Friday, July 15, 2005

Nada como uma idéia cuja hora tenha chegado.

Uma idéia, mesmo que excelente, se ainda não tem a sua hora chegada, tem como destino a incompreensão, o fracasso, o esquecimento. Quantas idéias extraordinárias foram fortemente rechaçadas quando de sua apresentação, seus idealizadores recriminados, execrados e até mesmo condenados à morte? Hoje, por exemplo, muitos quase não podem viver sem o que o mundo da informática tem a oferecer. Mas esse mundo teria lugar em outra época? Não, até porque nem havia conhecimento específico para desenvolvê-lo.
Devemos ter em mente que muitas idéias se adotadas mais precocemente poderiam ter sido muito mais deletérias do que úteis à humanidade. Às vezes parece mesmo que muitos conhecimentos foram adquiridos e postos em prática pelo homem antes do seu devido tempo, antes que o homem pudesse discernir quando, onde, como poderiam ser usados. Mas essa é apenas uma forma de aprendermos, de constatarmos a mesma lição: a de que as idéias, os conhecimentos têm de ser adotados em seu devido tempo.
Tudo tem a sua hora e o seu lugar. E o progresso tem de ser sempre lento e gradual. Não se deve - nem adianta - ter pressa ou tentar queimar etapas. Como tudo na natureza - o desenvolvimento de uma árvore na montanha, a formação de um homem sábio - a desenvolução de uma idéia tem de ser lenta e gradual. É uma das Leis Universais que sempre esmaga quem a quer ignorar ou crê poder ab-rogá-la.
Mas, uma vez completo o ciclo de maturação de uma idéia, nada pode impedir a sua aceitação. Ela é entronizada nas mentes, ela toma o mando e o domínio das ações. Nada nem ninguém a pode encobrir ou impedir que tenha efeito, que seja aplicada. Mesmo que toda uma população não tenha se preparado para admiti-la, acolhê-la, adotá-la, a idéia cuja hora tenha chegado não será por essas pessoas vencida: ela prevalecerá e todos quantos a ela se opuserem serão derrotados.
Porque não se pode impedir o progresso. Deus nos fez destinados a um avanço lento e gradual - mas constante. E assim como não se pode impedir o transcorrer do tempo, igualmente não se pode enganá-lo. Chegado o tempo devido de uma idéia, se nos aferramos a outra que lhe é oposta, de nada adiantará tentarmos apresentar esta última como moderna, vanguardista, vencedora. Esta idéia, falsamente moderna, que em verdade busca conservar velhos, permissivos e nocivos costumes será reconhecida como exatamente é: uma idéia superada, que não traz quaisquer benefícios e que tem de ser extirpada da memória de todos.
Da mesma forma é pura ilusão crer que uma mentira repetida inúmeras vezes se torna verdade. A mentira não se impõe pela repetição, e a verdade não se desvanece ao ser ignorada, ou omitida. Assim como para a adoção e o sucesso de uma idéia é necessário que ela tenha sido invocada, apresentada no tempo em que possa ser entendida, aceita e colocada em prática; também é necessário que um determinado argumento possa ser comprovado. Se é mentiroso não adiantará ser tão-somente repetido centenas de milhares de vezes: ele precisará ser confirmado, evidenciado, demonstrado. Porém, quanto a mentira a única coisa que se pode comprovar é de que se trata de uma ilusão, de um engano, de uma impostura, de uma fraude, de uma falsidade.
No mundo hoje há diversos exemplos de idéias cuja hora própria se avizinha ou já chegou.
Quando comecei a escrever esta mensagem eu estava animada com as notícias de que os americanos continuam pessimistas quanto ao resultado da chamada “guerra ao terrorismo”.
Pois, até há poucos meses, a maioria da população americana acreditava que a invasão ao Iraque era uma ação necessária, imprescindível, inteiramente justificável, politicamente correta. Entretanto, uma pesquisa divulgada em 03/05/2005, mostrara que 57% dos americanos estavam descontentes com a guerra e achavam que o conflito não valera a pena. Mais recentemente, no final de junho, a imprensa americana chamou de “cantilena” os argumentos do presidente George Walker Bush de que “conseguir um Iraque estável e democrático justifica o sacrifício americano”. Na edição do dia 29/06, o “The New York Times”afirmou: “Não esperávamos que Bush se desculpasse pela manipulação da informação que ajudou a nos levar à guerra, ou pelos erros catastróficos cometidos por sua equipe no desenvolvimento da operação militar, mas esperávamos que resistisse à tentação de levantar a ensangüentada bandeira do 11/9 outra vez para justificar uma guerra em um país que não tinha absolutamente nada a ver com os ataques terroristas”.

“... uma guerra em um país que não tinha
absolutamente nada a ver com os
ataques terroristas.”

Quando, entre os anos 2002 e início de 2005, sustentávamos em fóruns na Internet que essa ação não tinha nenhum amparo legal, nem se fundamentava em valores como o da justiça, o da moral, o da ética; quando afirmávamos que essa invasão tinha sido determinada por interesses escusos, e que vinha sendo arquitetada muitos anos antes dos atentados do dia 11/09/2001, esses eram argumentos que para alguns pareciam despautérios.
Mas mentira alguma prevalece sobre a força do tempo e muito menos sobre a verdade. Hoje, para um número cada vez maior de pessoas, vai ficando bastante claro que essa invasão foi resultado de intrigas, foi possível graças a autoridades que se congregaram para o Mal, para implementar suas vinganças contra pessoas das quais tinham e continuam a ter profunda inveja. E a inveja o que é? É cobiçar, desejar viva, intensamente, o que é de outrem. Planejaram uma guerra para invadir um país e se assenhorar de tudo quanto nele exista. E o que não conseguirem transferir para os seus países é destruído.
Os anos passam e nada se vê construído. Ao revés, só se vê uma crescente destruição: destruiu-se a soberania de um país; destruiu-se a dignidade de um povo - em troca de quê? Onde a liberdade prometida? Um país é “livre” sob o domínio de outro? Os nacionais de um país ocupado por forças estrangeiras são livres, podem se sentir livres? É livre quem pode ser preso, a qualquer hora do dia ou da noite, por forças militares estrangeiras - forças essas que não foram pela população escolhidas em pleito popular? Isso é democracia? Que liberdade as forças estrangeiras foram levar ao país invadido se as prisões, após a invasão, ficaram superlotadas de pessoas sobre as quais não existe nenhuma acusação formal? Que dignidade existe para os nacionais de um país dominado que, ao serem presos por seus invasores, ficam submetidos a todo tipo de torturas e humilhações - e sem terem reconhecido o seu direito ao devido processo legal? Aquele enorme caos que se vê - e o que não se vê - instaurado em todo o país, é democracia?
Saddam Hussein é responsabilizado por tudo que aconteceu sob o seu regime. Desde o início da invasão do Iraque centenas de milhares de pessoas foram trucidadas: quem é o responsável? Osama Bin Laden? Abu Mussab Al Zarqawi? É sob o domínio desses senhores (um saudita e o outro jordaniano) que a nação iraquiana está? Se está - porque os EUA não os removem do poder como fizeram com o presidente eleito do Iraque? A propósito: os EUA alguma vez quiseram - efetivamente - prender Osama Bin Laden? Al Zarqawi realmente existe?
É consternador que em pleno século XXI tenha-se permitido que a lei do velho oeste americano fosse implantada num país do Oriente Médio. “Procura-se: vivo ou morto”; estipulação de recompensa para quem delatar, prender ou matar um “procurado”; “atire primeiro, pergunte depois”; “o gatilho mais rápido”... É vergonhoso que a humanidade, hoje globalizada, tenha adentrado o séc. XXI permitindo-se assistir a tantos desmandos, a tantos desrespeitos às leis

“Decretar ordem por violência
é criar desordem.
Querer consolidar o mundo
à força é destruí-lo.”
(Lao-Tsé)

Um pensamento, quando fundado na verdade, não envelhece e é válido em qualquer época. A ignorância sempre faz com que se interprete a verdade como algo relativo e o pensamento nela baseado como uma opinião pessoal. Por isso, hoje, pode parecer impressionante que se confirme um pensamento, de tantos séculos atrás, numa era tecnológica, muito diferente da vivida pelo sábio chinês. Mas a verdade é que toda violência é sinal de fraqueza, e não existe bom gerenciamento sem benevolência.
Na sabedoria oriental a mais alta das vitórias é o perdão. O desejo de vingança fez com que bilhões de dólares fossem gastos para destruir vidas e países; para gerar ódios incontroláveis. Porém, com maciços bombardeios criou-se uma nova ordem? Criou-se alguma ordem - qualquer ordem? O mundo realmente está melhor, mais seguro? Esses bilhões de dólares não teriam sido muito melhor investidos se usados, pelo menos, para a reconstrução das duas torres do World Trade Center? Esses bilhões de dólares não teriam tido muitíssimo melhor destino se empregados para salvar vidas no Afeganistão ou no Iraque? Ou na África, ou na América Latina, só para citar alguns exemplos? Não teriam sido muitíssimo mais proveitosos se empregados em medidas efetivas para um meio ambiente mais saudável, mais limpo?
Segundo a filosofia oriental, só quando o homem desviar a sua mente do ódio e da inveja; só quando fechar os seus olhos para as ambições e tapar os seus ouvidos às maldades; e, além disso, só quando passar a cultivar o amor, a bondade e a benevolência, aí o coração do homem estará completo. E completo o seu coração ele se tornará um - iluminador do mundo.

* * *

O que tem sido impressionante hoje em dia é a velocidade dos fatos. Enquanto eu não conseguia dar por terminada esta minha mensagem, ocorreram os atentados em Londres.
E o impressionante é que, naquela mesma quinta-feira, havia sido divulgada pelo Instituto Gallup uma pesquisa mostrando que os americanos continuavam pessimistas quanto ao resultado da “guerra ao terrorismo”. Apenas 36% dos entrevistados achavam que os Estados Unidos estavam ganhando a guerra. Para 20% os terroristas é que estariam mais perto da vitória. Segundo analistas, esse índice revelava um pessimismo tão elevado quanto o registrado após os atentados em Balí, que deixaram mais de 200 mortos em outubro de 2002. Naquela oportunidade, 21% dos americanos achavam que os terroristas estavam vencendo a guerra.
Portanto, estávamos vivendo um momento em que a guerra contra o terrorismo estava perdendo entusiastas...

* * *

Todo e qualquer atentado terrorista - independente da procedência - é, como classificou o Santo Padre, Papa Bento XVI, no dia dos atentados - "desumano e anticristão".
O problema é que o terrorismo mais eficaz, poderoso e constante tem sido o de Estado - praticado principalmente por nações que se declaram defensoras da democracia. A gravidade desse problema se torna extrema quando quem tem renovado diariamente esse horror não são pequenos ou médios grupos, mas grandes nações, cujos os líderes consideram ataques preventivos como a melhor estratégia de defesa, a violência como a solução para todos os males.
Logo após os atentados em Londres, o sr. George Walker Bush afirmou que os EUA não se inclinarão “diante dos terroristas. Iremos encontrá-los, os levaremos à Justiça e, ao mesmo tempo, difundiremos uma ideologia de esperança e compaixão, que tornará insignificante sua ideologia do ódio”. Como essa é a sua posição desde o dia 11/09/2001, devemos perguntar: desde aquela data até hoje, a administração Bush efetivou alguma dessas tarefas? A propósito: o que a administração Bush entende por “esperança e compaixão”? E por “justiça”? Essa chamada doutrina Bush levou aos povos do Afeganstão e do Iraque esperança, compaixão e justiça?
George Bush continuou, afirmando: “O contraste entre o que estamos vendo nas telas da TV e o que está acontecendo aqui é incrivelmente significativo (...) Por um lado temos pessoas que trabalham para eliminar a pobreza e doenças como a aids, para ter um meio ambiente limpo, e por outro temos pessoas que matam pessoas inocentes.”
Porém, quando a administração Bush esteve a favor e trabalhou ativamente para um meio ambiente mais limpo, mais saudável? Quando esteve envolvida com a eliminação da pobreza - mesmo dentro do território estadunidense?
Muitos de nós que ainda estamos em uma situação econômica diferente da encontrada nas regiões mais miseráveis do planeta podemos esperar pelos efeitos da decisão do G-8 em dobrar a ajuda à Africa, por exemplo. Mas, e aquelas pessoas que não tiveram o que comer ontem, foram dormir famintos hoje e não têm a mínima expectativa de encontrar algum alimento amanhã: poderão esperar que essa ajuda se consubstancie em alimentos para eles até 2010? Quantas vezes já não testemunhamos tais promessas de ajuda se desvanecerem no tempo e no espaço, sem que os seus destinatários nem ao menos soubessem que um dia os ricos tinham assumido um solene compromisso de mitigar-lhes o sofrimento? O exemplo mais recente disso encontramos entre as vítimas da tsunami: muitos prometeram muito, toneladas em ajuda foram arrecadadas em todo o mundo, mas a maioria dos sobreviventes daquela terrível tragédia, principalmente os mais necessitados ainda não receberam a ajuda devida, necessária...
Bush declarou ainda: “O contraste não poderia ser mais claro entre as intenções dos que se preocupam pelos direitos humanos e a liberdade, e os que matam, que abrigam tanto mal em seu coração, que ceifam as vidas de pessoas inocentes”.
Pessoas inocentes e direitos humanos. Claro que os cidadãos londrinos, vítimas dos atentados eram inocentes e lamentamos profundamente o seu sofrimento e o de seus familiares. Mas, o que dizer daquelas centenas de milhares de pessoas que foram trucidadas no Afeganistão e no Iraque, sob os maciços bombardeios das forças militares comandadas pelos EUA? Todas aquelas centenas de milhares de pessoas que foram assassinadas brutalmente, e todos os seus parentes e amigos, que acumularam perdas pessoais e morais, além da perda de bens materiais, eram e são culpadas no parecer do sr. George Walker Bush? Eram, todas elas, merecedoras de serem assassinadas através de mísseis e armas que, poderosíssimas, deixam corpos em pedaços, destroçados? Lembremo-nos das fotos publicadas na Internet , e que puderam ser vistas em várias outras mídias, das crianças mutiladas, mortas em decorrência dos bombardeios estadunidenses no Iraque: não eram elas também pessoas inocentes?
A força militar usada contra as populações afegã e iraquiana sempre foi descomunal, sempre foi extraordinariamente desigual. Basta dizer que para assassinar os dois filhos de Saddam Hussein, Uday e Qusay Hussein, e o seu neto, Mustafá, uma criança de tão-somente quatorze anos, a administração Bush utilizou 200 soldados com rifles automáticos M-16, lançadores de granada, canhões, metralhadoras montadas sobre jipes Humvee e a ajuda de helicópteros de ataque Kiowa. Enquanto cerca de cinco soldados americanos tiveram leves ferimentos, os corpos dos dois irmãos foram mostrados, em todos os meios de comunicação, crivados de balas, seus rostos deformados, irreconhecíveis. Para que todos se recordem, peço que visitem: http://www.exactaexpress.com.br/macabra.htm. As fotos que vemos mostram algum tipo de respeito, alguma preocupação da administração Bush com os direitos humanos? Havia pesadas acusações contra os dois irmãos? Então que se usasse contra eles a força da lei - e não a lei da força. Que fossem presos e, através do devido processo legal, diante de um tribunal imparcial, se provasse que eram culpados. Então, sim, se condenados, lhes poderia ser aplicado um justo e devido castigo previsto em lei.
Porque ou temos respeito por todos os seres humanos e por todas as leis ou terminaremos por não ter respeito por quem quer que seja e nos insubordinaremos a toda e qualquer lei - exceto à lei da força - que nos esmagará. Em verdade, quando reconhecemos ao nosso semelhante direitos estamos reconhecendo a nós mesmos. Pois se a outrem não reconhecemos nenhum direito, também a nós nenhum direito será reconhecido; mas se a ele reconhecermos todos os direitos - também a nós todos os direitos serão reconhecidos. Porque as convicções que alguns têm de que são superiores não constituem verdades eternas, imutáveis, incontestáveis: são tão-somente convicções pessoais, facilmente contestadas por quem quer que seja mais forte, mais esperto, mais rápido etc. Como nem sempre seremos nós os mais fortes, os mais espertos, os mais rápidos, será de bom alvitre que todos nos submetamos à força das leis e nos resignemos a ser iguais a todos os nossos semelhantes. Pois, afinal, o vocábulo “semelhante” significa precisamente isso: que outrem é análogo a nós, é da nossa mesma natureza.
“Como alguém pode matar pessoas inocentes para atingir os seus objetivos?” Essa é uma pergunta que, curiosamente, os dois lados se fazem. E o presidente George Walker Bush já a respondeu afirmando que conseguir um Iraque estável e democrático justifica o sacrifício de pessoas inocentes, até mesmo de seus concidadãos. O problema é que aqueles que têm lutado contra as forças militares aliadas comandadas pelo governo estadunidense pensam exatamente dessa mesma forma. Ou seja, as pessoas inocentes estão sendo alvos de “dois“ lados que pensam e agem da mesma forma: os fins justificam os meios - e os meios, as estratégias são os mesmos para esses “dois” lados...
O que me parece deveria chamar a atenção dos povos é que esses atentados, por uma estranha coincidência, têm acontecido em datas cruciais, providenciais e atendido tão-só aos interesses dos senhores da guerra. Cada atentado tem causado enormes perdas às pessoas comuns por eles vitimadas e prejudicado enormemente aos muçulmanos e árabes em geral. Esses atentados têm permitido que a chamada “guerra contra o terrorismo, se perpetue em detrimento do que pensa e deseja a maioria das pessoas em todo o mundo. Se atentarmos para os ganhos que os senhores da guerra têm tido com os atentados atribuídos à Al Qaeda, parecer-nos-á bastante compreensível que jamais tenham querido realmente capturar Osama Bin Laden. Por que capturar alguém que, para eles, tem sido o seu verdadeiro braço direito? Isto, sim, seria ilógico. Percebamos que os senhores da guerra até hoje demonstraram enorme facilidade e eficiência para capturar e assassinar todos quantos se opõem à sua doutrina de guerra. Muitas pessoas pacíficas, inofensivas fisicamente, que só esgrimavam no campo das idéias, foram brutalmente assassinadas. Hoje, além das tradicionais formas de aniquilamento da oposição, o terrorismo de Estado tem eliminado os seus opositores fazendo uso até de mísseis, em plena luz do dia... Isso explica porque, em pleno século XXI, não se verifique um protesto veemente, eficaz das incontáveis entidades que se autoproclamam - defensoras da lei e da ordem. O medo da morte, o medo de estarmos sofrendo amanhã tudo que Saddam Hussein e a população iraquiana sofreu e continua sofrendo - nos acovarda e cala.
Mas, enquanto isso, Osama Bin Laden e todos os que são apontados como seus principais colaboradores continuam vivos e soltos...
Assim sendo, uma pergunta não quer calar: se Osama Bin Laden e, mais recentemente, Abu Mussab Al Zarqawi são os principais mentores do terrorismo no mundo e no Iraque - por que eles continuam vivos e soltos - enquanto Saddam Hussein teve seus filhos assassinados e está preso sem ter nenhum de seus direitos como prisioneiro reconhecidos? Os senhores da guerra constantemente o acusam, na mídia, de inúmeros crimes. Mas é muito fácil argumentar e até produzir algumas provas num meio parcial, favorável aos nossos interesses, num meio sobre o qual temos forte controle e no qual ditamos as regras. Mas será que num Tribunal Internacional - isento, imparcial - os senhores da guerra teriam mesmo como apresentar provas desses crimes? Provas que fossem válidas perante o ordenamento jurídico de qualquer Estado Democrático de Direito que faça jus a este título?

* * *

A guerra ao terrorismo, da forma como vem sendo travada, muito mais o incrementou do que dissipou. As medidas utilizadas só têm fomentado ódios e favorecido a manifestação destes de modo cada vez mais incontrolável. Na verdade, o que assistimos hoje no mundo é um campeonato de insanidades, com líderes que parecem crer que só o mais louco poderá vencer. Porém, jamais se apagará um incêndio com elementos inflamáveis. Assim como a água vence o fogo, igualmente só o Amor vence o ódio. Só o Bem atrai o bem. Todos sabemos que quem semeia vento colhe tempestade. Sendo assim, por que não semeamos a Paz?
Porém, jamais haverá paz onde não houver justiça. Independente de ideologias, religiões, filosofias é preciso que os líderes mundiais respeitem os seus comandados, que promovam a justiça social, que levem ao homem comum prosperidade, segurança - dignidade.

“Sê justo com alguém
e acabarás por o amar;
mas,se fores injusto com ele,
acabarás por o odiar.”
(John Ruskin)


A maioria das pessoas quando tratadas com justiça se sente incentivada a deixar aflorar o melhor de si. Ao revés, se as condenarmos a situações aviltantes, estaremos criando condições para que o pior delas se revele. A alegria passageira da vingança dará lugar a uma insegurança constante, passaremos a nunca mais dormir tranqüilos, porque tememos a qualquer momento ser alvo de algum ato de revolta de nossas vítimas. Por isso se diz que quem busca vingança deveria cavar duas sepulturas, pois em toda vingança há dois que saem feridos: o executor e o alvo da vingança.
Agir com sabedoria é obrigação dos líderes: destes deve partir a iniciativa, sincera, para corrigir todos os erros, pois são eles quem devem dar o exemplo que será seguido por todos.

“À beira de um precipício
só há uma maneira
de andar para a frente:
é dar um passo atrás.”
(M. de Montaigne)

Reconhecer os erros e corrigi-los exigirá dos líderes humildade e sincero desejo de proporcionar o melhor para o povo. Se conseguirem, esta será a primeira vitória real.

Refletindo sobre o "NAVEGUE", de Silvana Duboc

NAVEGUE, DESCUBRA TESOUROS, MAS NÃO OS TIRE DO FUNDO DO MAR, O LUGAR DELES É LÁ.
Lembre-se que os tesouros que devem ser trazidos à luz são os que estão no fundo do seu coração. Cultive as pérolas da sinceridade, lapide os diamantes da iluminação interior; traga à tona também os corais rosa da alegria, os lápis-lázulis da inspiração; enfeite todo o seu derredor com os quartzos rosa da caridade, os citrinos da ternura, as safiras da fé,...
ADMIRE A LUA, SONHE COM ELA, MAS NÃO QUEIRA TRAZÊ-LA PARA A TERRA.
Sim, porque é tentando “aperfeiçoar” o que já é perfeito, e que está muito acima da nossa compreensão, que temos destruído e extinto grandes belezas do mundo.
CURTA O SOL, SE DEIXE ACARICIAR POR ELE, MAS LEMBRE-SE QUE O SEU CALOR É PARA TODOS.
Sim, não queira egoisticamente o que É de todos e PARA todos. Pois, afinal, com a morte, você será obrigado a entender que nada pode lhe pertencer eternamente, e que nada realmente foi seu.
SONHE COM AS ESTRELAS, APENAS SONHE, ELAS SÓ PODEM BRILHAR NO CÉU.
Sim, só podemos contemplar o seu brilho no céu, pois se fosse encurtada a distância entre nós e esses gigantescos sóis, ao contrário de uma enorme luz, os nossos olhos se cegariam e nos veríamos na mais completa escuridão.
NÃO TENTE DETER O VENTO, ELE PRECISA CORRER POR TODA PARTE, ELE TEM PRESSA DE CHEGAR SABE-SE LÁ ONDE.
Sim, o vento dispersa energias negativas. Talvez por isso mesmo, quanto mais a maldade humana se agiganta, mais fortes são os ventos, que se transformam em segundos em furacões, ciclones. Aí ele tem pressa em dispersar concentrações de energias negativas em determinados pontos do planeta, pressa em impedir que a humanidade se auto-destrua...
NÃO APARE A CHUVA, ELA QUER CAIR E MOLHAR MUITOS ROSTOS, NÃO PODE MOLHAR SÓ O SEU.
Sim, a chuva é benção divina, é renovadora de mananciais – minerais e espirituais. Dissipa a poeira, e muitas vezes “lava” a nossa alma...
AS LÁGRIMAS? NÃO AS SEQUE, ELAS PRECISAM CORRER NA MINHA, NA SUA, EM TODAS AS FACES.
Sim, as lágrimas protegem e lubrificam os olhos. Só com elas a sua visão permanecerá clara e sem distorções. E se você não mantiver os seus olhos úmidos e lubrificados, por incrível que possa lhe parecer, o seu coração se endurecerá e se imobilizará. As lágrimas não lavam somente os olhos, mas também a alma e o coração.
O SORRISO! ESSE VOCÊ DEVE SEGURAR, NÃO O DEIXE IR EMBORA, AGARRE-O!
Principalmente, segure o sorriso em sua alma. Uma alma sorridente traz alegria aos seus semelhantes, mesmo que externamente o sorriso não esteja lá, estampado.
QUEM VOCÊ AMA? GUARDE DENTRO DE UM PORTA-JÓIAS, TRANQUE, PERCA A CHAVE!
QUEM VOCÊ AMA É A MAIOR JÓIA QUE VOCÊ POSSUI, A MAIS VALIOSA.
Mas que esse porta-jóias tenha sido construído com os mais nobres sentimentos que você tenha desenvolvido durante a vida. Pois, do contrário, você acabará por aprisionar a quem você ama, e, ao fazê-lo, fará com ela perca o brilho, a cor, a vida. Esta é a forma errada de guardá-la. Lembre-se que o seu amor é uma jóia – viva – e, portanto, livre. Se Deus criou-nos livre, não queira você criar prisão - especialmente para quem você ama.
NÃO IMPORTA SE A ESTAÇÃO DO ANO MUDA, SE O SÉCULO VIRA, SE O MILÊNIO É OUTRO, SE A IDADE AUMENTA...
CONSERVE A VONTADE DE VIVER, NÃO SE CHEGA À PARTE ALGUMA SEM ELA.
E para conservar a vontade de viver – seja bom. Perceba que quem realmente sabe viver são os verdadeiramente bons – e estes nunca envelhecem - mesmo que alcancem idade centenária. Permanecem com os olhinhos vívidos, um sorriso jovial, parecem caminhar lentamente, mas é difícil acompanhá-los. Nestes, os cabelinhos, brancos e brilhantes como a neve, refletirão as cores de vida de Deus, trazendo alento a todos os seus semelhantes.
ABRA TODAS AS JANELAS QUE ENCONTRAR E AS PORTAS TAMBÉM.
Sim, esteja pronto para sempre aprender. Também esteja pronto para receber a todos em seu coração, mas antes de recebê-los aprenda a fazer com que os maus deixem o mal do lado de fora. Sim, esteja com todas as portas e janelas do seu coração abertos a todos, mas sem permitir que destruam a sua morada interior.
PERSIGA UM SONHO, MAS NÃO O DEIXE VIVER SOZINHO.
Muitas vezes, um sonho não depende só de você para se realizar. Noutras, é até uma benção de Deus que você não tenha conseguido realizá-lo... Mas, tendo um sonho (e todos nós os temos), faça o melhor que estiver ao seu alcance para efetivá-lo.
ALIMENTE SUA ALMA COM AMOR, CURE SUAS FERIDAS COM CARINHO.
Em verdade, o Amor – o verdadeiro Amor - é todo alimento de que precisamos. E se realmente conseguíssemos dele nos alimentar todas as nossas feridas se curariam instantaneamente.
Se a humanidade se alimentasse do verdadeiro Amor, não haveria a obesidade. É por nos sentirmos tão carentes do verdadeiro Amor que buscamos satisfação, alegria, deleite na gordura, no sal e no açúcar. Mas eles não nos satisfazem, porque o que realmente buscamos, o que realmente nos saciaria seria o verdadeiro Amor. Isso pode parecer uma “enorme viagem na maionese” para quem nunca nem ao menos vislumbrou o verdadeiro Amor. Mas para quem já teve pelo uma única chance de “degustá-lo”, sabe que, para nossa alma, melhor alimento não há.
DESCUBRA-SE TODOS OS DIAS, DEIXE-SE LEVAR PELAS VONTADES, MAS NÃO ENLOUQUEÇA POR ELAS.
Em verdade, se a vontade leva à loucura, o melhor é não se deixar levar por ela. Quase sempre se está ávido por doces num quadro pré-diabético; ou nos sentimos perdidamente atraídos por algo ou alguém que nos levará à morte (física, profissional etc.). Portanto, o melhor é ir bem devagar com o andor...
PROCURE SEMPRE O FIM DE UMA HISTÓRIA, SEJA ELA QUAL FOR.
Sim, isso sempre o fará aprender muito mais sobre a vida. Muito freqüentemente, uma história que começou de modo feliz, que parecia um conto de fadas ou o início de uma carreira super bem-sucedida, não termina do mesmo jeito. Como uma vez disse um grande amigo, “raramente o final de alguma coisa é tão bom quanto o início”. E, ao revés, muitas histórias que pareceriam destinadas a um final de desgostos e fracassos pode ter um final de glória. Por isso, não se atenha apenas a uma parte da história, qualquer seja ela: examine o seu início, meio e fim. Muitas vezes, o seu sucesso, a sua felicidade dependerão do aprendizado auferido através dessa observação.
DÊ UM SORRISO PARA QUEM ESQUECEU COMO SE FAZ ISSO.
A pessoa, naquele determinado momento, até pode não entender ou descrer de sua boa intenção. Mas, aos poucos, como em ondas mansas do mar, o seu sorriso irá reconstruindo o sorriso no rosto daquele que o perdera. Mas um sorriso só terá esse poder se for uma reprodução do sorriso que há em seu coração.
ACELERE SEUS PENSAMENTOS, MAS NÃO PERMITA QUE ELES TE CONSUMAM.
Não raro, nos desgastamos com pensamentos. E o pior: com os MESMOS pensamentos. A grande maioria de nossas tensões nascem de um apego a acontecimentos que JÁ passaram e dos quais temos dificuldade em nos libertar.
Diziam os antigos chineses que muita reflexão é tão negativa quanto nenhuma reflexão, pois, ao analisarmos repetidas vezes uma mesma situação, corremos o risco de não tomar decisão nenhuma e nos imobilizarmos. O melhor, portanto, é ser firme, tomar uma decisão e agir.
OLHE PARA O LADO, ALGUÉM PRECISA DE VOCÊ.
O nosso compromisso é com quem está próximo a nós – e não com quem está distante.
É claro que, no nosso mundo globalizado, podemos amar a quem está em outro continente, do outro lado do mundo. E, graças aos vários recursos tecnológicos, podemos enviar-lhes mensagens instantâneas, e-mails etc. Porém, não será difícil que, por várias razões (físicas, burocráticas, instrumentais etc.) essas nossas mensagens de amor jamais cheguem ao coração amado. E como a regra é – “perto dos olhos, perto do coração” –, é possível que até venham a ser consideradas SPAMS... E enquanto aquele que está distante, e que não precisa de nós (pois quem lhe deve prestar auxílio é que lhe está próximo), nos rejeita, nos ignora, há alguém, ao nosso lado, esperando que lhe dediquemos uma migalha de nossa atenção. Enquanto batemos à porta do coração de alguém que, devido mesmo a distância, nos confunde com inimigos, aproveitadores, inconfidentes, há alguém, ao nosso lado, que preza a nossa amizade, confia em nós e espera a nossa ajuda. Cada um de nós está onde Deus quer que estejamos – e onde Ele quer que sirvamos. Portanto, deixemos o “binóculo” de lado, limpemos as lentes dos óculos para perto e tratemos de enxergar quem está próximo a nós precisando e pedindo a nossa ajuda.
ABASTEÇA SEU CORAÇÃO DE FÉ, NÃO A PERCA NUNCA.
Sim, abasteçamos o nosso coração de fé – mas da fé EM DEUS. Pois, como nos advertiu Jeremias: “Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!” (Cap. 17, vers. 5). Quem deposita a sua fé no homem, como afirma Jeremias no versículo seguinte, “não verá quando vier o bem”, pois estará exposto a toda instabilidade e volubilidade próprias do homem. Muito melhor um coração fundado em Deus, do que afundado nas vicissitudes humanas.
MERGULHE DE CABEÇA NOS SEUS DESEJOS E SATISFAÇA-OS.
Mas veja lá que desejos terás... Infelizmente, o desequilíbrio, a desarmonia espiritual em que estamos mergulhados faz com que desejemos precisamente o que mais nos envenenará – seja espiritualmente, seja fisicamente.
Seria ótimo que estivéssemos bastante centrados, bastante equilibrados para desejar tudo quanto nos fosse ditoso e proveitoso. Mas, para tanto, é necessário que centremo-nos, hamonizemo-nos. Equilibrados, nem precisaremos mais pensar em mergulhar de cabeça e satisfazer desejos, pois tudo o que realmente precisamos é sermos donos de nós mesmos.
AGONIZE DE DOR POR UM AMIGO, SÓ SAIA DESSA AGONIA SE CONSEGUIR TIRÁ-LO TAMBÉM.
Solidariedade. É, infelizmente, uma qualidade rara. O comum é que nos afastemos quando percebemos que alguém precisa de nossa ajuda. Há mesmo quem procure se manter afastado de todos com medo de que, porventura, venha a ser chamado a ajudar. E é também bastante comum que, quando nos sentimos numa situação privilegiada, procuremos nos aproximar daqueles que estejam numa situação semelhante ou melhor do que a nossa.
Mas, como afirmou Walter Winchell, “o verdadeiro amigo é aquele que vem quando o resto do mundo está indo embora”. Este, geralmente se afasta quando todos estão nos reverenciando. Não é, pois, na hora das homenagens e dos elogios, dos banquetes, das festas e das alegrias que encontraremos o nosso verdadeiro amigo. Ele até nem se sentirá bem nessas ocasiões. É na adversidade, quando o nosso prato está vazio, quando estamos abandonados por todos, que o nosso verdadeiro amigo chega, oferecendo-nos a sua ajuda, a sua amizade e o seu amor. E fica conosco e nos auxilia até que nos reergamos. E aí, então, muito provavelmente, pode voltar a desaparecer.
É o desapego e a incondicionalidade que revelam a verdadeira amizade e também o verdadeiro amor.
PROCURE TODOS OS SEUS CAMINHOS, MAS NÃO MAGOE NINGUÉM NESSA PROCURA.
É impressionante como nos deixamos perder em nossas procuras, em nossas buscas. Magoamos, quase sempre, quem não devíamos. E ao fazê-lo, fechamos a principal porta para a nossa felicidade.
ARREPENDA-SE, VOLTE ATRÁS, PEÇA PERDÃO!
O melhor sempre será agir de modo a não ter de arrepender-se, voltar atrás e pedir perdão. Mas, se errar, pelo menos tenha a humildade de arrepender-se. Sim, admita, primeiramente, para si mesmo, e depois para o outro que errou, que agiu equivocadamente. Pior do que errar é não ter humildade para reconhecer. Volte atrás e peça perdão – humildemente! Isso faz parte de uma boa educação espiritual que só nos revigora e nos traz uma felicidade verdadeira em nosso coração.
Lembre-se: errar é humano, mas admitir o erro também é. Errar é humano, mas acertar também é.
NÃO SE ACOSTUME COM O QUE NÃO O FAZ FELIZ, REVOLTE-SE QUANDO JULGAR NECESSÁRIO.
Há uma frase de Martin Luther King - "a geração atual não se espanta tanto com o barulho provocado pelos poderosos, e sim com o estarrecedor silêncio dos oprimidos" – que, a mim parece, exprime fielmente essa tendência de nos acostumarmos com o pior, e ainda justificá-lo, dizendo que “poderia ser pior”. Sim, mas também não poderia “ser melhor”? Desde que começamos a nos silenciar diante do mal ele só tem se fortalecido e agigantado. Mas o sofrimento extremado de bilhões de pessoas, do qual todos somos testemunhas, ou por sermos uma delas, ou por testemunhá-lo nas ruas, na mídia etc., não tem tornado a vida planetária melhor. Ao revés, a vida está sob grave ameaça, pois tem estado sob o domínio de insanos, loucos, dominados pelo egoísmo, pela inveja, pela soberba, que proclamam estar tomando medidas para tornar a existência de todos mais segura, mais livre... E todos somos testemunhas de quanto a vida no mundo piorou e quanto este se tornou mais inseguro com tais medidas.
Deus criou a vida – nós é que inventamos a morte; Deus criou-nos livres, nós é que nos aprisionamos - a nós mesmos e aos nossos semelhantes; Deus criou-os para sermos felizes – nós é que criamos continuamente situações de infelicidade.
Não nos acostumemos com a desgraça, com o desespero, com a dor, com o sofrimento. Isso não é natural, isso não é normal.
Revoltar-se contra a sua infelicidade também não significará que você é um comunista. Em verdade, esqueça todo e qualquer “ismo” – e lute tão-somente pela sua felicidade.
ALAGUE O SEU CORAÇÃO DE ESPERANÇAS, MAS NÃO DEIXE QUE ELE SE AFOGUE NELAS.
A esperança é mensagem continua de Deus, em nosso coração, de que o sonho existe para ser realizado. Ninguém vive sem esperanças. Mesmo que por um período diminuto ela nos falte, já caímos em depressão. A esperança é o nosso combustível para seguirmos adiante, confiantes de que o nosso sonho se realizará.
Mas, se não vivemos SEM esperanças, também não vivemos SÓ de esperanças. Os sonhos existem para serem realizados. E é o processo de consecução deles que nos leva a evoluir, que nos tira da inércia. Porém, não devemos nos deixar envolver por esperanças vãs. Essas, além de serem irrealizáveis e, portanto, nos conduzir à frustração, nos desviam de nosso verdadeiro caminho, nos desviam da realização de sonhos que foram destinados para nós por Deus.
SE ACHAR QUE PRECISA VOLTAR VOLTE!
Permanecer no erro não é sinônimo de constância, de personalidade: é burrice mesmo!
SE PERCEBER QUE DEVE SEGUIR SIGA!
Sem nenhum temor, sem medo de agir corretamente.
SE ESTIVER TUDO ERRADO COMECE NOVAMENTE.
Pois é mais fácil “deletar”, apagar tudo, começar novamente – do zero - do que tentar consertar um universo de erros. Demora-se muitíssimo mais, perde-se um tempo enorme, para depois nos conscientizarmos de que o certo teria sido descartar todo aquele projeto cheios de erros e iniciar um novo. Assim, sem dó nem piedade, nos desfaçamos de todos os erros e, com a experiência desses erros, comecemos um caminho de acertos.
SE ESTIVER TUDO CERTO CONTINUE.
Sim, não deixe escapar esse momento de perfeita sintonia com Deus! Ele o está guiando, iluminando a estrada para que você não se perca. Siga em frente!
SE SENTIR SAUDADES MATE-A.
Sim, é uma das poucas coisas ótimas de matar!
SE PERDER UM AMOR NÃO SE PERCA!
Chore, é normal. Mas lembre-se que Deus não permite jamais que percamos algo que Ele mesmo tenha destinado para nós. Mesmo que, em virtude de nossa própria ignorância, causemos um distanciamento, ou uma postergação do encontro, ainda assim Deus nos reencaminhará à nossa herança.
SE ACHÁ-LO SEGURE-O!
E jamais olvide: trata-se um presente de Deus. Respeite-o, trate-o com todo desvelo, ou seja, com grande cuidado, carinho, vigilância, dedicação; em uma palavra: ame-o tão-somente!
CIRCUNDA-TE DE ROSAS, AMA, BEBE E CALA.
Aprenda a amar-se a si mesmo, a dedicar-se atenção. Cuide-se bem, até por respeito a quem o ama, que quer vê-lo em excelentes condições.
Mas, se você não amar a si mesmo, jamais poderá amar ao próximo como Jesus nos amou. Amor é uma lição que aprendemos, primeiramente, dentro de nós. Só depois de desenvolvê-lo e aprimorá-lo dentro de nós, vindo a conquistar o “selo de qualidade” de Deus, é que estamos prontos para “exportá-lo” para todo mundo.
“O MAIS É NADA”
SEJA FELIZ!

Solidão...

Solidão é vazio interior, é falta de diálogo interior, é conseqüência de uma constante, rotineira fuga de si mesmo. Solidão, em realidade, é quando nos recusamos a encontrar a nossa alma, quando fechamos todas as portas de nós mesmos. Breve estaremos apagando todas as luzes... Em verdade, fazemos o mais difícil: tendo um universo dentro de nós, conseguimos sentir solidão. Deus nos presenteou com o pensamento, de velocidade inigualável, que nos permite ir para qualquer lugar ou trazer para a nossa companhia quem quisermos... e, no entanto, nos damos “ao luxo” de nos sentirmos - sós.
Muitas vezes quando as pessoas amadas estão presentes, ao vivo e em cores, o nosso orgulho nos impede de lhes dizer e demonstrar o quanto as amamos. Solidão muitas vezes é resultado de orgulho também, pois há quem consiga estar só no meio da multidão.
O fato é que quem vive a sabedoria nunca está só, porque está sempre em comunhão com todos os seus irmãos, com todos os seus semelhantes, sem distinção, sem preconceito.
Solidão é resultado, portanto, da ausência do verdadeiro Amor - que é Deus - no coração!
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SOLIDÃO
Amyr Klink

“Passados dois meses de tantas histórias,
comecei a pensar no sentido da
solidão.
Um estado interior que não depende da distância...
nem do isolamento;
um vazio que invade as pessoas...

E que a simples companhia ou
presença humana
não pode preencher.
Solidão foi a única coisa que eu não
senti,
depois que parti...
nunca...
em momento algum.

Estava, sim, atacado de uma voraz
saudade.
De tudo e de todos,
de coisas e de pessoas que há muito
tempo não via.

Mas a saudade às
vezes faz bem ao
coração.

Valoriza
os sentimentos,
acende as
esperanças
e apaga as distâncias.

Quem tem um amigo,
mesmo que um só,
não importa onde se encontre,
jamais sofrerá de solidão;
poderá morrer de saudade...
mas não estará só!”
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LINDO!
A saudade é o reconhecimento do amor que temos: por alguém, por um animal, por algo, por um lugar... E se admitimos esse amor em nosso coração, espantamos dele a solidão.
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CANÇÃO DA AMÉRICA
Milton Nascimento

Amigo é coisa pra se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção

Que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver seu amigo partir
Mas quem ficou, no pensamento voou

Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou
Amigo é coisa pra se guardar

No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam não
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir

A voz do coração
Pois seja o que vier, venha o que vier.
Qualquer dia, amigo, eu volto a te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar

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Sim, é essa esperança do reencontro que move quem ama, quem tem saudade. “Qualquer dia, amigo, eu volto a te encontrar. Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar”. E esse reencontro nos será proporcionado por Aquele que compreende a nossa saudade porque é o próprio Amor. Aqueles que verdadeiramente amam não se separam. Como o verdadeiro Amor é Deus, e Este tem o dom da ubiqüidade, nós, pelo amor, estamos sempre ao lado de quem amamos. Deus não nos separa; o Amor jamais nos separa. Pelo Amor estamos sempre juntos!

Seria bom que aprendessemos a reconhecer que...

Nem todos que dizem buscar a paz são pacíficos.
Nem todos que dizem buscar a verdade querem mesmo encontrá-la.
Nem todos que dizem buscar a justiça querem mesmo que ela se faça.
Nem todos que se dizem tementes a Deus realmente o são.
Nem todos que dizem buscar o amor querem realmente concretizá-lo.
Devemos ter em mente que os mentirosos e os hipócritas adoram se esconder sob a respeitabilidade. Assim, instituições que ontem abrigaram cidadãos honestos, íntegros, que davam a vida por seus ideais, hoje podem estar abrigando os cínicos, os mentirosos, que buscam ter lucros fantásticos com a vida de seus semelhantes. E aquelas que no passado abrigaram criaturas retrógradas, que prometiam e vendiam os céus aos seus semelhantes, enquanto eles mesmos se tornavam donos de tudo na Terra, hoje podem ter em seu comando espíritos nobres, verdadeiros presentes de Deus para toda a humanidade.
Todos os caminhos levam a Deus, mas só SE você realmente quiser encontrá-lo. Deus está em toda parte, e Satanás não. Mas, não raro, o homem faz o mais difícil: encontrar a Satanás e NÃO encontrar o Onipresente.
Se você for um sábio encontrará o Cristo no Bhagavad Gitá, no Alcorão, no I Ching. Mas se você estiver procurando Satanás conseguirá vê-lo se multiplicando em toda parte - não porque Satanás tenha o dom da ubiqüidade, mas porque você permitiu que o seu coração dele estivesse cheio.
A maldade só pode existir dentro de nós? Não. Podemos nos deparar com ela? Podemos. Mas qual o antídoto que temos contra a maldade que de repente se corporifica diante de nós? A sabedoria (que para os verdadeiros cristãos é Deus). A maldade pode nos inflingir dor, sofrimento, morte? Pode, e sofreremos e morreremos mesmo, mas por um tempo determinado - não para sempre.