferência bancária, para que ela comprasse uma bela chácara, a Itaroca, em Garça e resolvesse com isso de uma vez o problema de teto da prole.
A partir de então ninguém mais segurou a dupla de apaixonados. Adriana, deslumbrada com as primeiras, logo frequentes viagens, e incentivada por Volkert, resolveu embarcar definitivamente no jornalismo. Procurou o SBT Centro-Oeste Paulista de Jaú para contratar espaço para um programa próprio e a produtora de vídeo Ideon Video, de Baurú, para realizar a produção. Tema da transmissão: Turismo, viagens longínquas, paisagens deslumbrantes, eventos de gala, barcos e assuntos os mais diversos, relacionados a luxo e luxúria. Uma espécie de Daslu eletrônica.
O custo do programa de 30 minutos foi garantido por um contrato, feito por pressão superior, diga-se Volkert, com a agência de publicidade ALMAP BBDO que possui a conta da Volks no Brasil e pertence à empresa. Estes fatos, e mais alguns, ainda não chegaram à auditoria interna que corre na Alemanha. Adriana já passava mais da metade do ano fora do Brasil. Com a injeção monetária da Volks, as viagens e hotéis para ela e acompanhantes, motoristas exclusivos à disposição onde fosse, barateavam suficientemente os custos de produção do programa. O projeto foi artificialmente viabilizado. Adriana também passou a fazer parte do time editorial da revista Elite Magazine, da qual já foi até capa. O periódico bimensal é especializado também em luxo e personalidades. Uma Daslu impressa.

O mensalão da multinacional
O mensalão de Adriana era uma dor de cabeça para a agência publicitária brasileira, que se via obrigada a "lavar" uma quantia mensal, às custas do orçamento da Volks, assumindo com isso sérios riscos de enfrentar problemas posteriores, que ainda estarão por vir (de acordo com o trabalho da auditoria) patrocinando um programa, o Programa Adriana Barros, sem audiência, resultados ou expressão no público.
A rescisão contratual foi tentada algumas vezes pela agência. Adriana apelava ao amado e logo chegava a ela um fax da agência pedindo desculpas e cancelando a rescisão. Paixão opera milagres. Melhor ainda à custa dos outros.
Além disso, ou paralelamente, multiplicavam-se as viagens de Adriana ao encontro de Klaus. Adriana se sentia agora a autêntica estrela televisiva. A auditoria interna constatou que ela só viajava em vôos de primeira classe e os hotéis eram os mais requintados.
Nas vindas do executivo o casal hospedava-se em S. Paulo, no hotel Hilton. Cinco estrelas, claro. Isso até os dois decidirem procurar ambiente mais íntimo. A saída foi um apartamento de luxo na capital paulista, no Itaim. Diga-se de passagem, aos menos atenciosos, tudo isso até agora sempre na conta da Volkswagen. Por falar em conta, a de número 196507123 no Banco Sparkasse, agência de Gifhorn em Wolfsburg, Alemanha, era também engordada de três em três meses com exatos 20.008,00 euros. O dono da Conta? - Adriana Barros.
Em 2002, as coisas iam de vento e popa. Adriana consultou um numerólogo e adotou o nome de Adryanna Barros. Gente fina é outra coisa. As viagens cada vez mais intensificavam-se. A moça caipira realizava o sonho de conhecer o mundo e divertir-se, ganhando para tudo isso um bom dinheiro. Coisa das mil e uma noites.
Nem sempre Adryanna demonstrou perseverança. Um curso de inglês, com estadia paga na Inglaterra, foi abandonado por ela sem conclui-lo. Para mostrar serviço à agência publicitária, Adryanna chegou a gravar três videos semi-profissionais, sem nenhum valor promocional. Um deles, completamente amador, teve como tema a ida à Alemanha, para apresentações, de garotos carentes que estudavam percussão, pertencentes a um programa filantrópico da Volkswagen. Na bagagem humana um irmão de Adryanna e um câmera. Nas horas vagas de Adryanna, ou seja, de trabalho para Volkert, o câmera tomava conta do pedaço, segundo quem estava por perto na ocasião. Já que a Volks paga a conta...
Sobre o programa filantrópico da empresa paira uma séria dúvida que logo deverá ser esclarecida: O financiamento da filantropia é feito através da doação de uma hora de trabalho de todos os empregados da Volkswagen alemã. Muito dinheiro portanto.
A empresa suspeita que o dinhero na verdade é também destinado na maior parte para a "tropa" de Adryanna, que cresceu com os tempos e, com a criação de uma produtora própria, a Condessa Produções, passou a contar com a colaboração empregatícia de, entre parentes e amigos, oito a dez pessoas. Uma comissão da empresa deve investigar o assunto.
Automóveis Polo, motoristas de Smoking e atriz pornô checa
Em 2003 o programa completou finalmente 150 exibições pela SBT regional. Razão para comemorar com uma festa gigantesca na chácara. Mais uma vez a Volkswagen mostrou-se generosa. Para os convidados distantes a empresa cedeu uma frota de carros modelo Polo, com motoristas trajando Smoking. Um sucesso. Gente fina é outra coisa, mas às vezes tem uma inclinação para o brega.
Os anos fazem-se sentir. Adryanna já submeteu-se a várias cirurgias plásticas, implantações de silicone incluídas, e fontes próximas a ela afirmam que até isso foi a Volks que pagou. O rejuvenescimento acompanha a ascensão da apresentadora. Em 2004 o programa passa a ser transmitido em todo o estado de São Paulo pela SBT, sendo a transmissão para a grande São Paulo feita pela TVA.
Egito, Emirados Árabes, EUA, Itália, País Checo, Croácia e mais de quarenta outros países fazem a rota do par apaixonado. Nem sempre apenas Volkert, Adryanna e agregados viajavam. Helmuth Schuster, um até pouco celebrado executivo da empresa, com sua paixão, a atriz pornô checa Katerina Brozova, eram acompanhantes não raros. Katerina e Adryanna ficaram amigas. Juntas iam às compras também. Em Praga, por exemplo.
A auditoria na Volks descobriu que foram feitas despesas até mesmo com jóias. O prejuízo para a Volks chamou a atenção também do Ministério das Finanças alemão, que agora interessou-se pelas compras dos executivos, que de forma alguma poderiam ser abatidas do imposto de renda da empresa. Jóias e similares não fazem parte dos itens de despesas de companhias a serem abatidos das contas com o tesouro. Mais um problema para a Volks.
Demissões e uma empresa a ser saneada
A apuração do escândalo na Volkswagen está longe de ser concluída. A auditoria interna acaba de vasculhar os quatro últimos anos das contas da empresa. O objetivo é analisar tudo que aconteceu nos últimos dez anos. Foi a partir daí que os protagonistas iniciaram a perfomance que deixa a empresa hoje com a reputação no chão e as finanças no buraco. O mais proeminente dos executivos envolvidos, Peter Hartz, foi o último que caiu. Uma semana atrás renunciou ao cargo. Um dia antes de jornais publicarem suas aventuras com uma prostituta brasileira que vive em Lisboa, entre outros deslevos do executivo. Nada comparado aos quase dez anos de luxúria patrocinados por Klaus Volkert.
Ontem os jornais locais trouxeram manchetes denunciando que também políticos alemães estão envolvidos no escândalo. Deputados estaduais da Baixa-Saxônia participaram de bacanais com prostitutas no País Checo e na Espanha, sob o patrocínio também da companhia.
Até agora, além de Volkert, Schuster e Hartz, mais três executivos do primeiro escalão foram demitidos ou adiantaram-se à demissão. Outras demissões são esperadas. Perdidos de amores desleixaram o comando da empresa. Wolfgang Bernhard, convocado para comandar o processo de saneamento da empresa, afirmou em entrevista que a situação poderá custar a demissão de trinta mil pessoas e o possivel fechamento de filiais. Um sistema de empresas fantasmas pertencentes aos próprios executivos envolvidos, entre eles Schuster e Volkert, e com o objetivo de, através de contratos com a empresa, sugar polpudas somas, foi descoberto.
Wolfgang Meinig, chefe do Centro de Pesquisa da Economia Automobilística de Bamberg declarou que a solução para a Volkswagen será a venda da empresa para outro grupo. Para ele os prejuízos financeiros e de imagem da empresa são dificeis de serem superados. O valor de bolsa da VW não passa de 15 bilhões de euros. Uma pechincha.
O lado brasileiro do escândalo, a apresentadora Adryanna Barros, não tem comentado o assunto abertamente e não respondeu à tentativa da ABKnet de saber sua versão da história. Seu programa vai ao ar, em cadeia nacional, todos os domingos às 10h30 , agora pela Rede TV!. A auditoria ainda não pode confirmar se Adriana também será processada. Provavelmente não, afinal de contas ela não era funcionária da VW. Ela sequer dirige carros Volkswagen. Uma ingrata, essa Adriana B., aliás, Adryanna Barros. Gente fina é mesmo outra coisa.

http://www.abknet.de/adriana.htm

Comentários sobre as duas notícias anteriormente publicadas

Fiz questão de apor estas duas notícias (logo abaixo) porque ambas envolveram sexo e provocaram a renúncia ou a demissão de pessoas que integravam o alto escalão das respectivas instituições a que serviam.
Alguns na Argentina criticaram a “velocidade” da aceitação da renúncia do Bispo Juan Carlos Maccarone. Ocorre que não se tratava de uma acusação infundada pois há um vídeo para comprová-la - e o próprio Bispo admitiu a acusação.
Nestas circunstâncias, o que mais o Papa poderia fazer? Esperar alguns séculos para comprovar se era verdade ou não? Milagres são difícieis de serem comprovados, mas pecados não - principalmente com provas e a admissão de culpa por parte do acusado. Assim sendo, não restou outra alternativa ao Pontífice, senão aceitar incontinenti o pedido de renúncia do Prelado.
É claro que seus amigos tentam desqualificar as acusações: o jornal argentino “Clarín” a elas se refere como baseadas num vídeo que “supostamente” mostra uma relação íntima do bispo com um jovem de 23anos.
Mas se as imagens fossem de alguma forma falsas, forjadas o hoje ex-bispo não teria apresentado imediatamente sua carta de renúncia assim que autoridades eclesiásticas mencionaram a existência da fita.
O jornal “Clarín” também aventa a possibilidade de que a entrega do vídeo é uma espécie de "vingança política", e que ainda não há informações sobre quem teria entregue a fita.
Amigos do bispo alegam que o rapaz foi pago para provocar uma “situação de intimidade” com o religioso.
Mas será que seria possível mesmo enredar o Bispo, de 64 anos, numa insidiosa trama? Os membros da alta hierarquia da Igreja não costumam responder nem a cumprimentos, mensagens de boa sorte, sempre temerosos que seus remetentes sejam pessoas que estejam tentando desvirtuá-los, desencaminhá-los, construir uma falsa intimidade etc. Será que o Bispo Maccarone aceitaria tirar uma foto ao lado de um desconhecido? Menos: será que ele responderia laconicamente a um e-mail que lhe enviássemos desejando-lhe a proteção de Deus? Definitivamente - não! Se se resguardam da companhia da maioria das pessoas, se desconfiam das intenções daqueles que estão há centenas de milhares de quilômetros, pessoas que só por telepatia poderiam levá-los a sair de modo impróprio no filme (e na mídia), “entonces” como ele pode ser levado a essa “situação de intimidade” ao vivo e em cores?!
E ainda de acordo com o jornal “Clarín”, a relação do Bispo com o jovem já teria dois anos.
A verdade é que se ele não tivesse costume dessa prática teria sido muito difícil enredá-lo. Será que seria fácil conseguir filmá-lo cometendo um furto ou um roubo? Ou cometendo qualquer tipo de assassinato? Ou seqüestrando alguém?
Errar é humano, sim, mas certos erros são indesculpáveis, imperdoáveis, em razão mesmo de toda a inconfidência, de todo o desrespeito à confiança na pessoa depositada.
Os que seguiram a vida religiosa sempre afirmam que segue-se esse caminho em atendimento a um chamado divino. Infelizmente, a verdade é que este não é o caso da maioria. A grande maioria está ali porque de outra forma não teria emprego, moradia, comida, roupa lavada e passada, segurança e um respeitável status na vida social. O atual papa está ciente desse problema. Em discurso recente afirmou ele:

“Nas últimas semanas, tive as Visitas "ad Limina" dos Bispos do Sri Lanka e da parte Sul da África. Ali as vocações aumentam, aliás, são tão numerosas que não podem construir Seminários suficientes para acolher estes jovens que desejam ser sacerdotes. Naturalmente também esta alegria traz consigo uma certa amargura porque uma parte vem na esperança de uma promoção social. Fazendo-se sacerdotes tornam-se quase chefes da tribo, naturalmente são privilegiados, têm outra forma de vida, etc. Por conseguinte, erva daninha e grão caminham juntos neste bonito crescimento das vocações e os Bispos devem estar muito atentos no discernimento e não sentir-se simplesmente contentes por ter muitos sacerdotes futuros, mas ver quais são realmente as verdadeiras vocações, discernir entre erva daninha e grão bom.”

O grave problema é que não se pode esperar que uma “erva daninha” que foi escolhida no passado venha a dar bons frutos e escolher hoje o “grão bom” . Inúmeras escolhas erradas já foram feitas no passado, de forma que a Igreja se transformou quase que numa grande estufa de joio. E o “joio” reconhece como bom o “joio” que lhe é semelhante. Na verdade repete-se a tática do cuco, que põe os seus ovos no ninho alheio para serem chocados. E ao nascerem todos os filhotes, os do cuco, sendo maiores, expulsam os outros de seu próprio ninho. Estes, empurrados, caem e encontram a morte ou em virtude da queda, ou em virtude da fome e do frio. Enquanto isso, os filhotes impostores são sustentados e protegidos pela mãe que não é sua.
O erro do Bispo é indesculpável, imperdoável porquanto se é assim considerado quando o personagem é uma pessoa pobre, analfabeta, sem proteção, destituída de qualquer tipo de regalia e posição social, porque deveria ser visto com tolerância quando se trata de uma pessoa com preparo intelectual, que desfruta de muitos confortos e cuja posição social exige que todos o tratem não só com respeito - mas com reverência!
É público e notório que freiras e padres assumem o compromisso do celibato e da castidade. Eles poderiam não tê-lo feito, como a maioria das pessoas na sociedade, mas o fazem de livre e espontânea vontade. Por conseguinte, eles ingressam na vida religiosa dando o seu assentimento informado, ou seja, eles foram informados sobre o que importava os votos de celibato e castidade - e concordaram com a idéia, aceitando, portanto, o desafio, ou o achando perfeitamente aceitável.
Mas, depois de estar desfrutando do respeito da sociedade e de toda segurança que a Igreja lhes dá, padres e freiras começam a se abrasar, a se tornarem escravos de um desejo sexual incontrolável em suas celas nos mosteiros e conventos. De modo que olhando-se para as figuras da maioria esmagadora dos religiosos percebe-se claramente que mui distante estão da santidade - muito mais do que a maioria das pessoas comuns.
Essa distância havida entre o que os religiosos se propuseram e o comportamento que efetivamente adotam é que causa o arrefecimento da fé e o afastamento dos fiéis. Porque um devasso pode-se encontrar em muitos lugares, nem é preciso procurar; mas nas Igrejas muitos esperavam encontrar pelo menos UM santo. Porque se o problema dos que estão sendo protegidos e sustentados pela Igreja é satisfazer seus desejos sexuais, todo o resto da sociedade convive com inúmeros outros problemas que só podem ser resolvidos por milagre. E como milagres são tradicionalmente realizados por santos é a estes que procuram quando recorrem à Igreja.
Sinceramente, não creio que essa concupiscência exacerbada de padres e freiras se resolva com o fim do celibato. Pois, por exemplo, no caso do Bispo Maccarone, teria de ser admitida ou tolerada a sodomia - que é proibida na Bíblia. E se a Igreja contraria o Livro Sagrado ela decreta a sua própria extinção.
Uma vez que a devassidão é encontrada em tantos outros lugares, por que os que dela necessitam tão avidamente não vão ao seu encontro nesses tantos outros lugares e se afastam - obsequiosamente - da Igreja?
O grave problema dos religiosos que não se mantêm castos é que não capazes de respeitar um compromisso assumido. Assim como violam os votos de celibato e castidade, também violariam os votos de fidelidade se lhes fosse permitido casar: o caso de Klaus Volkert (o representante dos trabalhadores no Conselho Executivo da Volkswagen), que, como tantas outras pessoas, não se sentiu impedido de ter um relacionamento extra-conjugal, ilustra bem isso. O seu caso torna-se mais dramático e ganha as manchetes porque além de não ser fiel à mulher, ele também não foi fiel à empresa, e tratou com total desapreço a confiança que seus colegas nele depositavam.
O remédio para os escravos do sexo não será o fim do celibato obrigatório clerical. O que ajudaria bastante é que fosse ensinado a todos, indistintamente, o respeito aos compromissos assumidos, e só assumir o que efetivamente possa cumprir. E que, no caso da Igreja, a seleção dos candidatos a padres e freiras não ficasse a cargo do “joio” - mas sim do “trigo”. Porque se o número de santos já é reduzidíssimo - acabamos por encontrá-los muito mais fora da Igreja do que dentro dela. E se a Igreja é mesmo de Cristo não pode sustentar e proteger a hipocrisia - que foi tão fortemente combatida por Jesus.

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Nos dias atuais vemos situações, no mínimo, estranhas... Quem faria uma doação a qualquer um de nós de R$ 200.000,00? Nem de R$ 0,02, não é mesmo? Mas ficamos sabendo durante certas inquirições nas CPMIs que a filha de um ex-político conseguiu encontrar uma pessoa “generosa” que assim lhe beneficiou, para que ela pudesse construir sua vida depois de seu malogrado caso com o marido de outrem... E aqui vemos como algumas pessoas tem de ser salvas, e com urgência, de situações que afetam a uma esmagadora maioria! Há ainda quem consiga empréstimos de dezenas de milhões de reais sem necessitar apresentar qualquer garantia de que poderá pagá-los! E eu aqui duvidando que pudesse haver tanta bondade no mundo!... Poderíamos dizer: a sorte aquinhoa a quem lhe apraz! Mas sabemos que não é bem assim. Ou melhor: não é nada assim. Essa “sorte” tem muita história e “estórias” que lhe deram origem, nada tem de verdadeira generosidade.
Também no caso da Volkswagen, vejam como o dinheiro aparece e se multiplica para subsidiar certas situações e determinadas pessoas!
Errar é humano, argumentarão muitos. Sim, claro que é - mas acertar também é humano. Creio que os empresários deviam dar muito mais atenção aos seus empregos, às suas empresas, pois eles só conquistam as suas amantes porque são funcionários dessas empresas. Ao levar as suas empresas à falência eles estão matando a suas “galinhas dos ovos de ouro”. Sem empresa, na pobreza quem se sentirá “irresistivelmente atraído(a), perdidamente apaixonado(a)” por eles? A falta de dinheiro costuma sempre arrefecer essas “paixões” que pareciam tão “avassaladoras”.
E enquanto alguns têm tanta disponibilidade para subsidiar a concupiscência, a luxúria, a incompetência, a tola vaidade de umas poucas pessoas, a miséria se alastra em progressão geométrica, atingindo bilhões de pessoas em todo mundo. Quantas pessoas honestas chegam a morrer na mais profunda miséria porque ninguém lhe estende a mão e todos lhe voltam as costas? O honesto é, assim, punido por sua honestidade: insiste em ser honesto? Então que morra com sua virtude!
É bem verdade que muitos - muitos - escolhem o caminho da devassidão, da intemperança, da indignidade pensando que assim assegurarão para si todos os prazeres e bens da vida, mas terminam igualmente esquecidos e na total miséria. Portanto, optar pelo caminho do mal também não é certeza de segurança e abundância de bens e favores, pois aqui a porta do sucesso é igualmente estreita e não encontrada pela quase totalidade dos que a buscam.

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Voltando às denúncias - e às renúncias; aos escândalos e à demissões forçadas; aos atos perdulários e aos vultosos prejuízos - qual a origem de todo esse verdadeiro oceano de lama?
Primeiramente, cumpre observar como as instituições têm escolhido “bem” os seus quadros! Será que essas pessoas de um momento para o outro se transformaram? Será que em questão de minutos - talvez segundos - houve uma transmutação do vinho (ou do champagne, como queiram) em água, uma transubstancialização do trigo em joio?
É claro que não: essas pessoas sempre foram o que agora todos sabem que elas são. Mas porque os “experts” em psicologia, em psicotécnica não identificaram esses desvios de conduta incompatíveis com a função para a qual cada um foi designado?
O problema é que hodiernamente até os que não professam nenhuma religião, nela encontram subsídios para fundamentar seus erros. Por exemplo, hoje há uma proposital distorção do ensinamento de Jesus, quando afirmou: “eu não vim chamar justos, mas pecadores” .
Mais uma vez seria de bom alvitre ler TODA a passagem bíblica:

“Deu-lhe então Levi um lauto banquete em sua casa; havia ali grande número de publicanos e outros que estavam com eles à mesa.
Murmuravam, pois, os fariseus e seus escribas contra os discípulos, perguntando: Por que comeis e bebeis com publicanos e pecadores?
Respondeu-lhes Jesus: Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos;
eu não vim chamar justos, mas pecadores, ao arrependimento.” (Lucas, 5,29-32)
“... eu não vim chamar justos, mas pecadores, ao arrependimento”

Ou seja, Jesus era o médico que vinha para curar os doentes - porquanto se estivesse ali para curar os “sãos” seria tão-somente mais um charlatão dentre milhares de outros. Jesus veio chamar os pecadores “ao arrependimento”, pois se quisesse que os justos se arrependessem seria mais um entre os milhares de videntes que não vêem senão impurezas nos verdadeiramente santos, determinando-lhes infindáveis penitências e mortificações, enquanto os despudorados são indicados e nomeados para ocuparem os altares. E enquanto não vêem senão fraude, falsidade, dissimulação nos honestos, acabam por nomear ladrões para cuidar das tesourarias das organizações; incompetentes, desqualificados para ocupar cargos de chefia etc.
Destarte, ao distorcer aquele ensinamento de Jesus, tem-se se escolhido a dedo, isto é, com cuidado, calculadamente todos os que vão causar a destruição das empresas e das instituições. Sim, ninguém está ali para chamar os justos, mas sim os pecadores. E vamos recolhê-los onde? Dentre os dependentes irreversíveis de drogas e sexo ; dentre traficantes e “empresários de prostíbulos”; dentre ladrões e assassinos etc. - todas pessoas que já demonstraram saber “trabalhar em grupo”. E assim não se compõe um grupo de trabalho, mas um grupo mafioso! E, depois, quando explodem os escândalos, quando descobertas são as malversações e até assasssinatos todos ficam supresos e sem saber - como, onde, quando tudo começou?!!!
O que acontece é que, ao contrário do ensinamento de Jesus, os “pecadores” aqui não são chamados ao arrependimento: os pecadores são chamados precisamente porque são pecadores, transgressores das leis (“Todo aquele que pratica o pecado, também transgride a lei; porque o pecado é a transgressão da lei.” 1 João. 3-4) - e ninguém tem qualquer interesse em que eles se regenerem; ninguém quer que se tornem íntegros, mas que se entreguem cada vez mais à toda sorte de desregramentos, porque é desses desregramentos que a sociedade globalizada pretende de modo contínuo sobreviver. Pois o que se quer, precípuamente, é perpetuar o mal, construir uma sociedade vitoriosa com fundamentos no Mal, onde o Bem - a virtude, a probidade, a honra - estejam banidos em definitivo.
Isso ciclicamente tem sido tentado. No século passado, os homens inferiores começaram a sua mais recente tentativa para implantar o Mal, desta vez de forma globalizada. No início, trabalharam de modo sorrateiro, e foram se infiltrando em todas as organizações. Depois, através de intrigas e calúnias, dedicaram-se a destruir e impedir que o Bem chegasse à liderança.
Todo líder que estivesse verdadeiramente voltado para o Bem foi sendo identificado e de uma forma ou de outra neutralizado ou eliminado. Se já tivesse seguidores, a estes o mesmo destino seria reservado. O Bem fica, assim, anulado. Agiganta-se o poder dos homens inferiores. E é precisamente aí que sempre o Mal conhece a sua derrota. Porque quando todo o poder fica concentrado nas mãos dos maus, estes não podem mais culpar os bons por todo o erro que haja na sociedade - pois nada mais está sob o controle dos virtuosos. Conseqüentemente, se todo poder está nas mãos dos maus e nada funciona, se por toda parte só se vê injustiça, aflição, desventura, dor, sofrimento, tortura, deslealdade, falsidade, injustiça, infelicidade - e o que todo homem quer, ao final, é ser feliz - o Mal é, enfim, desmascarado - por suas próprias obras. A maldade dos homens inferiores volta-se, então, contra eles mesmos. O Mal mostra-se nefasto não apenas para o Bem, mas termina por causar a destruição de si mesmo. (Pode para muitos não parecer, mas essa destruição já está em andamento.)
Pois se o mal vive somente da negação, como pode subsistir em si mesmo? Vejam que há uma enorme contradição em, perseguindo o mal, querer ser bem-sucedido, através do mal querer atingir o bem-estar.
O Bem só se conquista através do Bem, assim como só o Mal nos advirá se optamos pelo Mal.
Parece óbvio, não é mesmo? Porém, há milênios o homem vem tentando de diversas formas conquistar todas as conseqüências do Bem através do Mal. Mas se o mal é a negação do bem como queremos conquistar as conseqüências deste através daquele? Na atual tentativa, o homem já gastou trilhões (vamos atualizar) de euros; e até agora quais foram os resultados? O mundo está mais seguro? A humanidade está mais feliz? Pelo menos os privilegiados estão mais seguros e mais felizes? Mesmo sendo obrigados a viver atrás das grades dos condomínios se sentem livres? Se estão mais felizes, por que o consumo de drogas é crescente?
Mas todos que apostaram no Mal esperam que tudo venha a acabar bem. O será que esperam que acabe mal? Não, não, esperam que acabe ...
Pelo menos os que apostam no Bem são bem mais coerentes!

Saturday, August 20, 2005

Ainda algumas observações sobre a inveja...

Que ninguém perca tempo invejando a quem quer que seja. Eu sei que a história da humanidade registra que é muito mais fácil reconhecer o valor do outro quando ele não é nosso contemporâneo, quando ele não é nosso concidadão e - principalmente - quando ele não é nosso parente. Infelizmente, para o homem comum, é dificílimo reconhecer o valor de alguém que vive sob condições muito semelhantes as que ele mesmo está submetido. O progresso do outro chama a atenção para as suas próprias deficiências, para a sua própria negligência. Para a maioria das pessoas “suportar” o sucesso de seu semelhante torna-se tão difícil quanto reconhecer que jamais se sacrificaria horas de lazer e descanso, trocando-os por estudo e trabalho. Assim, quando o outro obtém bons resultados, tenta-se encobrir, tenta-se impedir o seu reconhecimento através de intrigas, calúnias e atos de violência.
Porém, jamais desperdicem um tempo - que é sempre precioso e único - invejando os resultados, ou o sucesso de quem quer que seja. Conscientizem-se que muito tempo já foi perdido por causa da desídia, da preguiça: não continuem a desperdiçá-lo tentando transformar num inferno a vida do invejado. Estudem, trabalhem: permitam-se ter bons resultados e ser sucesso também!

Livres reflexões

JOGUE FORA TODOS OS NÚMEROS NÃO ESSENCIAIS PARA SUA SOBREVIVÊNCIA.
ISSO INCLUI IDADE, PESO E ALTURA.
Mas eu ainda diria que seria bom estar atento ao equilíbrio do peso, não por questões de vaidade, mas porque tanto a obesidade quanto a anorexia nos limitam no dia-a-dia e podem impedir-nos de desfrutar de momentos felizes. Podem mesmo nos levar ainda mais cedo para lugares dos quais queremos distância...

DEIXE O MÉDICO SE PREOCUPAR COM ELES, PARA ISSO ELE É PAGO.
Mas antes de entregar a sua saúde para um médico, fique atento para saber se há empatia e sintonia entre você e o médico, se há interesse do profissional de saúde em ajudá-lo, em buscar a sua cura ou, pelo menos, de minorar seu sofrimento. Também, infelizmente, não tenha plena confiança nos remédios receitados: administrados estes, procure observar quais os sintomas que lhe advirão e, dependendo da melhora ou piora de seu estado, veja se vale a pena persistir com o médico...

FREQÜENTE, DE PREFERÊNCIA, A SEUS AMIGOS ALEGRES. OS DE "BAIXO ASTRAL" PUXAM VOCÊ PARA BAIXO.
Seria mais interessante fortalecer-se contra o "baixo astral", transformando-se, você mesmo, num antídoto contra astrais rasteiros, o que o possibilitará resgatar amigos queridos de uma situação depressiva.

CONTINUE APRENDENDO...
APRENDA MAIS SOBRE COMPUTADOR, ARTESANATO, JARDINAGEM, QUALQUER COISA. NÃO DEIXE SEU CÉREBRO DESOCUPADO. UMA MENTE SEM USO É A OFICINA DO DIABO E O NOME DO DIABO É ALZHEIMER.
Sim, lance a si mesmo desafios, e dê sempre o melhor de si - não para superar quem quer que seja - mas a si mesmo. A cada degrau de superação transposto, mais confiante você ficará. E esta é uma sensação que todos nós devemos nos proporcionar: confiar em si mesmo - com equilíbrio, sempre seguindo o caminho do meio.

CURTA COISA SIMPLES RIA SEMPRE, MUITO E ALTO, RIA ATÉ PERDER O FÔLEGO.
O bom mesmo será manter sempre o sorriso - não só em seu rosto, mas em sua mente e, principalmente, em seu espírito! A gargalhada quase nunca é expressão de felicidade, de contentamento. Se assim fosse as espécies mais felizes seriam as hienas. Muitas vezes rimos - gargalhamos mesmo - por sarcasmo, por nervosismo, por ignorância. Mas, de tanto rir também se morre (daí o adágio, “morreu de tanto rir”) - antes da hora. O sorriso tranqüilo, sereno denota sabedoria, denota consciência e aceitação de seus próprios limites. E mais uma vez, o caminho a ser buscado e trilhado é o do meio

LÁGRIMAS ACONTECEM, AGÜENTE, SOFRA E SIGA EM FRENTE.
Mas procure sempre aprender a lição. Não guarde rancor, ódio, mas aprenda a lição - para não dar uma de Agente 86, que cai sempre no mesmo golpe, para não "ficar na segunda época e ter de repetir a ‘disciplina’ ". Uma lição aprendida nos livra da repetição de sofrimentos.

A ÚNICA PESSOA QUE ACOMPANHA VOCÊ A VIDA TODA É VOCÊ MESMO, ESTEJA VIVO, ENQUANTO VOCÊ VIVER!
Infelizmente, creio que muitos de nós abandona até a si mesmo. Por isso Jesus mandou: "Amai-vos uns aos outros, como EU vos amei" , pois a maioria dos homens não ama a si próprio - quanto mais ao seu semelhante. Creio firmemente de que a única pessoa que nos acompanha a vida toda é Deus - pois, em muitas circunstâncias, estamos inconscientes, seja no sentido literal ou figurado. E vivos estaremos enquanto com Ele estivermos!

ESTEJA SEMPRE RODEADO DAQUILO QUE VOCÊ GOSTA: FAMÍLIA, ANIMAIS,
LEMBRANÇAS,
MÚSICA, PLANTAS, UM HOBBY, O QUE FOR. SEU LAR É O SEU REFÚGIO.
Sim, procure estar rodeado daquilo que você gosta - mas não se esqueça de amar aquilo que é seu. Ame profundamente sua família, seus animais; suas músicas, seus livros, seu computador (até quando você NÃO encontra mais nele os seus preciosos arquivos... Sim, NÃO jogue seu computador pela janela, por isso! E muito menos se jogue pela janela...); faça os seus trabalhos com amor, procure se esmerar em cada um deles e aprender o máximo neles e com eles. Assim, um trabalho que parecia enfadonho pode se transformar no seu hobby. Ame o seu lar e transforme-o (se ainda não for) no “seu” doce lar. E lembre-se: se você não tem motivos para voltar para casa, certamente você não tem motivos para estar consigo mesmo. E isso significa alerta vermelho...

APROVEITE SUA SAÚDE, SE FOR BOA, PRESERVE-A; SE ESTÁ INSTÁVEL, MELHORE-A; SE ESTÁ ABAIXO DESSE NÍVEL, PEÇA AJUDA.
Sim, se sua saúde for boa, saiba que você foi premiado com a sorte grande, a maior que se pode ter. Porque nada é mais importante do que ter uma boa saúde.
Se instável ou abaixo desse nível, peça ajuda; mas, principalmente, seja VOCÊ MESMO a sua ajuda, pois só você mesmo pode estar interessado no seu bem-estar. Lamentavelmente, há algumas décadas que a maioria dos profissionais de saúde estão muito mais interessados na sua doença - para como ela se enriquecerem - do que com a sua saúde. Deste modo, procure viver responsavelmente, de maneira a preservar ou conquistar uma boa saúde.

NÃO FAÇA VIAGENS DE REMORSO, VIAJE PARA O SHOPPING, PARA CIDADE VIZINHA, PARA UM PAÍS ESTRANGEIRO, MAS NÃO FAÇA VIAGENS AO PASSADO.
Ou melhor: faça do seu tempo presente um PRESENTE - para você mesmo e para os seus semelhantes. Assim, o passado não se tornará “terra proibida”, mas fonte de boas lembranças que o acalmarão, que o fortalecerão nos momentos difíceis que todos temos. Não crie motivos para remorsos, ou seja, não contrarie os ditames de sua consciência, não haja com egoísmo, mesquinharia, ódio, vingança, inveja. Seja bom, pois é muito mais fácil viver assim.

DIGA A QUEM VOCÊ AMA, QUE VOCÊ REALMENTE OS AMA, EM TODAS AS OPORTUNIDADES.
Sim, nunca deixe para depois, para uma outra oportunidade, para amanhã: diga HOJE que você ama, estima, admira, A-DO-RA aquela determinada pessoa, porque, de repente, o “depois” pode nunca mais ter a oportunidade de existir. Lembre-se: o mais difícil foi você encontrar uma pessoa tão especial: se a encontrou, trate-a muito bem, com todo respeito e amor. Desfrute desse presente que Deus lhe concedeu por um determinado tempo. Sim, tudo é passageiro, portanto, deixe o orgulho (ou a timidez) de lado e declare o seu amor - seja para a sua mãe, para o seu filho, para o seu amigo, para o seu amor. Declare o seu amor e deixe que a sua felicidade aumente em progressão geométrica. Não tenha medo do tamanho da felicidade: declare o seu amor e acostume-se a ser feliz! Dê a si mesmo essa oportunidade - dê a si mesmo esse presente - dê a si mesmo esse futuro!


E LEMBRE-SE SEMPRE QUE:
"A VIDA NÃO É MEDIDA PELO NÚMERO DE VEZES QUE VOCÊ RESPIROU, MAS PELOS
MOMENTOS EM QUE VOCÊ PERDEU O FÔLEGO:
DE TANTO RIR...
DE SURPRESA...
DE ÊXTASE...
DE FELICIDADE..."

(PABLO PICASSO)

Ainda me parece melhor o caminho do meio: não perca o fôlego. Inspire, calma e profundamente; depois expire, bem devagar. Não perca o fôlego, pois a felicidade não está nas emoções exacerbadas. O paraíso interior é encontrado na tranqüilidade. Se você perder o fôlego não sentirá o perfume das flores, o seu cérebro ficará afetado e você não verá os pássaros que voam, o carinho da brisa... Não perca o fôlego, pois é a boa respiração, ritmada que nos confere uma vida saudável. Não perca o fôlego, pois foi Deus tendo soprado em nossas narinas o “fôlego de vida” que passamos a ser almas viventes. A vida - a verdadeira vida - está no fôlego - e o fôlego vem de Deus.