Sunday, August 28, 2005

Comentários sobre as duas notícias anteriormente publicadas

Fiz questão de apor estas duas notícias (logo abaixo) porque ambas envolveram sexo e provocaram a renúncia ou a demissão de pessoas que integravam o alto escalão das respectivas instituições a que serviam.
Alguns na Argentina criticaram a “velocidade” da aceitação da renúncia do Bispo Juan Carlos Maccarone. Ocorre que não se tratava de uma acusação infundada pois há um vídeo para comprová-la - e o próprio Bispo admitiu a acusação.
Nestas circunstâncias, o que mais o Papa poderia fazer? Esperar alguns séculos para comprovar se era verdade ou não? Milagres são difícieis de serem comprovados, mas pecados não - principalmente com provas e a admissão de culpa por parte do acusado. Assim sendo, não restou outra alternativa ao Pontífice, senão aceitar incontinenti o pedido de renúncia do Prelado.
É claro que seus amigos tentam desqualificar as acusações: o jornal argentino “Clarín” a elas se refere como baseadas num vídeo que “supostamente” mostra uma relação íntima do bispo com um jovem de 23anos.
Mas se as imagens fossem de alguma forma falsas, forjadas o hoje ex-bispo não teria apresentado imediatamente sua carta de renúncia assim que autoridades eclesiásticas mencionaram a existência da fita.
O jornal “Clarín” também aventa a possibilidade de que a entrega do vídeo é uma espécie de "vingança política", e que ainda não há informações sobre quem teria entregue a fita.
Amigos do bispo alegam que o rapaz foi pago para provocar uma “situação de intimidade” com o religioso.
Mas será que seria possível mesmo enredar o Bispo, de 64 anos, numa insidiosa trama? Os membros da alta hierarquia da Igreja não costumam responder nem a cumprimentos, mensagens de boa sorte, sempre temerosos que seus remetentes sejam pessoas que estejam tentando desvirtuá-los, desencaminhá-los, construir uma falsa intimidade etc. Será que o Bispo Maccarone aceitaria tirar uma foto ao lado de um desconhecido? Menos: será que ele responderia laconicamente a um e-mail que lhe enviássemos desejando-lhe a proteção de Deus? Definitivamente - não! Se se resguardam da companhia da maioria das pessoas, se desconfiam das intenções daqueles que estão há centenas de milhares de quilômetros, pessoas que só por telepatia poderiam levá-los a sair de modo impróprio no filme (e na mídia), “entonces” como ele pode ser levado a essa “situação de intimidade” ao vivo e em cores?!
E ainda de acordo com o jornal “Clarín”, a relação do Bispo com o jovem já teria dois anos.
A verdade é que se ele não tivesse costume dessa prática teria sido muito difícil enredá-lo. Será que seria fácil conseguir filmá-lo cometendo um furto ou um roubo? Ou cometendo qualquer tipo de assassinato? Ou seqüestrando alguém?
Errar é humano, sim, mas certos erros são indesculpáveis, imperdoáveis, em razão mesmo de toda a inconfidência, de todo o desrespeito à confiança na pessoa depositada.
Os que seguiram a vida religiosa sempre afirmam que segue-se esse caminho em atendimento a um chamado divino. Infelizmente, a verdade é que este não é o caso da maioria. A grande maioria está ali porque de outra forma não teria emprego, moradia, comida, roupa lavada e passada, segurança e um respeitável status na vida social. O atual papa está ciente desse problema. Em discurso recente afirmou ele:

“Nas últimas semanas, tive as Visitas "ad Limina" dos Bispos do Sri Lanka e da parte Sul da África. Ali as vocações aumentam, aliás, são tão numerosas que não podem construir Seminários suficientes para acolher estes jovens que desejam ser sacerdotes. Naturalmente também esta alegria traz consigo uma certa amargura porque uma parte vem na esperança de uma promoção social. Fazendo-se sacerdotes tornam-se quase chefes da tribo, naturalmente são privilegiados, têm outra forma de vida, etc. Por conseguinte, erva daninha e grão caminham juntos neste bonito crescimento das vocações e os Bispos devem estar muito atentos no discernimento e não sentir-se simplesmente contentes por ter muitos sacerdotes futuros, mas ver quais são realmente as verdadeiras vocações, discernir entre erva daninha e grão bom.”

O grave problema é que não se pode esperar que uma “erva daninha” que foi escolhida no passado venha a dar bons frutos e escolher hoje o “grão bom” . Inúmeras escolhas erradas já foram feitas no passado, de forma que a Igreja se transformou quase que numa grande estufa de joio. E o “joio” reconhece como bom o “joio” que lhe é semelhante. Na verdade repete-se a tática do cuco, que põe os seus ovos no ninho alheio para serem chocados. E ao nascerem todos os filhotes, os do cuco, sendo maiores, expulsam os outros de seu próprio ninho. Estes, empurrados, caem e encontram a morte ou em virtude da queda, ou em virtude da fome e do frio. Enquanto isso, os filhotes impostores são sustentados e protegidos pela mãe que não é sua.
O erro do Bispo é indesculpável, imperdoável porquanto se é assim considerado quando o personagem é uma pessoa pobre, analfabeta, sem proteção, destituída de qualquer tipo de regalia e posição social, porque deveria ser visto com tolerância quando se trata de uma pessoa com preparo intelectual, que desfruta de muitos confortos e cuja posição social exige que todos o tratem não só com respeito - mas com reverência!
É público e notório que freiras e padres assumem o compromisso do celibato e da castidade. Eles poderiam não tê-lo feito, como a maioria das pessoas na sociedade, mas o fazem de livre e espontânea vontade. Por conseguinte, eles ingressam na vida religiosa dando o seu assentimento informado, ou seja, eles foram informados sobre o que importava os votos de celibato e castidade - e concordaram com a idéia, aceitando, portanto, o desafio, ou o achando perfeitamente aceitável.
Mas, depois de estar desfrutando do respeito da sociedade e de toda segurança que a Igreja lhes dá, padres e freiras começam a se abrasar, a se tornarem escravos de um desejo sexual incontrolável em suas celas nos mosteiros e conventos. De modo que olhando-se para as figuras da maioria esmagadora dos religiosos percebe-se claramente que mui distante estão da santidade - muito mais do que a maioria das pessoas comuns.
Essa distância havida entre o que os religiosos se propuseram e o comportamento que efetivamente adotam é que causa o arrefecimento da fé e o afastamento dos fiéis. Porque um devasso pode-se encontrar em muitos lugares, nem é preciso procurar; mas nas Igrejas muitos esperavam encontrar pelo menos UM santo. Porque se o problema dos que estão sendo protegidos e sustentados pela Igreja é satisfazer seus desejos sexuais, todo o resto da sociedade convive com inúmeros outros problemas que só podem ser resolvidos por milagre. E como milagres são tradicionalmente realizados por santos é a estes que procuram quando recorrem à Igreja.
Sinceramente, não creio que essa concupiscência exacerbada de padres e freiras se resolva com o fim do celibato. Pois, por exemplo, no caso do Bispo Maccarone, teria de ser admitida ou tolerada a sodomia - que é proibida na Bíblia. E se a Igreja contraria o Livro Sagrado ela decreta a sua própria extinção.
Uma vez que a devassidão é encontrada em tantos outros lugares, por que os que dela necessitam tão avidamente não vão ao seu encontro nesses tantos outros lugares e se afastam - obsequiosamente - da Igreja?
O grave problema dos religiosos que não se mantêm castos é que não capazes de respeitar um compromisso assumido. Assim como violam os votos de celibato e castidade, também violariam os votos de fidelidade se lhes fosse permitido casar: o caso de Klaus Volkert (o representante dos trabalhadores no Conselho Executivo da Volkswagen), que, como tantas outras pessoas, não se sentiu impedido de ter um relacionamento extra-conjugal, ilustra bem isso. O seu caso torna-se mais dramático e ganha as manchetes porque além de não ser fiel à mulher, ele também não foi fiel à empresa, e tratou com total desapreço a confiança que seus colegas nele depositavam.
O remédio para os escravos do sexo não será o fim do celibato obrigatório clerical. O que ajudaria bastante é que fosse ensinado a todos, indistintamente, o respeito aos compromissos assumidos, e só assumir o que efetivamente possa cumprir. E que, no caso da Igreja, a seleção dos candidatos a padres e freiras não ficasse a cargo do “joio” - mas sim do “trigo”. Porque se o número de santos já é reduzidíssimo - acabamos por encontrá-los muito mais fora da Igreja do que dentro dela. E se a Igreja é mesmo de Cristo não pode sustentar e proteger a hipocrisia - que foi tão fortemente combatida por Jesus.

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Nos dias atuais vemos situações, no mínimo, estranhas... Quem faria uma doação a qualquer um de nós de R$ 200.000,00? Nem de R$ 0,02, não é mesmo? Mas ficamos sabendo durante certas inquirições nas CPMIs que a filha de um ex-político conseguiu encontrar uma pessoa “generosa” que assim lhe beneficiou, para que ela pudesse construir sua vida depois de seu malogrado caso com o marido de outrem... E aqui vemos como algumas pessoas tem de ser salvas, e com urgência, de situações que afetam a uma esmagadora maioria! Há ainda quem consiga empréstimos de dezenas de milhões de reais sem necessitar apresentar qualquer garantia de que poderá pagá-los! E eu aqui duvidando que pudesse haver tanta bondade no mundo!... Poderíamos dizer: a sorte aquinhoa a quem lhe apraz! Mas sabemos que não é bem assim. Ou melhor: não é nada assim. Essa “sorte” tem muita história e “estórias” que lhe deram origem, nada tem de verdadeira generosidade.
Também no caso da Volkswagen, vejam como o dinheiro aparece e se multiplica para subsidiar certas situações e determinadas pessoas!
Errar é humano, argumentarão muitos. Sim, claro que é - mas acertar também é humano. Creio que os empresários deviam dar muito mais atenção aos seus empregos, às suas empresas, pois eles só conquistam as suas amantes porque são funcionários dessas empresas. Ao levar as suas empresas à falência eles estão matando a suas “galinhas dos ovos de ouro”. Sem empresa, na pobreza quem se sentirá “irresistivelmente atraído(a), perdidamente apaixonado(a)” por eles? A falta de dinheiro costuma sempre arrefecer essas “paixões” que pareciam tão “avassaladoras”.
E enquanto alguns têm tanta disponibilidade para subsidiar a concupiscência, a luxúria, a incompetência, a tola vaidade de umas poucas pessoas, a miséria se alastra em progressão geométrica, atingindo bilhões de pessoas em todo mundo. Quantas pessoas honestas chegam a morrer na mais profunda miséria porque ninguém lhe estende a mão e todos lhe voltam as costas? O honesto é, assim, punido por sua honestidade: insiste em ser honesto? Então que morra com sua virtude!
É bem verdade que muitos - muitos - escolhem o caminho da devassidão, da intemperança, da indignidade pensando que assim assegurarão para si todos os prazeres e bens da vida, mas terminam igualmente esquecidos e na total miséria. Portanto, optar pelo caminho do mal também não é certeza de segurança e abundância de bens e favores, pois aqui a porta do sucesso é igualmente estreita e não encontrada pela quase totalidade dos que a buscam.

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Voltando às denúncias - e às renúncias; aos escândalos e à demissões forçadas; aos atos perdulários e aos vultosos prejuízos - qual a origem de todo esse verdadeiro oceano de lama?
Primeiramente, cumpre observar como as instituições têm escolhido “bem” os seus quadros! Será que essas pessoas de um momento para o outro se transformaram? Será que em questão de minutos - talvez segundos - houve uma transmutação do vinho (ou do champagne, como queiram) em água, uma transubstancialização do trigo em joio?
É claro que não: essas pessoas sempre foram o que agora todos sabem que elas são. Mas porque os “experts” em psicologia, em psicotécnica não identificaram esses desvios de conduta incompatíveis com a função para a qual cada um foi designado?
O problema é que hodiernamente até os que não professam nenhuma religião, nela encontram subsídios para fundamentar seus erros. Por exemplo, hoje há uma proposital distorção do ensinamento de Jesus, quando afirmou: “eu não vim chamar justos, mas pecadores” .
Mais uma vez seria de bom alvitre ler TODA a passagem bíblica:

“Deu-lhe então Levi um lauto banquete em sua casa; havia ali grande número de publicanos e outros que estavam com eles à mesa.
Murmuravam, pois, os fariseus e seus escribas contra os discípulos, perguntando: Por que comeis e bebeis com publicanos e pecadores?
Respondeu-lhes Jesus: Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos;
eu não vim chamar justos, mas pecadores, ao arrependimento.” (Lucas, 5,29-32)
“... eu não vim chamar justos, mas pecadores, ao arrependimento”

Ou seja, Jesus era o médico que vinha para curar os doentes - porquanto se estivesse ali para curar os “sãos” seria tão-somente mais um charlatão dentre milhares de outros. Jesus veio chamar os pecadores “ao arrependimento”, pois se quisesse que os justos se arrependessem seria mais um entre os milhares de videntes que não vêem senão impurezas nos verdadeiramente santos, determinando-lhes infindáveis penitências e mortificações, enquanto os despudorados são indicados e nomeados para ocuparem os altares. E enquanto não vêem senão fraude, falsidade, dissimulação nos honestos, acabam por nomear ladrões para cuidar das tesourarias das organizações; incompetentes, desqualificados para ocupar cargos de chefia etc.
Destarte, ao distorcer aquele ensinamento de Jesus, tem-se se escolhido a dedo, isto é, com cuidado, calculadamente todos os que vão causar a destruição das empresas e das instituições. Sim, ninguém está ali para chamar os justos, mas sim os pecadores. E vamos recolhê-los onde? Dentre os dependentes irreversíveis de drogas e sexo ; dentre traficantes e “empresários de prostíbulos”; dentre ladrões e assassinos etc. - todas pessoas que já demonstraram saber “trabalhar em grupo”. E assim não se compõe um grupo de trabalho, mas um grupo mafioso! E, depois, quando explodem os escândalos, quando descobertas são as malversações e até assasssinatos todos ficam supresos e sem saber - como, onde, quando tudo começou?!!!
O que acontece é que, ao contrário do ensinamento de Jesus, os “pecadores” aqui não são chamados ao arrependimento: os pecadores são chamados precisamente porque são pecadores, transgressores das leis (“Todo aquele que pratica o pecado, também transgride a lei; porque o pecado é a transgressão da lei.” 1 João. 3-4) - e ninguém tem qualquer interesse em que eles se regenerem; ninguém quer que se tornem íntegros, mas que se entreguem cada vez mais à toda sorte de desregramentos, porque é desses desregramentos que a sociedade globalizada pretende de modo contínuo sobreviver. Pois o que se quer, precípuamente, é perpetuar o mal, construir uma sociedade vitoriosa com fundamentos no Mal, onde o Bem - a virtude, a probidade, a honra - estejam banidos em definitivo.
Isso ciclicamente tem sido tentado. No século passado, os homens inferiores começaram a sua mais recente tentativa para implantar o Mal, desta vez de forma globalizada. No início, trabalharam de modo sorrateiro, e foram se infiltrando em todas as organizações. Depois, através de intrigas e calúnias, dedicaram-se a destruir e impedir que o Bem chegasse à liderança.
Todo líder que estivesse verdadeiramente voltado para o Bem foi sendo identificado e de uma forma ou de outra neutralizado ou eliminado. Se já tivesse seguidores, a estes o mesmo destino seria reservado. O Bem fica, assim, anulado. Agiganta-se o poder dos homens inferiores. E é precisamente aí que sempre o Mal conhece a sua derrota. Porque quando todo o poder fica concentrado nas mãos dos maus, estes não podem mais culpar os bons por todo o erro que haja na sociedade - pois nada mais está sob o controle dos virtuosos. Conseqüentemente, se todo poder está nas mãos dos maus e nada funciona, se por toda parte só se vê injustiça, aflição, desventura, dor, sofrimento, tortura, deslealdade, falsidade, injustiça, infelicidade - e o que todo homem quer, ao final, é ser feliz - o Mal é, enfim, desmascarado - por suas próprias obras. A maldade dos homens inferiores volta-se, então, contra eles mesmos. O Mal mostra-se nefasto não apenas para o Bem, mas termina por causar a destruição de si mesmo. (Pode para muitos não parecer, mas essa destruição já está em andamento.)
Pois se o mal vive somente da negação, como pode subsistir em si mesmo? Vejam que há uma enorme contradição em, perseguindo o mal, querer ser bem-sucedido, através do mal querer atingir o bem-estar.
O Bem só se conquista através do Bem, assim como só o Mal nos advirá se optamos pelo Mal.
Parece óbvio, não é mesmo? Porém, há milênios o homem vem tentando de diversas formas conquistar todas as conseqüências do Bem através do Mal. Mas se o mal é a negação do bem como queremos conquistar as conseqüências deste através daquele? Na atual tentativa, o homem já gastou trilhões (vamos atualizar) de euros; e até agora quais foram os resultados? O mundo está mais seguro? A humanidade está mais feliz? Pelo menos os privilegiados estão mais seguros e mais felizes? Mesmo sendo obrigados a viver atrás das grades dos condomínios se sentem livres? Se estão mais felizes, por que o consumo de drogas é crescente?
Mas todos que apostaram no Mal esperam que tudo venha a acabar bem. O será que esperam que acabe mal? Não, não, esperam que acabe ...
Pelo menos os que apostam no Bem são bem mais coerentes!

Alguns outros escândalos do momento...

Renúncia de bispo argentino é aceita após divulgação de vídeo

Roma, 22 ago (EFE).- O papa Bento XVI aceitou a renúncia do bispo argentino Juan Carlos Maccarone depois que o Vaticano soube da existência de um vídeo que mostra a relação íntima do religioso com um jovem, em um caso que gerou polêmica na Argentina.
A Santa Sé informou na sexta-feira que aceitava a renúncia de Maccarone, conforme o artigo 401/2 do Código de Direito Canônico, pelo qual "se roga encarecidamente ao Bispo diocesano que apresente a renúncia de seu ofício se por doença ou outra causa grave ficar reduzida sua capacidade para desempenhar seu cargo".
Segundo a edição desta segunda-feira do jornal Corriere della Sera, o papa foi informado sobre o caso durante sua viagem à Alemanha por ocasião da Jornada Mundial da Juventude "e imediatamente aceitou a renúncia" do bispo, responsável pela diocese de Santiago del Estero.
A imprensa argentina repercutiu o escândalo ontem, domingo, ao revelar que a renúncia de Maccarone, de 64 anos, foi apresentada devido à divulgação de uma gravação em que o prelado aparece numa relação íntima com um jovem de 23 anos.
O jornal Página/12 afirmou que o bispo admitiu o fato antes de apresentar sua renúncia, e que várias cópias do vídeo foram distribuídas em meios de comunicação de Santiago del Estero, âmbitos políticos e judiciais da província e autoridades da Igreja argentina.
O Corriere della Sera destaca nesta segunda-feira que Maccarone era "muito respeitado e estimado na Argentina", mas afirma que durante seus anos de episcopado "colecionou poucos, mas potentes inimigos no mundo político e econômico de sua cidade".
Conhecido por suas denúncias contra a corrupção, "não era nenhum segredo que pertencia à ala progressista da Igreja argentina, a mais atenta às causas dos pobres e às injustiças sociais", acrescenta o jornal. EFE jac dgr/ta
http://br.news.yahoo.com/050822/40/w sih.html

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ABKnet News - 28/07/2005 - Exclusivo

O segredo de Adryanna Barros

O maior escândalo empresarial na Alemanha tem uma brasileira como um dos personagens principais.
A paixão de um executivo da Volkswagen financiou ilegalmente durante pelo menos oito anos a carreira de uma apresentadora da Rede TV!.
Viagens com vôos na primeira classe, hotéis cinco estrelas, contratos fantasmas, apartamento de luxo, fazenda e ONG duvidosa, presentes de amor, contribuiram para a queda de Klaus Volkert, um torneiro-mecânico que chegou ao ápice da empresa.
O caso foi desvendado por um auditoria interna da companhia, ocupa as manchetes dos diários do país e agora está ocupando a polícia e a promotoria pública. A Volkswagen, sangrada em milhões de Euros por quem deveria dirigi-la com lucros, além de caso de policia, é também agora mais uma empresa a ser saneada e com futuro incerto.
Um dos nomes mais citados pela imprensa alemã, Adriana B., que já enriquece o acervo de lorotas e piadas no país, é desvendado pelo ABKnet como sendo Adryanna Barros, de Garça, interior paulista, com queda para homens mais velhos e endinheirados.
Nem somente o samba nasceu lá na Bahia. Nas noites quentes da ilha de Itaparica iniciou-se em meados dos anos 90 um romance que hoje ocupa a indignação de milhares de funcionários de um dos maiores fabricantes de automóveis do mundo, as páginas de jornais, uma auditoria interna, policia e promotoria pública da Alemanha.
Um dos nomes mais insistentemente citados pela imprensa teutônica no caso, Adriana B., logo entrou para o rol de piadas comuns a casos escabrosos como o escândalo que a Volkswagen vem enfrentando há semanas e praticamente arruinou imagem e finanças do maior fabricante de automóveis da Europa: Executivos da companhia armaram em dez anos, a partir de 1996, segundo a auditoria interna, um esquema de financiamento de orgias internacionais em beneficio próprio, que ultrapassou os limites da imaginação mesmo de peritos familiarizados com essa espécie de crime.

O destino de Adriana e o torneiro-mecânico
O que ninguém sabe, e desvendamos agora, é que a tal brasileira Adriana B. é a apresentadora Adryanna Barros, que na Rede TV! possui programa dominical homônimo voltado ao turismo.
Exigente passageira de vôos de primeira classe e provavelmente possuidora de poderes indecifráveis, ela encantou Klaus Volkert, hoje com 62 anos, casado e pai de uma filha, um torneiro-mecânico que através do sindicato dos metalúrgicos local chegou ao conselho de funcionários da Volkswagen alemã e ocupou, até há pouco, uma cadeira no conselho executivo da empresa, onde representava os seus colegas no modelo de decisões patrão-empregado tão elogiado da Alemanha. Seu engajamento chegou a lhe render um título de doutor Honoris Causa de uma faculdade da cidade de Braunschweig. A ascensão do sindicalista tem um fim doloroso e ainda sem defecho.
Klaus Volkert adiantou-se às consequências, renunciou ao cargo duas semanas atrás e enfrenta agora a empresa e a justiça pela nababesca vida dos últimos dez anos, onde pulverizou centenas de milhares de euros alheios em vez de defender os interesses de quem representava. Tudo isso por causa da Adriana B., aliás, Adryanna Barros.
A história de Adryanna não é diferente, a princípio, de muitas outras pelo mundo. Mas nos detalhes com certeza é única.
Adriana Maravalhas Barros, natural de Garça, interior paulista, primogênita de uma familia de cinco filhos, sofreu um duro golpe quando, no início dos anos 90, os negócios com café de seu pai deram para trás. A falência e perda de todos os bens causaram a prematura morte do genitor. Adriana, mimada garota, que ia a escola em carro com motorista, começou aos pouco mais de trinta anos de idade, hoje tem 44, a conhecer a vida pelo lado mais duro.
Ela já havia tentado a sorte como modelo na adolescência, sem sucesso. Formou-se em Educação Física pela Universidade de Marilia e, ainda gozando do fôlego financeiro do pai, abriu uma academia de ginástica em Garça, Oficina do Corpo, igualmente sem os esperados resultados. Vendo que fitness e aeróbica não eram seu futuro, ela resolveu investir estudando Jornalismo, também na Universidade de Marilia.
A morte inesperada do pai fez da filha mais velha a responsável pela familia. Os credores cuidaram de levar os bens restantes e Adriana foi morar de aluguel em um pequeno apartamento com mãe, irmãos e irmãs.
Teve uma rápida passagem por uma tevê local de Marilia, pertencente a um primo, onde apresentava um tipo de colunismo social televisivo caipira. Ela deixou de ser garota mas queria continuar sendo mimada. Foi demitida.
As circunstâncias da vida a fizeram procurar um emprego sério. Adriana candidatou-se à uma vaga de animadora no Club Med de Itaparica, na Bahia. Conseguiu a vaga. Sua sorte começaria então a mudar.

A Classe operária vai ao paraíso
A convivência com gente de todas as partes do mundo começou a exercer fascinação em Adriana. Os hóspedes masculinos mais velhos e bem de vida eram para ela ainda mais fascinantes. Diz-se que sua queda por senhores endinheirados também a fez ter um romance com o locutor esportivo Galvão Bueno. Mas o pão-durismo global parece ser diferente do da Volkswagen alemã.
Os executivos da empresa germânica também têm suas fascinações e foi nas areias brancas de Itaparica que Klaus Volkert descobriu o que é que a baiana tem. Mesmo sendo a baiana uma paulista. Qual gringo já nota a diferença?
As dificuldades financeiras persistiam, aluguéis em S. Paulo atrasados, a familia com dificuldades. O romance, contudo, evoluiu. Adriana, que já não precisava mais do trabalho no hotel, voltou para S. Paulo e Volkert, após alguns telefonemas da amante, injetou os primeiros 150 mil de dólares, por transferência bancária, para que ela comprasse uma bela chácara, a Itaroca, em Garça e resolvesse com isso de uma vez o problema de teto da prole.
A partir de então ninguém mais segurou a dupla de apaixonados. Adriana, deslumbrada com as primeiras, logo frequentes viagens, e incentivada por Volkert, resolveu embarcar definitivamente no jornalismo. Procurou o SBT Centro-Oeste Paulista de Jaú para contratar espaço para um programa próprio e a produtora de vídeo Ideon Video, de Baurú, para realizar a produção. Tema da transmissão: Turismo, viagens longínquas, paisagens deslumbrantes, eventos de gala, barcos e assuntos os mais diversos, relacionados a luxo e luxúria. Uma espécie de Daslu eletrônica.
O custo do programa de 30 minutos foi garantido por um contrato, feito por pressão superior, diga-se Volkert, com a agência de publicidade ALMAP BBDO que possui a conta da Volks no Brasil e pertence à empresa. Estes fatos, e mais alguns, ainda não chegaram à auditoria interna que corre na Alemanha. Adriana já passava mais da metade do ano fora do Brasil. Com a injeção monetária da Volks, as viagens e hotéis para ela e acompanhantes, motoristas exclusivos à disposição onde fosse, barateavam suficientemente os custos de produção do programa. O projeto foi artificialmente viabilizado. Adriana também passou a fazer parte do time editorial da revista Elite Magazine, da qual já foi até capa. O periódico bimensal é especializado também em luxo e personalidades. Uma Daslu impressa.

O mensalão da multinacional
O mensalão de Adriana era uma dor de cabeça para a agência publicitária brasileira, que se via obrigada a "lavar" uma quantia mensal, às custas do orçamento da Volks, assumindo com isso sérios riscos de enfrentar problemas posteriores, que ainda estarão por vir (de acordo com o trabalho da auditoria) patrocinando um programa, o Programa Adriana Barros, sem audiência, resultados ou expressão no público.
A rescisão contratual foi tentada algumas vezes pela agência. Adriana apelava ao amado e logo chegava a ela um fax da agência pedindo desculpas e cancelando a rescisão. Paixão opera milagres. Melhor ainda à custa dos outros.
Além disso, ou paralelamente, multiplicavam-se as viagens de Adriana ao encontro de Klaus. Adriana se sentia agora a autêntica estrela televisiva. A auditoria interna constatou que ela só viajava em vôos de primeira classe e os hotéis eram os mais requintados.
Nas vindas do executivo o casal hospedava-se em S. Paulo, no hotel Hilton. Cinco estrelas, claro. Isso até os dois decidirem procurar ambiente mais íntimo. A saída foi um apartamento de luxo na capital paulista, no Itaim. Diga-se de passagem, aos menos atenciosos, tudo isso até agora sempre na conta da Volkswagen. Por falar em conta, a de número 196507123 no Banco Sparkasse, agência de Gifhorn em Wolfsburg, Alemanha, era também engordada de três em três meses com exatos 20.008,00 euros. O dono da Conta? - Adriana Barros.
Em 2002, as coisas iam de vento e popa. Adriana consultou um numerólogo e adotou o nome de Adryanna Barros. Gente fina é outra coisa. As viagens cada vez mais intensificavam-se. A moça caipira realizava o sonho de conhecer o mundo e divertir-se, ganhando para tudo isso um bom dinheiro. Coisa das mil e uma noites.
Nem sempre Adryanna demonstrou perseverança. Um curso de inglês, com estadia paga na Inglaterra, foi abandonado por ela sem conclui-lo. Para mostrar serviço à agência publicitária, Adryanna chegou a gravar três videos semi-profissionais, sem nenhum valor promocional. Um deles, completamente amador, teve como tema a ida à Alemanha, para apresentações, de garotos carentes que estudavam percussão, pertencentes a um programa filantrópico da Volkswagen. Na bagagem humana um irmão de Adryanna e um câmera. Nas horas vagas de Adryanna, ou seja, de trabalho para Volkert, o câmera tomava conta do pedaço, segundo quem estava por perto na ocasião. Já que a Volks paga a conta...
Sobre o programa filantrópico da empresa paira uma séria dúvida que logo deverá ser esclarecida: O financiamento da filantropia é feito através da doação de uma hora de trabalho de todos os empregados da Volkswagen alemã. Muito dinheiro portanto.
A empresa suspeita que o dinhero na verdade é também destinado na maior parte para a "tropa" de Adryanna, que cresceu com os tempos e, com a criação de uma produtora própria, a Condessa Produções, passou a contar com a colaboração empregatícia de, entre parentes e amigos, oito a dez pessoas. Uma comissão da empresa deve investigar o assunto.
Automóveis Polo, motoristas de Smoking e atriz pornô checa
Em 2003 o programa completou finalmente 150 exibições pela SBT regional. Razão para comemorar com uma festa gigantesca na chácara. Mais uma vez a Volkswagen mostrou-se generosa. Para os convidados distantes a empresa cedeu uma frota de carros modelo Polo, com motoristas trajando Smoking. Um sucesso. Gente fina é outra coisa, mas às vezes tem uma inclinação para o brega.
Os anos fazem-se sentir. Adryanna já submeteu-se a várias cirurgias plásticas, implantações de silicone incluídas, e fontes próximas a ela afirmam que até isso foi a Volks que pagou. O rejuvenescimento acompanha a ascensão da apresentadora. Em 2004 o programa passa a ser transmitido em todo o estado de São Paulo pela SBT, sendo a transmissão para a grande São Paulo feita pela TVA.
Egito, Emirados Árabes, EUA, Itália, País Checo, Croácia e mais de quarenta outros países fazem a rota do par apaixonado. Nem sempre apenas Volkert, Adryanna e agregados viajavam. Helmuth Schuster, um até pouco celebrado executivo da empresa, com sua paixão, a atriz pornô checa Katerina Brozova, eram acompanhantes não raros. Katerina e Adryanna ficaram amigas. Juntas iam às compras também. Em Praga, por exemplo.
A auditoria na Volks descobriu que foram feitas despesas até mesmo com jóias. O prejuízo para a Volks chamou a atenção também do Ministério das Finanças alemão, que agora interessou-se pelas compras dos executivos, que de forma alguma poderiam ser abatidas do imposto de renda da empresa. Jóias e similares não fazem parte dos itens de despesas de companhias a serem abatidos das contas com o tesouro. Mais um problema para a Volks.
Demissões e uma empresa a ser saneada
A apuração do escândalo na Volkswagen está longe de ser concluída. A auditoria interna acaba de vasculhar os quatro últimos anos das contas da empresa. O objetivo é analisar tudo que aconteceu nos últimos dez anos. Foi a partir daí que os protagonistas iniciaram a perfomance que deixa a empresa hoje com a reputação no chão e as finanças no buraco. O mais proeminente dos executivos envolvidos, Peter Hartz, foi o último que caiu. Uma semana atrás renunciou ao cargo. Um dia antes de jornais publicarem suas aventuras com uma prostituta brasileira que vive em Lisboa, entre outros deslevos do executivo. Nada comparado aos quase dez anos de luxúria patrocinados por Klaus Volkert.
Ontem os jornais locais trouxeram manchetes denunciando que também políticos alemães estão envolvidos no escândalo. Deputados estaduais da Baixa-Saxônia participaram de bacanais com prostitutas no País Checo e na Espanha, sob o patrocínio também da companhia.
Até agora, além de Volkert, Schuster e Hartz, mais três executivos do primeiro escalão foram demitidos ou adiantaram-se à demissão. Outras demissões são esperadas. Perdidos de amores desleixaram o comando da empresa. Wolfgang Bernhard, convocado para comandar o processo de saneamento da empresa, afirmou em entrevista que a situação poderá custar a demissão de trinta mil pessoas e o possivel fechamento de filiais. Um sistema de empresas fantasmas pertencentes aos próprios executivos envolvidos, entre eles Schuster e Volkert, e com o objetivo de, através de contratos com a empresa, sugar polpudas somas, foi descoberto.
Wolfgang Meinig, chefe do Centro de Pesquisa da Economia Automobilística de Bamberg declarou que a solução para a Volkswagen será a venda da empresa para outro grupo. Para ele os prejuízos financeiros e de imagem da empresa são dificeis de serem superados. O valor de bolsa da VW não passa de 15 bilhões de euros. Uma pechincha.
O lado brasileiro do escândalo, a apresentadora Adryanna Barros, não tem comentado o assunto abertamente e não respondeu à tentativa da ABKnet de saber sua versão da história. Seu programa vai ao ar, em cadeia nacional, todos os domingos às 10h30 , agora pela Rede TV!. A auditoria ainda não pode confirmar se Adriana também será processada. Provavelmente não, afinal de contas ela não era funcionária da VW. Ela sequer dirige carros Volkswagen. Uma ingrata, essa Adriana B., aliás, Adryanna Barros. Gente fina é mesmo outra coisa.

http://www.abknet.de/adriana.htm

Comentários sobre as duas notícias anteriormente publicadas

Fiz questão de apor estas duas notícias (logo abaixo) porque ambas envolveram sexo e provocaram a renúncia ou a demissão de pessoas que integravam o alto escalão das respectivas instituições a que serviam.
Alguns na Argentina criticaram a “velocidade” da aceitação da renúncia do Bispo Juan Carlos Maccarone. Ocorre que não se tratava de uma acusação infundada pois há um vídeo para comprová-la - e o próprio Bispo admitiu a acusação.
Nestas circunstâncias, o que mais o Papa poderia fazer? Esperar alguns séculos para comprovar se era verdade ou não? Milagres são difícieis de serem comprovados, mas pecados não - principalmente com provas e a admissão de culpa por parte do acusado. Assim sendo, não restou outra alternativa ao Pontífice, senão aceitar incontinenti o pedido de renúncia do Prelado.
É claro que seus amigos tentam desqualificar as acusações: o jornal argentino “Clarín” a elas se refere como baseadas num vídeo que “supostamente” mostra uma relação íntima do bispo com um jovem de 23anos.
Mas se as imagens fossem de alguma forma falsas, forjadas o hoje ex-bispo não teria apresentado imediatamente sua carta de renúncia assim que autoridades eclesiásticas mencionaram a existência da fita.
O jornal “Clarín” também aventa a possibilidade de que a entrega do vídeo é uma espécie de "vingança política", e que ainda não há informações sobre quem teria entregue a fita.
Amigos do bispo alegam que o rapaz foi pago para provocar uma “situação de intimidade” com o religioso.
Mas será que seria possível mesmo enredar o Bispo, de 64 anos, numa insidiosa trama? Os membros da alta hierarquia da Igreja não costumam responder nem a cumprimentos, mensagens de boa sorte, sempre temerosos que seus remetentes sejam pessoas que estejam tentando desvirtuá-los, desencaminhá-los, construir uma falsa intimidade etc. Será que o Bispo Maccarone aceitaria tirar uma foto ao lado de um desconhecido? Menos: será que ele responderia laconicamente a um e-mail que lhe enviássemos desejando-lhe a proteção de Deus? Definitivamente - não! Se se resguardam da companhia da maioria das pessoas, se desconfiam das intenções daqueles que estão há centenas de milhares de quilômetros, pessoas que só por telepatia poderiam levá-los a sair de modo impróprio no filme (e na mídia), “entonces” como ele pode ser levado a essa “situação de intimidade” ao vivo e em cores?!
E ainda de acordo com o jornal “Clarín”, a relação do Bispo com o jovem já teria dois anos.
A verdade é que se ele não tivesse costume dessa prática teria sido muito difícil enredá-lo. Será que seria fácil conseguir filmá-lo cometendo um furto ou um roubo? Ou cometendo qualquer tipo de assassinato? Ou seqüestrando alguém?
Errar é humano, sim, mas certos erros são indesculpáveis, imperdoáveis, em razão mesmo de toda a inconfidência, de todo o desrespeito à confiança na pessoa depositada.
Os que seguiram a vida religiosa sempre afirmam que segue-se esse caminho em atendimento a um chamado divino. Infelizmente, a verdade é que este não é o caso da maioria. A grande maioria está ali porque de outra forma não teria emprego, moradia, comida, roupa lavada e passada, segurança e um respeitável status na vida social. O atual papa está ciente desse problema. Em discurso recente afirmou ele:

“Nas últimas semanas, tive as Visitas "ad Limina" dos Bispos do Sri Lanka e da parte Sul da África. Ali as vocações aumentam, aliás, são tão numerosas que não podem construir Seminários suficientes para acolher estes jovens que desejam ser sacerdotes. Naturalmente também esta alegria traz consigo uma certa amargura porque uma parte vem na esperança de uma promoção social. Fazendo-se sacerdotes tornam-se quase chefes da tribo, naturalmente são privilegiados, têm outra forma de vida, etc. Por conseguinte, erva daninha e grão caminham juntos neste bonito crescimento das vocações e os Bispos devem estar muito atentos no discernimento e não sentir-se simplesmente contentes por ter muitos sacerdotes futuros, mas ver quais são realmente as verdadeiras vocações, discernir entre erva daninha e grão bom.”

O grave problema é que não se pode esperar que uma “erva daninha” que foi escolhida no passado venha a dar bons frutos e escolher hoje o “grão bom” . Inúmeras escolhas erradas já foram feitas no passado, de forma que a Igreja se transformou quase que numa grande estufa de joio. E o “joio” reconhece como bom o “joio” que lhe é semelhante. Na verdade repete-se a tática do cuco, que põe os seus ovos no ninho alheio para serem chocados. E ao nascerem todos os filhotes, os do cuco, sendo maiores, expulsam os outros de seu próprio ninho. Estes, empurrados, caem e encontram a morte ou em virtude da queda, ou em virtude da fome e do frio. Enquanto isso, os filhotes impostores são sustentados e protegidos pela mãe que não é sua.
O erro do Bispo é indesculpável, imperdoável porquanto se é assim considerado quando o personagem é uma pessoa pobre, analfabeta, sem proteção, destituída de qualquer tipo de regalia e posição social, porque deveria ser visto com tolerância quando se trata de uma pessoa com preparo intelectual, que desfruta de muitos confortos e cuja posição social exige que todos o tratem não só com respeito - mas com reverência!
É público e notório que freiras e padres assumem o compromisso do celibato e da castidade. Eles poderiam não tê-lo feito, como a maioria das pessoas na sociedade, mas o fazem de livre e espontânea vontade. Por conseguinte, eles ingressam na vida religiosa dando o seu assentimento informado, ou seja, eles foram informados sobre o que importava os votos de celibato e castidade - e concordaram com a idéia, aceitando, portanto, o desafio, ou o achando perfeitamente aceitável.
Mas, depois de estar desfrutando do respeito da sociedade e de toda segurança que a Igreja lhes dá, padres e freiras começam a se abrasar, a se tornarem escravos de um desejo sexual incontrolável em suas celas nos mosteiros e conventos. De modo que olhando-se para as figuras da maioria esmagadora dos religiosos percebe-se claramente que mui distante estão da santidade - muito mais do que a maioria das pessoas comuns.
Essa distância havida entre o que os religiosos se propuseram e o comportamento que efetivamente adotam é que causa o arrefecimento da fé e o afastamento dos fiéis. Porque um devasso pode-se encontrar em muitos lugares, nem é preciso procurar; mas nas Igrejas muitos esperavam encontrar pelo menos UM santo. Porque se o problema dos que estão sendo protegidos e sustentados pela Igreja é satisfazer seus desejos sexuais, todo o resto da sociedade convive com inúmeros outros problemas que só podem ser resolvidos por milagre. E como milagres são tradicionalmente realizados por santos é a estes que procuram quando recorrem à Igreja.
Sinceramente, não creio que essa concupiscência exacerbada de padres e freiras se resolva com o fim do celibato. Pois, por exemplo, no caso do Bispo Maccarone, teria de ser admitida ou tolerada a sodomia - que é proibida na Bíblia. E se a Igreja contraria o Livro Sagrado ela decreta a sua própria extinção.
Uma vez que a devassidão é encontrada em tantos outros lugares, por que os que dela necessitam tão avidamente não vão ao seu encontro nesses tantos outros lugares e se afastam - obsequiosamente - da Igreja?
O grave problema dos religiosos que não se mantêm castos é que não capazes de respeitar um compromisso assumido. Assim como violam os votos de celibato e castidade, também violariam os votos de fidelidade se lhes fosse permitido casar: o caso de Klaus Volkert (o representante dos trabalhadores no Conselho Executivo da Volkswagen), que, como tantas outras pessoas, não se sentiu impedido de ter um relacionamento extra-conjugal, ilustra bem isso. O seu caso torna-se mais dramático e ganha as manchetes porque além de não ser fiel à mulher, ele também não foi fiel à empresa, e tratou com total desapreço a confiança que seus colegas nele depositavam.
O remédio para os escravos do sexo não será o fim do celibato obrigatório clerical. O que ajudaria bastante é que fosse ensinado a todos, indistintamente, o respeito aos compromissos assumidos, e só assumir o que efetivamente possa cumprir. E que, no caso da Igreja, a seleção dos candidatos a padres e freiras não ficasse a cargo do “joio” - mas sim do “trigo”. Porque se o número de santos já é reduzidíssimo - acabamos por encontrá-los muito mais fora da Igreja do que dentro dela. E se a Igreja é mesmo de Cristo não pode sustentar e proteger a hipocrisia - que foi tão fortemente combatida por Jesus.

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Nos dias atuais vemos situações, no mínimo, estranhas... Quem faria uma doação a qualquer um de nós de R$ 200.000,00? Nem de R$ 0,02, não é mesmo? Mas ficamos sabendo durante certas inquirições nas CPMIs que a filha de um ex-político conseguiu encontrar uma pessoa “generosa” que assim lhe beneficiou, para que ela pudesse construir sua vida depois de seu malogrado caso com o marido de outrem... E aqui vemos como algumas pessoas tem de ser salvas, e com urgência, de situações que afetam a uma esmagadora maioria! Há ainda quem consiga empréstimos de dezenas de milhões de reais sem necessitar apresentar qualquer garantia de que poderá pagá-los! E eu aqui duvidando que pudesse haver tanta bondade no mundo!... Poderíamos dizer: a sorte aquinhoa a quem lhe apraz! Mas sabemos que não é bem assim. Ou melhor: não é nada assim. Essa “sorte” tem muita história e “estórias” que lhe deram origem, nada tem de verdadeira generosidade.
Também no caso da Volkswagen, vejam como o dinheiro aparece e se multiplica para subsidiar certas situações e determinadas pessoas!
Errar é humano, argumentarão muitos. Sim, claro que é - mas acertar também é humano. Creio que os empresários deviam dar muito mais atenção aos seus empregos, às suas empresas, pois eles só conquistam as suas amantes porque são funcionários dessas empresas. Ao levar as suas empresas à falência eles estão matando a suas “galinhas dos ovos de ouro”. Sem empresa, na pobreza quem se sentirá “irresistivelmente atraído(a), perdidamente apaixonado(a)” por eles? A falta de dinheiro costuma sempre arrefecer essas “paixões” que pareciam tão “avassaladoras”.
E enquanto alguns têm tanta disponibilidade para subsidiar a concupiscência, a luxúria, a incompetência, a tola vaidade de umas poucas pessoas, a miséria se alastra em progressão geométrica, atingindo bilhões de pessoas em todo mundo. Quantas pessoas honestas chegam a morrer na mais profunda miséria porque ninguém lhe estende a mão e todos lhe voltam as costas? O honesto é, assim, punido por sua honestidade: insiste em ser honesto? Então que morra com sua virtude!
É bem verdade que muitos - muitos - escolhem o caminho da devassidão, da intemperança, da indignidade pensando que assim assegurarão para si todos os prazeres e bens da vida, mas terminam igualmente esquecidos e na total miséria. Portanto, optar pelo caminho do mal também não é certeza de segurança e abundância de bens e favores, pois aqui a porta do sucesso é igualmente estreita e não encontrada pela quase totalidade dos que a buscam.

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Voltando às denúncias - e às renúncias; aos escândalos e à demissões forçadas; aos atos perdulários e aos vultosos prejuízos - qual a origem de todo esse verdadeiro oceano de lama?
Primeiramente, cumpre observar como as instituições têm escolhido “bem” os seus quadros! Será que essas pessoas de um momento para o outro se transformaram? Será que em questão de minutos - talvez segundos - houve uma transmutação do vinho (ou do champagne, como queiram) em água, uma transubstancialização do trigo em joio?
É claro que não: essas pessoas sempre foram o que agora todos sabem que elas são. Mas porque os “experts” em psicologia, em psicotécnica não identificaram esses desvios de conduta incompatíveis com a função para a qual cada um foi designado?
O problema é que hodiernamente até os que não professam nenhuma religião, nela encontram subsídios para fundamentar seus erros. Por exemplo, hoje há uma proposital distorção do ensinamento de Jesus, quando afirmou: “eu não vim chamar justos, mas pecadores” .
Mais uma vez seria de bom alvitre ler TODA a passagem bíblica:

“Deu-lhe então Levi um lauto banquete em sua casa; havia ali grande número de publicanos e outros que estavam com eles à mesa.
Murmuravam, pois, os fariseus e seus escribas contra os discípulos, perguntando: Por que comeis e bebeis com publicanos e pecadores?
Respondeu-lhes Jesus: Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos;
eu não vim chamar justos, mas pecadores, ao arrependimento.” (Lucas, 5,29-32)
“... eu não vim chamar justos, mas pecadores, ao arrependimento”

Ou seja, Jesus era o médico que vinha para curar os doentes - porquanto se estivesse ali para curar os “sãos” seria tão-somente mais um charlatão dentre milhares de outros. Jesus veio chamar os pecadores “ao arrependimento”, pois se quisesse que os justos se arrependessem seria mais um entre os milhares de videntes que não vêem senão impurezas nos verdadeiramente santos, determinando-lhes infindáveis penitências e mortificações, enquanto os despudorados são indicados e nomeados para ocuparem os altares. E enquanto não vêem senão fraude, falsidade, dissimulação nos honestos, acabam por nomear ladrões para cuidar das tesourarias das organizações; incompetentes, desqualificados para ocupar cargos de chefia etc.
Destarte, ao distorcer aquele ensinamento de Jesus, tem-se se escolhido a dedo, isto é, com cuidado, calculadamente todos os que vão causar a destruição das empresas e das instituições. Sim, ninguém está ali para chamar os justos, mas sim os pecadores. E vamos recolhê-los onde? Dentre os dependentes irreversíveis de drogas e sexo ; dentre traficantes e “empresários de prostíbulos”; dentre ladrões e assassinos etc. - todas pessoas que já demonstraram saber “trabalhar em grupo”. E assim não se compõe um grupo de trabalho, mas um grupo mafioso! E, depois, quando explodem os escândalos, quando descobertas são as malversações e até assasssinatos todos ficam supresos e sem saber - como, onde, quando tudo começou?!!!
O que acontece é que, ao contrário do ensinamento de Jesus, os “pecadores” aqui não são chamados ao arrependimento: os pecadores são chamados precisamente porque são pecadores, transgressores das leis (“Todo aquele que pratica o pecado, também transgride a lei; porque o pecado é a transgressão da lei.” 1 João. 3-4) - e ninguém tem qualquer interesse em que eles se regenerem; ninguém quer que se tornem íntegros, mas que se entreguem cada vez mais à toda sorte de desregramentos, porque é desses desregramentos que a sociedade globalizada pretende de modo contínuo sobreviver. Pois o que se quer, precípuamente, é perpetuar o mal, construir uma sociedade vitoriosa com fundamentos no Mal, onde o Bem - a virtude, a probidade, a honra - estejam banidos em definitivo.
Isso ciclicamente tem sido tentado. No século passado, os homens inferiores começaram a sua mais recente tentativa para implantar o Mal, desta vez de forma globalizada. No início, trabalharam de modo sorrateiro, e foram se infiltrando em todas as organizações. Depois, através de intrigas e calúnias, dedicaram-se a destruir e impedir que o Bem chegasse à liderança.
Todo líder que estivesse verdadeiramente voltado para o Bem foi sendo identificado e de uma forma ou de outra neutralizado ou eliminado. Se já tivesse seguidores, a estes o mesmo destino seria reservado. O Bem fica, assim, anulado. Agiganta-se o poder dos homens inferiores. E é precisamente aí que sempre o Mal conhece a sua derrota. Porque quando todo o poder fica concentrado nas mãos dos maus, estes não podem mais culpar os bons por todo o erro que haja na sociedade - pois nada mais está sob o controle dos virtuosos. Conseqüentemente, se todo poder está nas mãos dos maus e nada funciona, se por toda parte só se vê injustiça, aflição, desventura, dor, sofrimento, tortura, deslealdade, falsidade, injustiça, infelicidade - e o que todo homem quer, ao final, é ser feliz - o Mal é, enfim, desmascarado - por suas próprias obras. A maldade dos homens inferiores volta-se, então, contra eles mesmos. O Mal mostra-se nefasto não apenas para o Bem, mas termina por causar a destruição de si mesmo. (Pode para muitos não parecer, mas essa destruição já está em andamento.)
Pois se o mal vive somente da negação, como pode subsistir em si mesmo? Vejam que há uma enorme contradição em, perseguindo o mal, querer ser bem-sucedido, através do mal querer atingir o bem-estar.
O Bem só se conquista através do Bem, assim como só o Mal nos advirá se optamos pelo Mal.
Parece óbvio, não é mesmo? Porém, há milênios o homem vem tentando de diversas formas conquistar todas as conseqüências do Bem através do Mal. Mas se o mal é a negação do bem como queremos conquistar as conseqüências deste através daquele? Na atual tentativa, o homem já gastou trilhões (vamos atualizar) de euros; e até agora quais foram os resultados? O mundo está mais seguro? A humanidade está mais feliz? Pelo menos os privilegiados estão mais seguros e mais felizes? Mesmo sendo obrigados a viver atrás das grades dos condomínios se sentem livres? Se estão mais felizes, por que o consumo de drogas é crescente?
Mas todos que apostaram no Mal esperam que tudo venha a acabar bem. O será que esperam que acabe mal? Não, não, esperam que acabe ...
Pelo menos os que apostam no Bem são bem mais coerentes!

Saturday, August 20, 2005

Ainda algumas observações sobre a inveja...

Que ninguém perca tempo invejando a quem quer que seja. Eu sei que a história da humanidade registra que é muito mais fácil reconhecer o valor do outro quando ele não é nosso contemporâneo, quando ele não é nosso concidadão e - principalmente - quando ele não é nosso parente. Infelizmente, para o homem comum, é dificílimo reconhecer o valor de alguém que vive sob condições muito semelhantes as que ele mesmo está submetido. O progresso do outro chama a atenção para as suas próprias deficiências, para a sua própria negligência. Para a maioria das pessoas “suportar” o sucesso de seu semelhante torna-se tão difícil quanto reconhecer que jamais se sacrificaria horas de lazer e descanso, trocando-os por estudo e trabalho. Assim, quando o outro obtém bons resultados, tenta-se encobrir, tenta-se impedir o seu reconhecimento através de intrigas, calúnias e atos de violência.
Porém, jamais desperdicem um tempo - que é sempre precioso e único - invejando os resultados, ou o sucesso de quem quer que seja. Conscientizem-se que muito tempo já foi perdido por causa da desídia, da preguiça: não continuem a desperdiçá-lo tentando transformar num inferno a vida do invejado. Estudem, trabalhem: permitam-se ter bons resultados e ser sucesso também!

Livres reflexões

JOGUE FORA TODOS OS NÚMEROS NÃO ESSENCIAIS PARA SUA SOBREVIVÊNCIA.
ISSO INCLUI IDADE, PESO E ALTURA.
Mas eu ainda diria que seria bom estar atento ao equilíbrio do peso, não por questões de vaidade, mas porque tanto a obesidade quanto a anorexia nos limitam no dia-a-dia e podem impedir-nos de desfrutar de momentos felizes. Podem mesmo nos levar ainda mais cedo para lugares dos quais queremos distância...

DEIXE O MÉDICO SE PREOCUPAR COM ELES, PARA ISSO ELE É PAGO.
Mas antes de entregar a sua saúde para um médico, fique atento para saber se há empatia e sintonia entre você e o médico, se há interesse do profissional de saúde em ajudá-lo, em buscar a sua cura ou, pelo menos, de minorar seu sofrimento. Também, infelizmente, não tenha plena confiança nos remédios receitados: administrados estes, procure observar quais os sintomas que lhe advirão e, dependendo da melhora ou piora de seu estado, veja se vale a pena persistir com o médico...

FREQÜENTE, DE PREFERÊNCIA, A SEUS AMIGOS ALEGRES. OS DE "BAIXO ASTRAL" PUXAM VOCÊ PARA BAIXO.
Seria mais interessante fortalecer-se contra o "baixo astral", transformando-se, você mesmo, num antídoto contra astrais rasteiros, o que o possibilitará resgatar amigos queridos de uma situação depressiva.

CONTINUE APRENDENDO...
APRENDA MAIS SOBRE COMPUTADOR, ARTESANATO, JARDINAGEM, QUALQUER COISA. NÃO DEIXE SEU CÉREBRO DESOCUPADO. UMA MENTE SEM USO É A OFICINA DO DIABO E O NOME DO DIABO É ALZHEIMER.
Sim, lance a si mesmo desafios, e dê sempre o melhor de si - não para superar quem quer que seja - mas a si mesmo. A cada degrau de superação transposto, mais confiante você ficará. E esta é uma sensação que todos nós devemos nos proporcionar: confiar em si mesmo - com equilíbrio, sempre seguindo o caminho do meio.

CURTA COISA SIMPLES RIA SEMPRE, MUITO E ALTO, RIA ATÉ PERDER O FÔLEGO.
O bom mesmo será manter sempre o sorriso - não só em seu rosto, mas em sua mente e, principalmente, em seu espírito! A gargalhada quase nunca é expressão de felicidade, de contentamento. Se assim fosse as espécies mais felizes seriam as hienas. Muitas vezes rimos - gargalhamos mesmo - por sarcasmo, por nervosismo, por ignorância. Mas, de tanto rir também se morre (daí o adágio, “morreu de tanto rir”) - antes da hora. O sorriso tranqüilo, sereno denota sabedoria, denota consciência e aceitação de seus próprios limites. E mais uma vez, o caminho a ser buscado e trilhado é o do meio

LÁGRIMAS ACONTECEM, AGÜENTE, SOFRA E SIGA EM FRENTE.
Mas procure sempre aprender a lição. Não guarde rancor, ódio, mas aprenda a lição - para não dar uma de Agente 86, que cai sempre no mesmo golpe, para não "ficar na segunda época e ter de repetir a ‘disciplina’ ". Uma lição aprendida nos livra da repetição de sofrimentos.

A ÚNICA PESSOA QUE ACOMPANHA VOCÊ A VIDA TODA É VOCÊ MESMO, ESTEJA VIVO, ENQUANTO VOCÊ VIVER!
Infelizmente, creio que muitos de nós abandona até a si mesmo. Por isso Jesus mandou: "Amai-vos uns aos outros, como EU vos amei" , pois a maioria dos homens não ama a si próprio - quanto mais ao seu semelhante. Creio firmemente de que a única pessoa que nos acompanha a vida toda é Deus - pois, em muitas circunstâncias, estamos inconscientes, seja no sentido literal ou figurado. E vivos estaremos enquanto com Ele estivermos!

ESTEJA SEMPRE RODEADO DAQUILO QUE VOCÊ GOSTA: FAMÍLIA, ANIMAIS,
LEMBRANÇAS,
MÚSICA, PLANTAS, UM HOBBY, O QUE FOR. SEU LAR É O SEU REFÚGIO.
Sim, procure estar rodeado daquilo que você gosta - mas não se esqueça de amar aquilo que é seu. Ame profundamente sua família, seus animais; suas músicas, seus livros, seu computador (até quando você NÃO encontra mais nele os seus preciosos arquivos... Sim, NÃO jogue seu computador pela janela, por isso! E muito menos se jogue pela janela...); faça os seus trabalhos com amor, procure se esmerar em cada um deles e aprender o máximo neles e com eles. Assim, um trabalho que parecia enfadonho pode se transformar no seu hobby. Ame o seu lar e transforme-o (se ainda não for) no “seu” doce lar. E lembre-se: se você não tem motivos para voltar para casa, certamente você não tem motivos para estar consigo mesmo. E isso significa alerta vermelho...

APROVEITE SUA SAÚDE, SE FOR BOA, PRESERVE-A; SE ESTÁ INSTÁVEL, MELHORE-A; SE ESTÁ ABAIXO DESSE NÍVEL, PEÇA AJUDA.
Sim, se sua saúde for boa, saiba que você foi premiado com a sorte grande, a maior que se pode ter. Porque nada é mais importante do que ter uma boa saúde.
Se instável ou abaixo desse nível, peça ajuda; mas, principalmente, seja VOCÊ MESMO a sua ajuda, pois só você mesmo pode estar interessado no seu bem-estar. Lamentavelmente, há algumas décadas que a maioria dos profissionais de saúde estão muito mais interessados na sua doença - para como ela se enriquecerem - do que com a sua saúde. Deste modo, procure viver responsavelmente, de maneira a preservar ou conquistar uma boa saúde.

NÃO FAÇA VIAGENS DE REMORSO, VIAJE PARA O SHOPPING, PARA CIDADE VIZINHA, PARA UM PAÍS ESTRANGEIRO, MAS NÃO FAÇA VIAGENS AO PASSADO.
Ou melhor: faça do seu tempo presente um PRESENTE - para você mesmo e para os seus semelhantes. Assim, o passado não se tornará “terra proibida”, mas fonte de boas lembranças que o acalmarão, que o fortalecerão nos momentos difíceis que todos temos. Não crie motivos para remorsos, ou seja, não contrarie os ditames de sua consciência, não haja com egoísmo, mesquinharia, ódio, vingança, inveja. Seja bom, pois é muito mais fácil viver assim.

DIGA A QUEM VOCÊ AMA, QUE VOCÊ REALMENTE OS AMA, EM TODAS AS OPORTUNIDADES.
Sim, nunca deixe para depois, para uma outra oportunidade, para amanhã: diga HOJE que você ama, estima, admira, A-DO-RA aquela determinada pessoa, porque, de repente, o “depois” pode nunca mais ter a oportunidade de existir. Lembre-se: o mais difícil foi você encontrar uma pessoa tão especial: se a encontrou, trate-a muito bem, com todo respeito e amor. Desfrute desse presente que Deus lhe concedeu por um determinado tempo. Sim, tudo é passageiro, portanto, deixe o orgulho (ou a timidez) de lado e declare o seu amor - seja para a sua mãe, para o seu filho, para o seu amigo, para o seu amor. Declare o seu amor e deixe que a sua felicidade aumente em progressão geométrica. Não tenha medo do tamanho da felicidade: declare o seu amor e acostume-se a ser feliz! Dê a si mesmo essa oportunidade - dê a si mesmo esse presente - dê a si mesmo esse futuro!


E LEMBRE-SE SEMPRE QUE:
"A VIDA NÃO É MEDIDA PELO NÚMERO DE VEZES QUE VOCÊ RESPIROU, MAS PELOS
MOMENTOS EM QUE VOCÊ PERDEU O FÔLEGO:
DE TANTO RIR...
DE SURPRESA...
DE ÊXTASE...
DE FELICIDADE..."

(PABLO PICASSO)

Ainda me parece melhor o caminho do meio: não perca o fôlego. Inspire, calma e profundamente; depois expire, bem devagar. Não perca o fôlego, pois a felicidade não está nas emoções exacerbadas. O paraíso interior é encontrado na tranqüilidade. Se você perder o fôlego não sentirá o perfume das flores, o seu cérebro ficará afetado e você não verá os pássaros que voam, o carinho da brisa... Não perca o fôlego, pois é a boa respiração, ritmada que nos confere uma vida saudável. Não perca o fôlego, pois foi Deus tendo soprado em nossas narinas o “fôlego de vida” que passamos a ser almas viventes. A vida - a verdadeira vida - está no fôlego - e o fôlego vem de Deus.

Friday, July 15, 2005

Nada como uma idéia cuja hora tenha chegado.

Uma idéia, mesmo que excelente, se ainda não tem a sua hora chegada, tem como destino a incompreensão, o fracasso, o esquecimento. Quantas idéias extraordinárias foram fortemente rechaçadas quando de sua apresentação, seus idealizadores recriminados, execrados e até mesmo condenados à morte? Hoje, por exemplo, muitos quase não podem viver sem o que o mundo da informática tem a oferecer. Mas esse mundo teria lugar em outra época? Não, até porque nem havia conhecimento específico para desenvolvê-lo.
Devemos ter em mente que muitas idéias se adotadas mais precocemente poderiam ter sido muito mais deletérias do que úteis à humanidade. Às vezes parece mesmo que muitos conhecimentos foram adquiridos e postos em prática pelo homem antes do seu devido tempo, antes que o homem pudesse discernir quando, onde, como poderiam ser usados. Mas essa é apenas uma forma de aprendermos, de constatarmos a mesma lição: a de que as idéias, os conhecimentos têm de ser adotados em seu devido tempo.
Tudo tem a sua hora e o seu lugar. E o progresso tem de ser sempre lento e gradual. Não se deve - nem adianta - ter pressa ou tentar queimar etapas. Como tudo na natureza - o desenvolvimento de uma árvore na montanha, a formação de um homem sábio - a desenvolução de uma idéia tem de ser lenta e gradual. É uma das Leis Universais que sempre esmaga quem a quer ignorar ou crê poder ab-rogá-la.
Mas, uma vez completo o ciclo de maturação de uma idéia, nada pode impedir a sua aceitação. Ela é entronizada nas mentes, ela toma o mando e o domínio das ações. Nada nem ninguém a pode encobrir ou impedir que tenha efeito, que seja aplicada. Mesmo que toda uma população não tenha se preparado para admiti-la, acolhê-la, adotá-la, a idéia cuja hora tenha chegado não será por essas pessoas vencida: ela prevalecerá e todos quantos a ela se opuserem serão derrotados.
Porque não se pode impedir o progresso. Deus nos fez destinados a um avanço lento e gradual - mas constante. E assim como não se pode impedir o transcorrer do tempo, igualmente não se pode enganá-lo. Chegado o tempo devido de uma idéia, se nos aferramos a outra que lhe é oposta, de nada adiantará tentarmos apresentar esta última como moderna, vanguardista, vencedora. Esta idéia, falsamente moderna, que em verdade busca conservar velhos, permissivos e nocivos costumes será reconhecida como exatamente é: uma idéia superada, que não traz quaisquer benefícios e que tem de ser extirpada da memória de todos.
Da mesma forma é pura ilusão crer que uma mentira repetida inúmeras vezes se torna verdade. A mentira não se impõe pela repetição, e a verdade não se desvanece ao ser ignorada, ou omitida. Assim como para a adoção e o sucesso de uma idéia é necessário que ela tenha sido invocada, apresentada no tempo em que possa ser entendida, aceita e colocada em prática; também é necessário que um determinado argumento possa ser comprovado. Se é mentiroso não adiantará ser tão-somente repetido centenas de milhares de vezes: ele precisará ser confirmado, evidenciado, demonstrado. Porém, quanto a mentira a única coisa que se pode comprovar é de que se trata de uma ilusão, de um engano, de uma impostura, de uma fraude, de uma falsidade.
No mundo hoje há diversos exemplos de idéias cuja hora própria se avizinha ou já chegou.
Quando comecei a escrever esta mensagem eu estava animada com as notícias de que os americanos continuam pessimistas quanto ao resultado da chamada “guerra ao terrorismo”.
Pois, até há poucos meses, a maioria da população americana acreditava que a invasão ao Iraque era uma ação necessária, imprescindível, inteiramente justificável, politicamente correta. Entretanto, uma pesquisa divulgada em 03/05/2005, mostrara que 57% dos americanos estavam descontentes com a guerra e achavam que o conflito não valera a pena. Mais recentemente, no final de junho, a imprensa americana chamou de “cantilena” os argumentos do presidente George Walker Bush de que “conseguir um Iraque estável e democrático justifica o sacrifício americano”. Na edição do dia 29/06, o “The New York Times”afirmou: “Não esperávamos que Bush se desculpasse pela manipulação da informação que ajudou a nos levar à guerra, ou pelos erros catastróficos cometidos por sua equipe no desenvolvimento da operação militar, mas esperávamos que resistisse à tentação de levantar a ensangüentada bandeira do 11/9 outra vez para justificar uma guerra em um país que não tinha absolutamente nada a ver com os ataques terroristas”.

“... uma guerra em um país que não tinha
absolutamente nada a ver com os
ataques terroristas.”

Quando, entre os anos 2002 e início de 2005, sustentávamos em fóruns na Internet que essa ação não tinha nenhum amparo legal, nem se fundamentava em valores como o da justiça, o da moral, o da ética; quando afirmávamos que essa invasão tinha sido determinada por interesses escusos, e que vinha sendo arquitetada muitos anos antes dos atentados do dia 11/09/2001, esses eram argumentos que para alguns pareciam despautérios.
Mas mentira alguma prevalece sobre a força do tempo e muito menos sobre a verdade. Hoje, para um número cada vez maior de pessoas, vai ficando bastante claro que essa invasão foi resultado de intrigas, foi possível graças a autoridades que se congregaram para o Mal, para implementar suas vinganças contra pessoas das quais tinham e continuam a ter profunda inveja. E a inveja o que é? É cobiçar, desejar viva, intensamente, o que é de outrem. Planejaram uma guerra para invadir um país e se assenhorar de tudo quanto nele exista. E o que não conseguirem transferir para os seus países é destruído.
Os anos passam e nada se vê construído. Ao revés, só se vê uma crescente destruição: destruiu-se a soberania de um país; destruiu-se a dignidade de um povo - em troca de quê? Onde a liberdade prometida? Um país é “livre” sob o domínio de outro? Os nacionais de um país ocupado por forças estrangeiras são livres, podem se sentir livres? É livre quem pode ser preso, a qualquer hora do dia ou da noite, por forças militares estrangeiras - forças essas que não foram pela população escolhidas em pleito popular? Isso é democracia? Que liberdade as forças estrangeiras foram levar ao país invadido se as prisões, após a invasão, ficaram superlotadas de pessoas sobre as quais não existe nenhuma acusação formal? Que dignidade existe para os nacionais de um país dominado que, ao serem presos por seus invasores, ficam submetidos a todo tipo de torturas e humilhações - e sem terem reconhecido o seu direito ao devido processo legal? Aquele enorme caos que se vê - e o que não se vê - instaurado em todo o país, é democracia?
Saddam Hussein é responsabilizado por tudo que aconteceu sob o seu regime. Desde o início da invasão do Iraque centenas de milhares de pessoas foram trucidadas: quem é o responsável? Osama Bin Laden? Abu Mussab Al Zarqawi? É sob o domínio desses senhores (um saudita e o outro jordaniano) que a nação iraquiana está? Se está - porque os EUA não os removem do poder como fizeram com o presidente eleito do Iraque? A propósito: os EUA alguma vez quiseram - efetivamente - prender Osama Bin Laden? Al Zarqawi realmente existe?
É consternador que em pleno século XXI tenha-se permitido que a lei do velho oeste americano fosse implantada num país do Oriente Médio. “Procura-se: vivo ou morto”; estipulação de recompensa para quem delatar, prender ou matar um “procurado”; “atire primeiro, pergunte depois”; “o gatilho mais rápido”... É vergonhoso que a humanidade, hoje globalizada, tenha adentrado o séc. XXI permitindo-se assistir a tantos desmandos, a tantos desrespeitos às leis

“Decretar ordem por violência
é criar desordem.
Querer consolidar o mundo
à força é destruí-lo.”
(Lao-Tsé)

Um pensamento, quando fundado na verdade, não envelhece e é válido em qualquer época. A ignorância sempre faz com que se interprete a verdade como algo relativo e o pensamento nela baseado como uma opinião pessoal. Por isso, hoje, pode parecer impressionante que se confirme um pensamento, de tantos séculos atrás, numa era tecnológica, muito diferente da vivida pelo sábio chinês. Mas a verdade é que toda violência é sinal de fraqueza, e não existe bom gerenciamento sem benevolência.
Na sabedoria oriental a mais alta das vitórias é o perdão. O desejo de vingança fez com que bilhões de dólares fossem gastos para destruir vidas e países; para gerar ódios incontroláveis. Porém, com maciços bombardeios criou-se uma nova ordem? Criou-se alguma ordem - qualquer ordem? O mundo realmente está melhor, mais seguro? Esses bilhões de dólares não teriam sido muito melhor investidos se usados, pelo menos, para a reconstrução das duas torres do World Trade Center? Esses bilhões de dólares não teriam tido muitíssimo melhor destino se empregados para salvar vidas no Afeganistão ou no Iraque? Ou na África, ou na América Latina, só para citar alguns exemplos? Não teriam sido muitíssimo mais proveitosos se empregados em medidas efetivas para um meio ambiente mais saudável, mais limpo?
Segundo a filosofia oriental, só quando o homem desviar a sua mente do ódio e da inveja; só quando fechar os seus olhos para as ambições e tapar os seus ouvidos às maldades; e, além disso, só quando passar a cultivar o amor, a bondade e a benevolência, aí o coração do homem estará completo. E completo o seu coração ele se tornará um - iluminador do mundo.

* * *

O que tem sido impressionante hoje em dia é a velocidade dos fatos. Enquanto eu não conseguia dar por terminada esta minha mensagem, ocorreram os atentados em Londres.
E o impressionante é que, naquela mesma quinta-feira, havia sido divulgada pelo Instituto Gallup uma pesquisa mostrando que os americanos continuavam pessimistas quanto ao resultado da “guerra ao terrorismo”. Apenas 36% dos entrevistados achavam que os Estados Unidos estavam ganhando a guerra. Para 20% os terroristas é que estariam mais perto da vitória. Segundo analistas, esse índice revelava um pessimismo tão elevado quanto o registrado após os atentados em Balí, que deixaram mais de 200 mortos em outubro de 2002. Naquela oportunidade, 21% dos americanos achavam que os terroristas estavam vencendo a guerra.
Portanto, estávamos vivendo um momento em que a guerra contra o terrorismo estava perdendo entusiastas...

* * *

Todo e qualquer atentado terrorista - independente da procedência - é, como classificou o Santo Padre, Papa Bento XVI, no dia dos atentados - "desumano e anticristão".
O problema é que o terrorismo mais eficaz, poderoso e constante tem sido o de Estado - praticado principalmente por nações que se declaram defensoras da democracia. A gravidade desse problema se torna extrema quando quem tem renovado diariamente esse horror não são pequenos ou médios grupos, mas grandes nações, cujos os líderes consideram ataques preventivos como a melhor estratégia de defesa, a violência como a solução para todos os males.
Logo após os atentados em Londres, o sr. George Walker Bush afirmou que os EUA não se inclinarão “diante dos terroristas. Iremos encontrá-los, os levaremos à Justiça e, ao mesmo tempo, difundiremos uma ideologia de esperança e compaixão, que tornará insignificante sua ideologia do ódio”. Como essa é a sua posição desde o dia 11/09/2001, devemos perguntar: desde aquela data até hoje, a administração Bush efetivou alguma dessas tarefas? A propósito: o que a administração Bush entende por “esperança e compaixão”? E por “justiça”? Essa chamada doutrina Bush levou aos povos do Afeganstão e do Iraque esperança, compaixão e justiça?
George Bush continuou, afirmando: “O contraste entre o que estamos vendo nas telas da TV e o que está acontecendo aqui é incrivelmente significativo (...) Por um lado temos pessoas que trabalham para eliminar a pobreza e doenças como a aids, para ter um meio ambiente limpo, e por outro temos pessoas que matam pessoas inocentes.”
Porém, quando a administração Bush esteve a favor e trabalhou ativamente para um meio ambiente mais limpo, mais saudável? Quando esteve envolvida com a eliminação da pobreza - mesmo dentro do território estadunidense?
Muitos de nós que ainda estamos em uma situação econômica diferente da encontrada nas regiões mais miseráveis do planeta podemos esperar pelos efeitos da decisão do G-8 em dobrar a ajuda à Africa, por exemplo. Mas, e aquelas pessoas que não tiveram o que comer ontem, foram dormir famintos hoje e não têm a mínima expectativa de encontrar algum alimento amanhã: poderão esperar que essa ajuda se consubstancie em alimentos para eles até 2010? Quantas vezes já não testemunhamos tais promessas de ajuda se desvanecerem no tempo e no espaço, sem que os seus destinatários nem ao menos soubessem que um dia os ricos tinham assumido um solene compromisso de mitigar-lhes o sofrimento? O exemplo mais recente disso encontramos entre as vítimas da tsunami: muitos prometeram muito, toneladas em ajuda foram arrecadadas em todo o mundo, mas a maioria dos sobreviventes daquela terrível tragédia, principalmente os mais necessitados ainda não receberam a ajuda devida, necessária...
Bush declarou ainda: “O contraste não poderia ser mais claro entre as intenções dos que se preocupam pelos direitos humanos e a liberdade, e os que matam, que abrigam tanto mal em seu coração, que ceifam as vidas de pessoas inocentes”.
Pessoas inocentes e direitos humanos. Claro que os cidadãos londrinos, vítimas dos atentados eram inocentes e lamentamos profundamente o seu sofrimento e o de seus familiares. Mas, o que dizer daquelas centenas de milhares de pessoas que foram trucidadas no Afeganistão e no Iraque, sob os maciços bombardeios das forças militares comandadas pelos EUA? Todas aquelas centenas de milhares de pessoas que foram assassinadas brutalmente, e todos os seus parentes e amigos, que acumularam perdas pessoais e morais, além da perda de bens materiais, eram e são culpadas no parecer do sr. George Walker Bush? Eram, todas elas, merecedoras de serem assassinadas através de mísseis e armas que, poderosíssimas, deixam corpos em pedaços, destroçados? Lembremo-nos das fotos publicadas na Internet , e que puderam ser vistas em várias outras mídias, das crianças mutiladas, mortas em decorrência dos bombardeios estadunidenses no Iraque: não eram elas também pessoas inocentes?
A força militar usada contra as populações afegã e iraquiana sempre foi descomunal, sempre foi extraordinariamente desigual. Basta dizer que para assassinar os dois filhos de Saddam Hussein, Uday e Qusay Hussein, e o seu neto, Mustafá, uma criança de tão-somente quatorze anos, a administração Bush utilizou 200 soldados com rifles automáticos M-16, lançadores de granada, canhões, metralhadoras montadas sobre jipes Humvee e a ajuda de helicópteros de ataque Kiowa. Enquanto cerca de cinco soldados americanos tiveram leves ferimentos, os corpos dos dois irmãos foram mostrados, em todos os meios de comunicação, crivados de balas, seus rostos deformados, irreconhecíveis. Para que todos se recordem, peço que visitem: http://www.exactaexpress.com.br/macabra.htm. As fotos que vemos mostram algum tipo de respeito, alguma preocupação da administração Bush com os direitos humanos? Havia pesadas acusações contra os dois irmãos? Então que se usasse contra eles a força da lei - e não a lei da força. Que fossem presos e, através do devido processo legal, diante de um tribunal imparcial, se provasse que eram culpados. Então, sim, se condenados, lhes poderia ser aplicado um justo e devido castigo previsto em lei.
Porque ou temos respeito por todos os seres humanos e por todas as leis ou terminaremos por não ter respeito por quem quer que seja e nos insubordinaremos a toda e qualquer lei - exceto à lei da força - que nos esmagará. Em verdade, quando reconhecemos ao nosso semelhante direitos estamos reconhecendo a nós mesmos. Pois se a outrem não reconhecemos nenhum direito, também a nós nenhum direito será reconhecido; mas se a ele reconhecermos todos os direitos - também a nós todos os direitos serão reconhecidos. Porque as convicções que alguns têm de que são superiores não constituem verdades eternas, imutáveis, incontestáveis: são tão-somente convicções pessoais, facilmente contestadas por quem quer que seja mais forte, mais esperto, mais rápido etc. Como nem sempre seremos nós os mais fortes, os mais espertos, os mais rápidos, será de bom alvitre que todos nos submetamos à força das leis e nos resignemos a ser iguais a todos os nossos semelhantes. Pois, afinal, o vocábulo “semelhante” significa precisamente isso: que outrem é análogo a nós, é da nossa mesma natureza.
“Como alguém pode matar pessoas inocentes para atingir os seus objetivos?” Essa é uma pergunta que, curiosamente, os dois lados se fazem. E o presidente George Walker Bush já a respondeu afirmando que conseguir um Iraque estável e democrático justifica o sacrifício de pessoas inocentes, até mesmo de seus concidadãos. O problema é que aqueles que têm lutado contra as forças militares aliadas comandadas pelo governo estadunidense pensam exatamente dessa mesma forma. Ou seja, as pessoas inocentes estão sendo alvos de “dois“ lados que pensam e agem da mesma forma: os fins justificam os meios - e os meios, as estratégias são os mesmos para esses “dois” lados...
O que me parece deveria chamar a atenção dos povos é que esses atentados, por uma estranha coincidência, têm acontecido em datas cruciais, providenciais e atendido tão-só aos interesses dos senhores da guerra. Cada atentado tem causado enormes perdas às pessoas comuns por eles vitimadas e prejudicado enormemente aos muçulmanos e árabes em geral. Esses atentados têm permitido que a chamada “guerra contra o terrorismo, se perpetue em detrimento do que pensa e deseja a maioria das pessoas em todo o mundo. Se atentarmos para os ganhos que os senhores da guerra têm tido com os atentados atribuídos à Al Qaeda, parecer-nos-á bastante compreensível que jamais tenham querido realmente capturar Osama Bin Laden. Por que capturar alguém que, para eles, tem sido o seu verdadeiro braço direito? Isto, sim, seria ilógico. Percebamos que os senhores da guerra até hoje demonstraram enorme facilidade e eficiência para capturar e assassinar todos quantos se opõem à sua doutrina de guerra. Muitas pessoas pacíficas, inofensivas fisicamente, que só esgrimavam no campo das idéias, foram brutalmente assassinadas. Hoje, além das tradicionais formas de aniquilamento da oposição, o terrorismo de Estado tem eliminado os seus opositores fazendo uso até de mísseis, em plena luz do dia... Isso explica porque, em pleno século XXI, não se verifique um protesto veemente, eficaz das incontáveis entidades que se autoproclamam - defensoras da lei e da ordem. O medo da morte, o medo de estarmos sofrendo amanhã tudo que Saddam Hussein e a população iraquiana sofreu e continua sofrendo - nos acovarda e cala.
Mas, enquanto isso, Osama Bin Laden e todos os que são apontados como seus principais colaboradores continuam vivos e soltos...
Assim sendo, uma pergunta não quer calar: se Osama Bin Laden e, mais recentemente, Abu Mussab Al Zarqawi são os principais mentores do terrorismo no mundo e no Iraque - por que eles continuam vivos e soltos - enquanto Saddam Hussein teve seus filhos assassinados e está preso sem ter nenhum de seus direitos como prisioneiro reconhecidos? Os senhores da guerra constantemente o acusam, na mídia, de inúmeros crimes. Mas é muito fácil argumentar e até produzir algumas provas num meio parcial, favorável aos nossos interesses, num meio sobre o qual temos forte controle e no qual ditamos as regras. Mas será que num Tribunal Internacional - isento, imparcial - os senhores da guerra teriam mesmo como apresentar provas desses crimes? Provas que fossem válidas perante o ordenamento jurídico de qualquer Estado Democrático de Direito que faça jus a este título?

* * *

A guerra ao terrorismo, da forma como vem sendo travada, muito mais o incrementou do que dissipou. As medidas utilizadas só têm fomentado ódios e favorecido a manifestação destes de modo cada vez mais incontrolável. Na verdade, o que assistimos hoje no mundo é um campeonato de insanidades, com líderes que parecem crer que só o mais louco poderá vencer. Porém, jamais se apagará um incêndio com elementos inflamáveis. Assim como a água vence o fogo, igualmente só o Amor vence o ódio. Só o Bem atrai o bem. Todos sabemos que quem semeia vento colhe tempestade. Sendo assim, por que não semeamos a Paz?
Porém, jamais haverá paz onde não houver justiça. Independente de ideologias, religiões, filosofias é preciso que os líderes mundiais respeitem os seus comandados, que promovam a justiça social, que levem ao homem comum prosperidade, segurança - dignidade.

“Sê justo com alguém
e acabarás por o amar;
mas,se fores injusto com ele,
acabarás por o odiar.”
(John Ruskin)


A maioria das pessoas quando tratadas com justiça se sente incentivada a deixar aflorar o melhor de si. Ao revés, se as condenarmos a situações aviltantes, estaremos criando condições para que o pior delas se revele. A alegria passageira da vingança dará lugar a uma insegurança constante, passaremos a nunca mais dormir tranqüilos, porque tememos a qualquer momento ser alvo de algum ato de revolta de nossas vítimas. Por isso se diz que quem busca vingança deveria cavar duas sepulturas, pois em toda vingança há dois que saem feridos: o executor e o alvo da vingança.
Agir com sabedoria é obrigação dos líderes: destes deve partir a iniciativa, sincera, para corrigir todos os erros, pois são eles quem devem dar o exemplo que será seguido por todos.

“À beira de um precipício
só há uma maneira
de andar para a frente:
é dar um passo atrás.”
(M. de Montaigne)

Reconhecer os erros e corrigi-los exigirá dos líderes humildade e sincero desejo de proporcionar o melhor para o povo. Se conseguirem, esta será a primeira vitória real.

Refletindo sobre o "NAVEGUE", de Silvana Duboc

NAVEGUE, DESCUBRA TESOUROS, MAS NÃO OS TIRE DO FUNDO DO MAR, O LUGAR DELES É LÁ.
Lembre-se que os tesouros que devem ser trazidos à luz são os que estão no fundo do seu coração. Cultive as pérolas da sinceridade, lapide os diamantes da iluminação interior; traga à tona também os corais rosa da alegria, os lápis-lázulis da inspiração; enfeite todo o seu derredor com os quartzos rosa da caridade, os citrinos da ternura, as safiras da fé,...
ADMIRE A LUA, SONHE COM ELA, MAS NÃO QUEIRA TRAZÊ-LA PARA A TERRA.
Sim, porque é tentando “aperfeiçoar” o que já é perfeito, e que está muito acima da nossa compreensão, que temos destruído e extinto grandes belezas do mundo.
CURTA O SOL, SE DEIXE ACARICIAR POR ELE, MAS LEMBRE-SE QUE O SEU CALOR É PARA TODOS.
Sim, não queira egoisticamente o que É de todos e PARA todos. Pois, afinal, com a morte, você será obrigado a entender que nada pode lhe pertencer eternamente, e que nada realmente foi seu.
SONHE COM AS ESTRELAS, APENAS SONHE, ELAS SÓ PODEM BRILHAR NO CÉU.
Sim, só podemos contemplar o seu brilho no céu, pois se fosse encurtada a distância entre nós e esses gigantescos sóis, ao contrário de uma enorme luz, os nossos olhos se cegariam e nos veríamos na mais completa escuridão.
NÃO TENTE DETER O VENTO, ELE PRECISA CORRER POR TODA PARTE, ELE TEM PRESSA DE CHEGAR SABE-SE LÁ ONDE.
Sim, o vento dispersa energias negativas. Talvez por isso mesmo, quanto mais a maldade humana se agiganta, mais fortes são os ventos, que se transformam em segundos em furacões, ciclones. Aí ele tem pressa em dispersar concentrações de energias negativas em determinados pontos do planeta, pressa em impedir que a humanidade se auto-destrua...
NÃO APARE A CHUVA, ELA QUER CAIR E MOLHAR MUITOS ROSTOS, NÃO PODE MOLHAR SÓ O SEU.
Sim, a chuva é benção divina, é renovadora de mananciais – minerais e espirituais. Dissipa a poeira, e muitas vezes “lava” a nossa alma...
AS LÁGRIMAS? NÃO AS SEQUE, ELAS PRECISAM CORRER NA MINHA, NA SUA, EM TODAS AS FACES.
Sim, as lágrimas protegem e lubrificam os olhos. Só com elas a sua visão permanecerá clara e sem distorções. E se você não mantiver os seus olhos úmidos e lubrificados, por incrível que possa lhe parecer, o seu coração se endurecerá e se imobilizará. As lágrimas não lavam somente os olhos, mas também a alma e o coração.
O SORRISO! ESSE VOCÊ DEVE SEGURAR, NÃO O DEIXE IR EMBORA, AGARRE-O!
Principalmente, segure o sorriso em sua alma. Uma alma sorridente traz alegria aos seus semelhantes, mesmo que externamente o sorriso não esteja lá, estampado.
QUEM VOCÊ AMA? GUARDE DENTRO DE UM PORTA-JÓIAS, TRANQUE, PERCA A CHAVE!
QUEM VOCÊ AMA É A MAIOR JÓIA QUE VOCÊ POSSUI, A MAIS VALIOSA.
Mas que esse porta-jóias tenha sido construído com os mais nobres sentimentos que você tenha desenvolvido durante a vida. Pois, do contrário, você acabará por aprisionar a quem você ama, e, ao fazê-lo, fará com ela perca o brilho, a cor, a vida. Esta é a forma errada de guardá-la. Lembre-se que o seu amor é uma jóia – viva – e, portanto, livre. Se Deus criou-nos livre, não queira você criar prisão - especialmente para quem você ama.
NÃO IMPORTA SE A ESTAÇÃO DO ANO MUDA, SE O SÉCULO VIRA, SE O MILÊNIO É OUTRO, SE A IDADE AUMENTA...
CONSERVE A VONTADE DE VIVER, NÃO SE CHEGA À PARTE ALGUMA SEM ELA.
E para conservar a vontade de viver – seja bom. Perceba que quem realmente sabe viver são os verdadeiramente bons – e estes nunca envelhecem - mesmo que alcancem idade centenária. Permanecem com os olhinhos vívidos, um sorriso jovial, parecem caminhar lentamente, mas é difícil acompanhá-los. Nestes, os cabelinhos, brancos e brilhantes como a neve, refletirão as cores de vida de Deus, trazendo alento a todos os seus semelhantes.
ABRA TODAS AS JANELAS QUE ENCONTRAR E AS PORTAS TAMBÉM.
Sim, esteja pronto para sempre aprender. Também esteja pronto para receber a todos em seu coração, mas antes de recebê-los aprenda a fazer com que os maus deixem o mal do lado de fora. Sim, esteja com todas as portas e janelas do seu coração abertos a todos, mas sem permitir que destruam a sua morada interior.
PERSIGA UM SONHO, MAS NÃO O DEIXE VIVER SOZINHO.
Muitas vezes, um sonho não depende só de você para se realizar. Noutras, é até uma benção de Deus que você não tenha conseguido realizá-lo... Mas, tendo um sonho (e todos nós os temos), faça o melhor que estiver ao seu alcance para efetivá-lo.
ALIMENTE SUA ALMA COM AMOR, CURE SUAS FERIDAS COM CARINHO.
Em verdade, o Amor – o verdadeiro Amor - é todo alimento de que precisamos. E se realmente conseguíssemos dele nos alimentar todas as nossas feridas se curariam instantaneamente.
Se a humanidade se alimentasse do verdadeiro Amor, não haveria a obesidade. É por nos sentirmos tão carentes do verdadeiro Amor que buscamos satisfação, alegria, deleite na gordura, no sal e no açúcar. Mas eles não nos satisfazem, porque o que realmente buscamos, o que realmente nos saciaria seria o verdadeiro Amor. Isso pode parecer uma “enorme viagem na maionese” para quem nunca nem ao menos vislumbrou o verdadeiro Amor. Mas para quem já teve pelo uma única chance de “degustá-lo”, sabe que, para nossa alma, melhor alimento não há.
DESCUBRA-SE TODOS OS DIAS, DEIXE-SE LEVAR PELAS VONTADES, MAS NÃO ENLOUQUEÇA POR ELAS.
Em verdade, se a vontade leva à loucura, o melhor é não se deixar levar por ela. Quase sempre se está ávido por doces num quadro pré-diabético; ou nos sentimos perdidamente atraídos por algo ou alguém que nos levará à morte (física, profissional etc.). Portanto, o melhor é ir bem devagar com o andor...
PROCURE SEMPRE O FIM DE UMA HISTÓRIA, SEJA ELA QUAL FOR.
Sim, isso sempre o fará aprender muito mais sobre a vida. Muito freqüentemente, uma história que começou de modo feliz, que parecia um conto de fadas ou o início de uma carreira super bem-sucedida, não termina do mesmo jeito. Como uma vez disse um grande amigo, “raramente o final de alguma coisa é tão bom quanto o início”. E, ao revés, muitas histórias que pareceriam destinadas a um final de desgostos e fracassos pode ter um final de glória. Por isso, não se atenha apenas a uma parte da história, qualquer seja ela: examine o seu início, meio e fim. Muitas vezes, o seu sucesso, a sua felicidade dependerão do aprendizado auferido através dessa observação.
DÊ UM SORRISO PARA QUEM ESQUECEU COMO SE FAZ ISSO.
A pessoa, naquele determinado momento, até pode não entender ou descrer de sua boa intenção. Mas, aos poucos, como em ondas mansas do mar, o seu sorriso irá reconstruindo o sorriso no rosto daquele que o perdera. Mas um sorriso só terá esse poder se for uma reprodução do sorriso que há em seu coração.
ACELERE SEUS PENSAMENTOS, MAS NÃO PERMITA QUE ELES TE CONSUMAM.
Não raro, nos desgastamos com pensamentos. E o pior: com os MESMOS pensamentos. A grande maioria de nossas tensões nascem de um apego a acontecimentos que JÁ passaram e dos quais temos dificuldade em nos libertar.
Diziam os antigos chineses que muita reflexão é tão negativa quanto nenhuma reflexão, pois, ao analisarmos repetidas vezes uma mesma situação, corremos o risco de não tomar decisão nenhuma e nos imobilizarmos. O melhor, portanto, é ser firme, tomar uma decisão e agir.
OLHE PARA O LADO, ALGUÉM PRECISA DE VOCÊ.
O nosso compromisso é com quem está próximo a nós – e não com quem está distante.
É claro que, no nosso mundo globalizado, podemos amar a quem está em outro continente, do outro lado do mundo. E, graças aos vários recursos tecnológicos, podemos enviar-lhes mensagens instantâneas, e-mails etc. Porém, não será difícil que, por várias razões (físicas, burocráticas, instrumentais etc.) essas nossas mensagens de amor jamais cheguem ao coração amado. E como a regra é – “perto dos olhos, perto do coração” –, é possível que até venham a ser consideradas SPAMS... E enquanto aquele que está distante, e que não precisa de nós (pois quem lhe deve prestar auxílio é que lhe está próximo), nos rejeita, nos ignora, há alguém, ao nosso lado, esperando que lhe dediquemos uma migalha de nossa atenção. Enquanto batemos à porta do coração de alguém que, devido mesmo a distância, nos confunde com inimigos, aproveitadores, inconfidentes, há alguém, ao nosso lado, que preza a nossa amizade, confia em nós e espera a nossa ajuda. Cada um de nós está onde Deus quer que estejamos – e onde Ele quer que sirvamos. Portanto, deixemos o “binóculo” de lado, limpemos as lentes dos óculos para perto e tratemos de enxergar quem está próximo a nós precisando e pedindo a nossa ajuda.
ABASTEÇA SEU CORAÇÃO DE FÉ, NÃO A PERCA NUNCA.
Sim, abasteçamos o nosso coração de fé – mas da fé EM DEUS. Pois, como nos advertiu Jeremias: “Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!” (Cap. 17, vers. 5). Quem deposita a sua fé no homem, como afirma Jeremias no versículo seguinte, “não verá quando vier o bem”, pois estará exposto a toda instabilidade e volubilidade próprias do homem. Muito melhor um coração fundado em Deus, do que afundado nas vicissitudes humanas.
MERGULHE DE CABEÇA NOS SEUS DESEJOS E SATISFAÇA-OS.
Mas veja lá que desejos terás... Infelizmente, o desequilíbrio, a desarmonia espiritual em que estamos mergulhados faz com que desejemos precisamente o que mais nos envenenará – seja espiritualmente, seja fisicamente.
Seria ótimo que estivéssemos bastante centrados, bastante equilibrados para desejar tudo quanto nos fosse ditoso e proveitoso. Mas, para tanto, é necessário que centremo-nos, hamonizemo-nos. Equilibrados, nem precisaremos mais pensar em mergulhar de cabeça e satisfazer desejos, pois tudo o que realmente precisamos é sermos donos de nós mesmos.
AGONIZE DE DOR POR UM AMIGO, SÓ SAIA DESSA AGONIA SE CONSEGUIR TIRÁ-LO TAMBÉM.
Solidariedade. É, infelizmente, uma qualidade rara. O comum é que nos afastemos quando percebemos que alguém precisa de nossa ajuda. Há mesmo quem procure se manter afastado de todos com medo de que, porventura, venha a ser chamado a ajudar. E é também bastante comum que, quando nos sentimos numa situação privilegiada, procuremos nos aproximar daqueles que estejam numa situação semelhante ou melhor do que a nossa.
Mas, como afirmou Walter Winchell, “o verdadeiro amigo é aquele que vem quando o resto do mundo está indo embora”. Este, geralmente se afasta quando todos estão nos reverenciando. Não é, pois, na hora das homenagens e dos elogios, dos banquetes, das festas e das alegrias que encontraremos o nosso verdadeiro amigo. Ele até nem se sentirá bem nessas ocasiões. É na adversidade, quando o nosso prato está vazio, quando estamos abandonados por todos, que o nosso verdadeiro amigo chega, oferecendo-nos a sua ajuda, a sua amizade e o seu amor. E fica conosco e nos auxilia até que nos reergamos. E aí, então, muito provavelmente, pode voltar a desaparecer.
É o desapego e a incondicionalidade que revelam a verdadeira amizade e também o verdadeiro amor.
PROCURE TODOS OS SEUS CAMINHOS, MAS NÃO MAGOE NINGUÉM NESSA PROCURA.
É impressionante como nos deixamos perder em nossas procuras, em nossas buscas. Magoamos, quase sempre, quem não devíamos. E ao fazê-lo, fechamos a principal porta para a nossa felicidade.
ARREPENDA-SE, VOLTE ATRÁS, PEÇA PERDÃO!
O melhor sempre será agir de modo a não ter de arrepender-se, voltar atrás e pedir perdão. Mas, se errar, pelo menos tenha a humildade de arrepender-se. Sim, admita, primeiramente, para si mesmo, e depois para o outro que errou, que agiu equivocadamente. Pior do que errar é não ter humildade para reconhecer. Volte atrás e peça perdão – humildemente! Isso faz parte de uma boa educação espiritual que só nos revigora e nos traz uma felicidade verdadeira em nosso coração.
Lembre-se: errar é humano, mas admitir o erro também é. Errar é humano, mas acertar também é.
NÃO SE ACOSTUME COM O QUE NÃO O FAZ FELIZ, REVOLTE-SE QUANDO JULGAR NECESSÁRIO.
Há uma frase de Martin Luther King - "a geração atual não se espanta tanto com o barulho provocado pelos poderosos, e sim com o estarrecedor silêncio dos oprimidos" – que, a mim parece, exprime fielmente essa tendência de nos acostumarmos com o pior, e ainda justificá-lo, dizendo que “poderia ser pior”. Sim, mas também não poderia “ser melhor”? Desde que começamos a nos silenciar diante do mal ele só tem se fortalecido e agigantado. Mas o sofrimento extremado de bilhões de pessoas, do qual todos somos testemunhas, ou por sermos uma delas, ou por testemunhá-lo nas ruas, na mídia etc., não tem tornado a vida planetária melhor. Ao revés, a vida está sob grave ameaça, pois tem estado sob o domínio de insanos, loucos, dominados pelo egoísmo, pela inveja, pela soberba, que proclamam estar tomando medidas para tornar a existência de todos mais segura, mais livre... E todos somos testemunhas de quanto a vida no mundo piorou e quanto este se tornou mais inseguro com tais medidas.
Deus criou a vida – nós é que inventamos a morte; Deus criou-nos livres, nós é que nos aprisionamos - a nós mesmos e aos nossos semelhantes; Deus criou-os para sermos felizes – nós é que criamos continuamente situações de infelicidade.
Não nos acostumemos com a desgraça, com o desespero, com a dor, com o sofrimento. Isso não é natural, isso não é normal.
Revoltar-se contra a sua infelicidade também não significará que você é um comunista. Em verdade, esqueça todo e qualquer “ismo” – e lute tão-somente pela sua felicidade.
ALAGUE O SEU CORAÇÃO DE ESPERANÇAS, MAS NÃO DEIXE QUE ELE SE AFOGUE NELAS.
A esperança é mensagem continua de Deus, em nosso coração, de que o sonho existe para ser realizado. Ninguém vive sem esperanças. Mesmo que por um período diminuto ela nos falte, já caímos em depressão. A esperança é o nosso combustível para seguirmos adiante, confiantes de que o nosso sonho se realizará.
Mas, se não vivemos SEM esperanças, também não vivemos SÓ de esperanças. Os sonhos existem para serem realizados. E é o processo de consecução deles que nos leva a evoluir, que nos tira da inércia. Porém, não devemos nos deixar envolver por esperanças vãs. Essas, além de serem irrealizáveis e, portanto, nos conduzir à frustração, nos desviam de nosso verdadeiro caminho, nos desviam da realização de sonhos que foram destinados para nós por Deus.
SE ACHAR QUE PRECISA VOLTAR VOLTE!
Permanecer no erro não é sinônimo de constância, de personalidade: é burrice mesmo!
SE PERCEBER QUE DEVE SEGUIR SIGA!
Sem nenhum temor, sem medo de agir corretamente.
SE ESTIVER TUDO ERRADO COMECE NOVAMENTE.
Pois é mais fácil “deletar”, apagar tudo, começar novamente – do zero - do que tentar consertar um universo de erros. Demora-se muitíssimo mais, perde-se um tempo enorme, para depois nos conscientizarmos de que o certo teria sido descartar todo aquele projeto cheios de erros e iniciar um novo. Assim, sem dó nem piedade, nos desfaçamos de todos os erros e, com a experiência desses erros, comecemos um caminho de acertos.
SE ESTIVER TUDO CERTO CONTINUE.
Sim, não deixe escapar esse momento de perfeita sintonia com Deus! Ele o está guiando, iluminando a estrada para que você não se perca. Siga em frente!
SE SENTIR SAUDADES MATE-A.
Sim, é uma das poucas coisas ótimas de matar!
SE PERDER UM AMOR NÃO SE PERCA!
Chore, é normal. Mas lembre-se que Deus não permite jamais que percamos algo que Ele mesmo tenha destinado para nós. Mesmo que, em virtude de nossa própria ignorância, causemos um distanciamento, ou uma postergação do encontro, ainda assim Deus nos reencaminhará à nossa herança.
SE ACHÁ-LO SEGURE-O!
E jamais olvide: trata-se um presente de Deus. Respeite-o, trate-o com todo desvelo, ou seja, com grande cuidado, carinho, vigilância, dedicação; em uma palavra: ame-o tão-somente!
CIRCUNDA-TE DE ROSAS, AMA, BEBE E CALA.
Aprenda a amar-se a si mesmo, a dedicar-se atenção. Cuide-se bem, até por respeito a quem o ama, que quer vê-lo em excelentes condições.
Mas, se você não amar a si mesmo, jamais poderá amar ao próximo como Jesus nos amou. Amor é uma lição que aprendemos, primeiramente, dentro de nós. Só depois de desenvolvê-lo e aprimorá-lo dentro de nós, vindo a conquistar o “selo de qualidade” de Deus, é que estamos prontos para “exportá-lo” para todo mundo.
“O MAIS É NADA”
SEJA FELIZ!

Solidão...

Solidão é vazio interior, é falta de diálogo interior, é conseqüência de uma constante, rotineira fuga de si mesmo. Solidão, em realidade, é quando nos recusamos a encontrar a nossa alma, quando fechamos todas as portas de nós mesmos. Breve estaremos apagando todas as luzes... Em verdade, fazemos o mais difícil: tendo um universo dentro de nós, conseguimos sentir solidão. Deus nos presenteou com o pensamento, de velocidade inigualável, que nos permite ir para qualquer lugar ou trazer para a nossa companhia quem quisermos... e, no entanto, nos damos “ao luxo” de nos sentirmos - sós.
Muitas vezes quando as pessoas amadas estão presentes, ao vivo e em cores, o nosso orgulho nos impede de lhes dizer e demonstrar o quanto as amamos. Solidão muitas vezes é resultado de orgulho também, pois há quem consiga estar só no meio da multidão.
O fato é que quem vive a sabedoria nunca está só, porque está sempre em comunhão com todos os seus irmãos, com todos os seus semelhantes, sem distinção, sem preconceito.
Solidão é resultado, portanto, da ausência do verdadeiro Amor - que é Deus - no coração!
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SOLIDÃO
Amyr Klink

“Passados dois meses de tantas histórias,
comecei a pensar no sentido da
solidão.
Um estado interior que não depende da distância...
nem do isolamento;
um vazio que invade as pessoas...

E que a simples companhia ou
presença humana
não pode preencher.
Solidão foi a única coisa que eu não
senti,
depois que parti...
nunca...
em momento algum.

Estava, sim, atacado de uma voraz
saudade.
De tudo e de todos,
de coisas e de pessoas que há muito
tempo não via.

Mas a saudade às
vezes faz bem ao
coração.

Valoriza
os sentimentos,
acende as
esperanças
e apaga as distâncias.

Quem tem um amigo,
mesmo que um só,
não importa onde se encontre,
jamais sofrerá de solidão;
poderá morrer de saudade...
mas não estará só!”
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LINDO!
A saudade é o reconhecimento do amor que temos: por alguém, por um animal, por algo, por um lugar... E se admitimos esse amor em nosso coração, espantamos dele a solidão.
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CANÇÃO DA AMÉRICA
Milton Nascimento

Amigo é coisa pra se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção

Que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver seu amigo partir
Mas quem ficou, no pensamento voou

Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou
Amigo é coisa pra se guardar

No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam não
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir

A voz do coração
Pois seja o que vier, venha o que vier.
Qualquer dia, amigo, eu volto a te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar

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Sim, é essa esperança do reencontro que move quem ama, quem tem saudade. “Qualquer dia, amigo, eu volto a te encontrar. Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar”. E esse reencontro nos será proporcionado por Aquele que compreende a nossa saudade porque é o próprio Amor. Aqueles que verdadeiramente amam não se separam. Como o verdadeiro Amor é Deus, e Este tem o dom da ubiqüidade, nós, pelo amor, estamos sempre ao lado de quem amamos. Deus não nos separa; o Amor jamais nos separa. Pelo Amor estamos sempre juntos!